Escreve Cândido Martins a propósito:
Centrado sobre o séc. XIX, o estudo do largo processo da fortuna camoniana começa com as traduções e edições da sua obra; prolonga-se nas biografias e no discurso crítico sobre Camões; desenvolve-se na escolha do mito de Inês de Castro e na sua reinterpretação; afirma-se, enfim, na preferência, para a escrita dramática e melodramática, do tema larmoyant do heróico poeta-soldado português, abandonado, incompreendido e infeliz.
Mais sobre Inês de Castro:
http://pt.wikipedia.org/wiki/In%C3%AAs_de_Castro
Mais sobre Luís de Camões:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Vaz_de_Cam%C3%B5es
Uma das expressões públicas deste interesse foi a produção dramática e lírica que girou em torno do mito da Castro. De facto, Salvatore Cammarano escreveu o libretto para a ópera de Giuseppe Persiani, Inês de Castro. Por sua vez, a obra foi escrita propositadamente para a grande estrela do bel-canto do início do século XIX: Maria Malibran.
Recentemente a mezzo-soprano italiana Cecilia Bartoli editou um novo álbum intitulado “Maria”, homenagem justamente a Maria Malibran, em que recupera uma área da ópera inspirada naquela “que depois de morta foi Rainha”.
Tra le opere concepite espressamente per Maria, la Inês de Castro fu quella coronata da maggiore successo; fu l’unica, inoltre, a poter vantare diverse nuove messe in scena in Europa fino alla metà dell’Ottocento. Maria stessa cantò l’opera ancora una volta, nell’agosto 1835, a Lucca.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cecilia_Bartoli