Anastácio, homem modesto, pai de Jujú e Branca, é um ferrenho adepto do Sporting e quer ir ao Porto ver o desafio entre o seu clube e o clube da Invicta. Aproveita a oportunidade para poder ficar em casa da família Barata, que é rica e cujo o filho namora a sua filha Branca. Durante a estadia, Anastácio faz crer à família Barata que é da mesma condição social, possuindo bastantes bens e dinheiro. Mas tudo se complica, quando é Barata que lhe anuncia uma visita a Lisboa.
O Leão da Estrela (...) é uma espécie de super-Arthur Duarte em tudo: o bairro, o Homem das Arábias-António Silva, leão ferrenho, o novo-riquismo do comerciante portuense Erico Braga - portista convicto -, o toque desportivo do Porto-Sporting, mas insinuando-se sob as imagens, perfeitamente claro, o tema da rivalidade Lisboa-Porto, que Arthur Duarte, um tanto simbolicamente, resolve com um casamento entre a solidez portuense (o engenheiro Curado Ribeiro) e a garridice lisboeta (a bonita Maria Eugénia).
As proezas de António Silva são aqui extraodinárias (...) mas o conjunto, a trama secundária, não atinge plano de relevo, salvo a frescura de interpretação de Laura Alves e Artur Agostinho, a criada e o motorista apaixonados. (...)
Luís de Pina, in História do Cinema Português, ed. Europa-América, col. Saber, 1991.
nota publicada em:
Nessun commento:
Posta un commento