martedì 19 aprile 2011

IVANA BARTOLINI: a Biblioteca Ideal


A nossa aluna Ivana não falou de um museu ideal, mas de uma biblioteca...


A BIBLIOTECA IDEAL



Gostei sempre de livros. Em criança a cada festa do dia de Reis encontrava um livro junto aos outros brinquedos.
Os primeiros livros eram fábulas como a Branca de neve e os sete anões, Cinderela, Chapéuzinho vermelho, Depois eram contos como: Sapatos prateados, Mulheres pouco, A cabana do tio Tom, etc.
O meu pai escrevia-me sempre uma dedicatória. Ainda hoje leio aquelas frases e sinto a sua voz. Se calhar, já naquela altura, pensava fazer um dia uma minha biblioteca pessoal e ideal.
Não sei agora se tenho sido capaz de realizar tudo isso. Na minha casa tenho uma colecção de livros. São livros de narrativa, literatura clássica italiana e estrangeira, de viagens. Mas os livros de que gosto mais são aqueles de poesia. A poesia conquistava sempre a minha atenção. Viveria num mondo de poesia.
Gostaria ter uma grande casa e no interior fazer uma grande biblioteca cor de marfim, como aquela de Mafra, onde o argumento dos livros seja só poesia. Seja antiga e seja moderna. Gostaria também organizar encontros, debates numa partilha de conhecimentos, de impressões, experiências entre culturas diferentes.
Uma sessão deveria ser dedicada a uma sala de escrita criativa onde as pessoas se encontram para escrever poesias no silêncio que é próprio destes lugares.
Outras poesias nasceriam e andariam ao longo do tempo par ser conhecidas. Encontrei em Portugal muita poesia. E, se calhar, foi por isso que gostei e gosto do País.
São palavras de grandes poetas ou não. Estão escritas sobre as paredes dos prédios, nos jardins, nas praças, por todo o lado.
Esta minha biblioteca ideal deveria nascer num lugar entre o mar e o céu, fora da grande confusão das cidades.
Acho que só assim a mente pode encontrar-se com a alma e criar pequenas e grandes obras-primas que ficariam como património literário para as gerações de hoje em diante.


IVANA BARTOLINI

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