OXALÁ
“Oxalá meu futuro aconteça,
Oxalá que a vida me corra bem,
Oxalá que a tua vida também”
Estes
são só alguns versos da canção que os Madredeus, famoso grupo musical
Português, dedicaram a esta palavra, OXALÁ, que tem origem no Árabe “In shaa
Allah”, “Se Deus quiser” e que se utiliza com referência às coisas futuras que
imaginamos, ou que queremos, irão acontecer. Como sabemos, de facto, o idioma
Árabe deixou marcas profundas na língua Portuguesa, sobretudo pelos 800 anos de
dominação moura que a região sofreu.
Esta interjeição tem, então, sentidos religiosos. De facto, Oxalá – deus da
criatividade - é celebrado numa festa chamada “Águas de Oxalá” pelos fiéis do
Candomblé Brasileiro, uma religião que tem, por sua vez, origem no mito
Africano, segundo o qual, a justiça divina liberta a bondade do Criador (Oxalá)
sobre o mundo, como uma chuva, para dar benefícios à terra, dali o nome da
festividade. Com precisão, Oxalá, por vezes chamado Obatalá, é o pai dos Orixá,
divindades totémicas e familiares associadas aos elementos naturais. Oxalá é
considerado o pai das cabeças: nele, reside a essência de cada pessoa, o que é
e o que serà e lhe dá também o pensamento. Este rito é considerado como o
início da primavera e podemos relacioná-la com nossa Vigília de Páscoa porque a
água é o princípio da vida e é o elemento que compõe o ser humano.
Esta festa é celebrada nos bairros pobres onde o
acesso à água é muito problemático. Neste sentido, a festa tem também o
objetivo de sensibilizar a solução da crise hídrica como a água é um direito
universal que só se compartilhado pode ser uma bênção para todos.MARTINA MULAS
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