Convidámos alguns alunos de
Português do nível avançado para escreverem, livre e criativamente, sobre um
tópico genérico: a máscara.
Eis o texto da MASSIMO IACOMINI,
a quem muito agradecemos!
A máscara no teatro antigo, para além de uma
funcionalidade prática (amplificava a voz do ator) caracterizava as personagens
evidenciando aos espetadores a disposição delas.
Nas comédias escritas por Carlo Goldoni as máscaras
desempenhavam personagens estereotipatos, com disposição e aspeto fisico
típicos: o apixonado, o servo esperto, o avarento, etc.
Em ambos os casos o talento do ator dava alma e coração à
personagem.
Também nós vestimos, diariamente, "máscaras"
para defesa e talvez para aceder a grupos sociais e assumir o modo de ser dos
outros.
Mas, tanto hoje como ontem, é a moda a grande mascarada.
Ela impõe-nos sempre um novo vestuário, aspeto fisico e
estilo de vida.
Às vezes os modelos sugeridos estão em conflito com a
nossa personalidade: o nosso "rosto" não quer aquela máscara.
Imaginamos que um dia uma voz dissesse: "Senhoras e
senhores ... retirarem todas as máscaras!"
Se todos o fizessem, veríamos pelas ruas homens e mulheres,
os nossos amigos, familiares ou vizinhos, que teríamos dificuldade em
reconhecer.
Veríamos pessoas sem barbas e cabelos com formas e cores
improváveis e que sem vestuário de tendência passearia pela rua quase despido e
talvez com os evidentes efeitos desapiedados da força de gravidade, mas
provavelmente em paz com eles mesmos.
MASSIMO
IACOMINI
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