lunedì 16 giugno 2008

120 anos de Fernando Pessoa


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http://diario.iol.pt/sociedade/fernando-pessoa-aniversario-heteronimos-120-anos-poeta-poemas/962235-4071.html


«Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.»


Há 120 anos atrás nascia em Lisboa, Fernando António Nogueira Pessoa. Considerado por muitos como um dos maiores poetas da língua portuguesa, ao lado do épico Camões, viveu a maior parte da sua juventude em África do Sul e por isso o seu rico espólio conta também com alguns poemas em inglês.

Documentos na Internet

Para assinalar o aniversário de Pessoa existem inúmeras iniciativas mas a que perpetuará o nome do poeta é a levada a cabo por Jerónimo Pizarro, investigador do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa, e consiste na digitalização de todo o espólio pessoano para ser colocado, mais tarde, à disposição de todos os cibernautas.

Desta forma, Pizarro pretende preservar as obras de Pessoa. O projecto apoiado pela Casa Fernando Pessoa e pela Câmara Municipal de Lisboa já conta com 200 livros digitalizados, refere o Público.

Mas, a cultura contemporânea também não esquece Fernando Pessoa e para marcar o dia a Câmara Municipal de Lisboa e a Casa Fernando Pessoa promovem um concerto de hip hop ligado à obra do poeta.

O poeta das muitas caras

Multifacetado, considerava-se «fácil de definir», Pessoa teve participações no jornalismo, na publicidade, no comércio e principalmente na literatura onde se multiplicou em muitas outras personalidades, os heterónimos, Ricardo Reis, Álvaro de Campo e Alberto Caeiro.

Morreu aos 47 anos, na sua certidão de óbito refere «bloqueio intestinal» como causa da morte mas são muitos os que asseguram que terem sido os problemas hepáticos.

A sua última frase foi escrita em inglês e foi tão profunda como a sua liberdade poética «I Know not what tomorrow will bring», «Eu não sei o que o amanhã trará».

Pessoa, o poeta fingidor

Em 1986, Ivo Castro organizou uma edição crítica do conjunto de poemas que constituíam o Guardador de Rebanhos, de Alberto Caeiro, que fê-la acompanhar de uma reprodução fac-similada do respectivo manuscrito.

Mas, no momento em que o Estado comprou o espólio de Fernando Pessoa o manuscrito que deveria estar no baú desapareceu e só mais tarde é que se veio a saber que estava nas mãos de um primo do poeta, Eduardo Freitas da Costa.

«O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega fingir que é dor
A dor que deveras sente.»

No documento «desaparecido» encontravam-se fortes provas de que o célebre «dia triunfal» de 8 de Março de 1914, em que Fernando Pessoa terá escrito «trinta e tal poemas a fio», é no fundo a constatação de uma das maiores características do poeta, o facto de saber fingir.

Caeiro não escreveu todos os poemas seguidos como contou numa carta a Casais Monteiro, terá sido tudo uma premeditada encenação de Pessoa.

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No dia em que se celebrou os 120 anos do nascimento de Fernando Pessoa, 13 de Junho de 2008, a Câmara de Lisboa instalou a escultura do belga Jean-Michel Folon, Hommage à Pessoa, em frente à casa onde o poeta nasceu no Largo de S. Carlos.

IN
http://www.cm-lisboa.pt/?id_item=16517&id_categoria=11



Ver também:

http://it.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa

http://www.casafernandopessoa.com/

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