Nel salone nobile dell’Istituto Portoghese di Sant'Antonio in Roma, Manuel
Freire - una delle voci della “Rivoluzione dei Garofani” del 1974 - ricorda il
25 aprile di quarant’anni fa, evocando i poeti lusitani con il suo canto e la
sua chitarra.
Conosciuto sopratutto per aver reso popolare con la sua musica, nel 1969,
il poema “Pedra Filosofal” di António Gedeão, Manuel Freire ha rivelato sempre
una grande sensibilità per la letteratura portoghese, cantando, n parallelo con
i temi di impegno politico, i grandi autori nazionali quali Vitorino Nemésio e
José Saramago.
Presente a Roma per la chiusura della mostra antologica di Luís de Matos,
il suo ritratto è una delle opere esposte dallo scultore, che è anche grande
amico di Freire. È possibile vederlo fino a domenica nella galleria d’arte
dell’Istituto Portoghese di Sant'Antonio.
Marzo 1974, Lisbona: José Barata Moura, Vitorino, José Jorge Letria, Fausto, Manuel Freire, Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira - le voci della “Rivoluzione dei Garofani”
Manuel Augusto Coentro de
Pinho Freire (n. Vagos, 25
de Abril de 1942) é um cantor português.
Frequentou o ensino liceal em Ovar e Aveiro, chegando a estudar Engenharia,
em Coimbra e no Porto, sem se licenciar.
Entrou no Teatro Experimental do Porto, em 1967, aceitando um convite de
Fernando Gusmão, onde faz a sua primeira actuação a sério no domínio da canção.
Entretanto estreava-se na música, com um EP que continha
"Dedicatória", "Eles", "Livre" e "Pedro
Soldado", editado em 1968 pela Tecla. O cantor não escapou à censura,
vindo a ser probido o EP com os temas "Lutaremos meu amor",
"Trova", "O sangue não dá flor" e "Trova do
emigrante" devido a "O sangue não dá flor". É editado um single
com os dois primeiros temas.
Em 1969 aparece no programa Zip-Zip onde lança Pedra Filosofal, com poema
de António Gedeão, que popularizou e cuja interpretação lhe valeu o Prémio da
Imprensa desse ano, em conjunto com Fernando Tordo. Foi distinguido também com
o Prémio Pozal Domingues.
No ano de 1971 foi editado o EP "Dulcineia" e o álbum
"Manuel Freire" onde aparecem os temas dos primeiros EP's e onde
musicou poemas de António Gedeão, José Gomes Ferreira, Fernando Assis Pacheco,
Eduardo Olímpio, Sidónio Muralha e José Saramago.
Em 1972 colaborou na banda sonora da longa-metragem de Alfredo Tropa,
"Pedro Só". Em 1973 lança o EP com os temas "Abaixo D.
Quixote", "Pequenos deuses Caseiros", "Menina
Bexigosa" e "ouvindo bethoven". Ainda em 1973 participou no LP
"De Viva Voz" de José Jorge Letria, gravado ao vivo também com a participação
de José Afonso.
A editora Zip-Zip lança em 1974 o LP "Manuel Freire" com os Ep's
e singles gravadps para aquela editora.
Em 1977 lança um single com os temas "Que Faço Aqui" e "Um
Dia" da peça "os emigrantes" de Slawomir Mrozek para o Teatro
Experimental do Porto. Recebeu a colaboração de Luís Cília no LP
"Devolta" de 1978 editado pela Lamiré. Em 26 de Janeiro de 1979
revelava ao Diário de Lisboa que pretendia fazer um disco infantil.
Em 1986, o disco lançado pela CGTP-IN, "100 Anos de Maio", inclui
a sua música "Cais das Tormentas". Em 1995 actuou na Festa do Avante
numa homenagem a Adriano Correia de Oliveira, onde foi acompanhado pela Brigada
Victor Jara.
"Lágrima de Preta" foi incluído na compilação "Sons de Todas
as Cores", de 1997. Colaborou ainda no disco "Florestas Em
Movimento", com Carlos Alberto Moniz, patrocinado pela Direcção Geral das
Florestas, e na compilação "Pelo sonho é que fomos".
O disco As Canções Possíveis onde canta a poesia de José Saramago, de
"Os Poemas Possíveis", foi editado em 1999 pela Editorial Caminho.
Em 2003, no seguimento da contestação a Luiz Francisco Rebello, tornou-se
presidente da Direcção da Sociedade Portuguesa de Autores, acumulando com as
funções de administrador-delegado até 2007.
Colaborou com José Jorge Letria e Vitorino num CD para crianças acerca da Revolução
dos Cravos, intitulado "Abril, Abrilzinho", que foi editado em 2006.
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