Per il prossimo incontro del Gruppo di Lettura in Portoghese, che si terrà alla Casa delle Traduzioni il prossimo 28 febbraio alle 17:00, si leggerà Abaixo do paraíso di André de Leones.
L'e-book lo trovate qui: http://tinyurl.com/z3ypbgd
Escreve André de Leones
Em muitos sentidos, Abaixo do paraíso é uma espécie de desdobramento do romance anterior. Não estruturalmente (Terra
não tem um protagonista, mas vários, e alude ao desenho urbano da Velha
Jerusalém em sua fragmentação meio autista, ao passo que Abaixo tem um
protagonista e um desenrolar vetorialmente único, por assim dizer), mas
em seu tom (compassivo, compassado) e nos termos de uma discussão de
cunho moral acerca do nosso lugar em relação ao outro, inclusive (e
socraticamente) entendendo a si próprio como um outro com quem primeiro dialogamos.
O protagonista, Cristiano, é um
tarefeiro, um aspone, alguém responsável pelo tipo de serviço escuso que
alimenta a nossa paupérrima República e confunde mundo e submundo,
revelando-os como ambientes de um mesmíssimo — e apodrecido, repleto de
infiltrações — edifício político. Cristiano é o sujeito que, nas
eleições, vai ao interior oferecer combustível de graça para que os
locais encham o tanque e engordem as carreatas de campanha; é o nobre
funcionário que leva a amante do secretário da educação ao dentista; é o
homem de confiança que se enfia num quarto de hotel vagabundo para se
encontrar com outro homem de confiança, e envelopes trocam de mãos, algo
vendido ou comprado; é um dente nessa engrenagem, uma peça no
maquinário republicano. Então, algo acontece, e ele precisa fugir,
esconder-se. O reencontro com a família (pai, madrasta, meia-irmã, tia)
aponta para um ressituar-se, mas nada é assim tão simples. Cristiano
deve voltar a si antes de se voltar para o outro, sob pena de confundir
tudo. Ele se esforça. E é tal esforço que acompanhamos na segunda metade
de Abaixo do paraíso.
VIDE
https://andredeleones.com.br/abaixo-do-paraiso/
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