Abbiamo appreso da poco che VANESSA CASTAGNA, docente all’Università
Ca’ Foscari, già docente presso la Scuola Superiore di Lingue Moderne per
Interpreti e Traduttori (Università di Trieste), e la Facoltà di Lettere e
Filosofia dell’Università di Pavia (avendo anche prestato servizio a Ca’ Foscari
e all’Università di Padova all’interno della rete del Camões IC), i cui interessi
si rivolgono principalmente alla didattica della lingua portoghese, alla
traduzione, pratica e oggetto di studio e teorizzazione, e
all’intercomprensione tra lingue romanze, partecipa anche regolarmente al blog
A VIAGEM DOS ARGONAUTAS con una sua “Carta de Veneza”.
Ecco qui l’ultima lettera veneziana pubblicata in questo
interessantissimo sito, la cui visione consigliamo ai nostri lettori:
CARTA DE VENEZA – VENEZA, NOUTROS SENTIDOS – por Vanessa Castagna 
in 
Pode haver deslumbramento sem visão? 
Estamos tão habituados a uma perceção sensorial dominada pela imagem 
visual que dificilmente nos ocorre a possibilidade de sermos guiados por
 um cego à descoberta de uma cidade de arte, muito menos de uma cidade 
labiríntica como Veneza. Mas Veneza é uma cidade que tem muito para 
contar através de todos os sentidos, merece ser tocada, acariciada, 
cheirada, intuída.
Descodificar o meio que nos envolve 
significa também saber ouvir todas as suas sonoridades e o seu silêncio,
 orientar-se pelo cheiro do pão e do peixe, tocar as suas pedras e os 
seus mármores, pisar e reconhecer o seu chão ou deixar-se embalar pelas 
águas dos canais a bordo de um sandalo.
A relação entre perceção sensorial (não 
visual) e a arte foi explorada durante a passada Bienal de Veneza pelo 
artista catalão Antoni Abad, que, num evento colateral da importante 
exposição, apresentou uma cartografia sonora da cidade sob o título “Catalonia in Venice:
 a Veneza que não se vê”, recebendo o apoio do Institut Ramon Lull. Em 
particular, o pavilhão catalão propôs um mapa sonoro dado por um 
conjunto de gravações que define um percurso reconhecível e seguro para 
as pessoas com problemas de acessibilidade, baseando-se nos sons e nos 
cheiros percecionados e mapeados pelos cegos.
Trata-se, também, de um work in progress,
 destinado a enriquecer-se pela contribuição de todos os interessados e 
acessível através de uma aplicação digital (Blindwiki) que constitui um 
arquivo imaterial capaz de entretecer uma rede de histórias, lugares e 
memórias, graças ao qual quem vê se deixa conduzir por quem não vê pelos
 olhos mas pela evocação de outros sentidos.
 
 
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