giovedì 1 febbraio 2018

A MÁSCARA: Massimo Iacomini



Convidámos alguns alunos de Português do nível avançado para escreverem, livre e criativamente, sobre um tópico genérico: a máscara.
Eis o texto da MASSIMO IACOMINI, a quem muito agradecemos!



A máscara no teatro antigo, para além de uma funcionalidade prática (amplificava a voz do ator) caracterizava as personagens evidenciando aos espetadores a disposição delas.
Nas comédias escritas por Carlo Goldoni as máscaras desempenhavam personagens estereotipatos, com disposição e aspeto fisico típicos: o apixonado, o servo esperto, o avarento, etc.
Em ambos os casos o talento do ator dava alma e coração à personagem.
Também nós vestimos, diariamente, "máscaras" para defesa e talvez para aceder a grupos sociais e assumir o modo de ser dos outros.
Mas, tanto hoje como ontem, é a moda a grande mascarada.
Ela impõe-nos sempre um novo vestuário, aspeto fisico e estilo de vida.
Às vezes os modelos sugeridos estão em conflito com a nossa personalidade: o nosso "rosto" não quer aquela máscara.
Imaginamos que um dia uma voz dissesse: "Senhoras e senhores ... retirarem todas as máscaras!"
Se todos o fizessem, veríamos pelas ruas homens e mulheres, os nossos amigos, familiares ou vizinhos, que teríamos dificuldade em reconhecer.
Veríamos pessoas sem barbas e cabelos com formas e cores improváveis e que sem vestuário de tendência passearia pela rua quase despido e talvez com os evidentes efeitos desapiedados da força de gravidade, mas provavelmente em paz com eles mesmos.

MASSIMO IACOMINI

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