martedì 5 gennaio 2010

Poesia para o ano novo - de Gabriele Mazzucco


O nosso aluno do CLA - Centro Linguistico di Ateneo - da Universidade de Roma Tre, Gabriele Mazzucco, enviou-nos as boas festas com esta poesia da sua autoria, que com sua licença aqui publicamos.

Obrigado, Gabriele!


E votos de um óptimo ano a todos os leitores de Via dei Portoghesi!

F


Eu sou filho do mar

Eu sou filho do mar
como todas as pessoas pobres
e passo os Invernos no navio
entre as ondas e alguns pensamentos.

Vivo dentro de um aquário luzidio
grande como o Universo
e nado sozinho, para lá do vidro,
livre, longe de Si.

De si patrão
Que não acredita na minha história
E eu que sou triste
cada vez que choro : “Terra!”.

Por si, senhor,
lavo a minha pele che é feita de sal,
apago os oceanos dos meus olhos
com os suas luzes.

Mas por favor,
deixe-me voltar a balançar
que o meu sangue é impetuosa agua difícil de controlar,
e o meu espírito é escuro, profundo, secreto
como o mais silencioso dos abismos.

Eu sou o Fado

Eu sou o filho do mar


Gabriele Mazzucco
NOTA DO AUTOR:
La poesia tratta del Fado inteso come genere musicale e non del Fado inteso come il destino e quindi di se stesso.

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