giovedì 31 gennaio 2008

Convénio Internacional sobre Padre António Vieira de 7 a 9 de Fevereiro


Em Roma, entre os próximos dias 7 e 9 de Fevereiro, vai assinalar-se o quarto centenário do nascimento do Padre António Vieira (1608-1697) com um convénio inetrnacional, nascido da colaboração da Sapienza Università di Roma, Instituto Camões/Portugal, Universidade de Lisboa, Universidade Católica Portuguesa, Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Pará e Universidade de S. Paulo.


Os temas afrontados serão:



  • Religião, Filosofia e Ciência no Pensamento de António Vieira;

  • António Vieira em Roma(1669-1675);

  • António Vieira e o Novo Mundo;

  • O Cânone Vieriano e a Questão dos Inéditos.

PROGRAMA:


Giovedì 7 Febbraio


Accademia Nazionale dei Lincei
Via della Lungara, 10
ore 9.30

Saluti delle autorità e delle rappresentanze
universitarie

Introduzione al Convegno
Silvano Peloso (Sapienza, Università di Roma)
Antonio Vieira nel suo secolo e nella storia del futuro




Religione, Filosofia e Scienza

Presiedono:
Tullio De Mauro (Sapienza, Università di Roma)
Antônio Celso Alves Pereira (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)



Leonel Ribeiro dos Santos (Universidade de Lisboa)
Da verdade e do tempo: António Vieira e a controvérsia dos antigos e dos modernos


Sonia Netto Salomão (Sapienza, Università di Roma)
Antonio Vieira, Cristina di Svezia e l’accademia romana


Pedro Calafate (Universidade de Lisboa)
Ética, política e sociedade em António Vieira




ore 15.30
Presiedono:
Luisa Valmarin (Sapienza, Università di Roma)
Pedro Calafate (Universidade de Lisboa)



Adma Muhana (Universidade de São Paulo)
Antônio Vieira e a Inquisição


Giovanni Caravaggi (Università di Pavia)
La Carta apologética al padre Jácome Iquazafigo


Isabel Almeida(Universidade de Lisboa)
Vieira, contemporâneo de Descartes. Um jesuíta no século das paixões


Giuseppe Mazzocchi (Università di Pavia)
Scrittura e progettualità in Luis de Granada e Antonio Vieira


José Eduardo Franco (Universidade de Lisboa)
António Vieira e o Quinto Império





Venerdì 8 Febbraio 2008
Sapienza, Università di Roma
Facoltà di Scienze Umanistiche, Aula Odeion
P.le Aldo Moro, 5
ore 9.00

Antonio Vieira e il Nuovo Mondo

Presiedono:
Silvano Peloso (Sapienza, Università di Roma)
Adma Muhana (Universidade de São Paulo)



Manuel Cândido Pimentel (Universidade Católica Portuguesa)
Profecia e ucronia em António Vieira


Antônio Celso Alves Pereira (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
O diplomata Antônio Vieira: o Brasil e a exposição chamada Papel Forte


Alessio Zaccardo, S.J.
Antonio Vieira e l’isola di Marajó ieri e oggi


José Luís Jobim (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
Antônio Vieira e o sermão do ouro perdido


Ettore Finazzi Agrò (Sapienza, Università di Roma)
“Eu falo, mas vós não ofendeis a Deus com as palavras”. La questione indigena nel Sermone di Sant’Antonio ai pesci


Geraldo Mártires Coelho (Universidade Federal do Pará)
Profecia e história: Antônio Vieira e a Amazônia


Rafael Chambouleyron (Universidade Federal do Pará)
“Ásperas proposições”: jesuitas, moradores e a Inquisição na Amazônia seiscentista




ore 15.30
Antonio Vieira a Roma


Presiedono:
Sonia Netto Salomão (Sapienza, Università di Roma)
Leonel Ribeiro dos Santos (Universidade de Lisboa)


Luigi Marinelli (Sapienza, Università di Roma)
Cristallo scintillante: Vieira, Daniello Bartoli e il Beato Stanislao Kostka


Ugo Vignuzzi (Sapienza, Università di Roma)
Antonio Vieira predicatore in italiano


Norbert Von Prellwitz (Sapienza, Università di Roma)
La traduzione spagnola delle Cinque Pietre della Fionda di David


Mariagrazia Russo (Università della Tuscia)
Antonio Vieira a Roma e il problema dei cristãos-novos


Simone Celani (Sapienza, Università di Roma)
Antonio Vieira nelle biblioteche e negli archivi romani


Francesco Genovesi (Sapienza, Università di Roma)
Il trattato De Universali Evangelii Praedicatione
secondo il ms. 706 della Biblioteca Casanatense di Roma




Sabato 9 Febbraio 2008
Facoltà di Scienze Umanistiche, Aula I
P.le Aldo Moro, 5
9.00

Il Canone Vieriano e il problema degli inediti
Tavola rotonda

Coordina:
José Luís Jobim (Universidade do Estadodo Rio de Janeiro)
Partecipano:
A. Espírito Santo (Universidade de Lisboa),
A. Muhana (Universidade de São Paulo),
A. L. de Oliveira (Universidade Estadual do Rio de Janeiro),
S. Peloso (Sapienza, Università di Roma),
S. Netto Salomão (Sapienza, Università di Roma)


Chiusura dei lavori



http://w3.uniroma1.it/studieuropei/convegni/prog_conv.htm


Parabéns Joseph Kosuth


O grande artista americano, residente em Roma e presente em Portugal, na colecção Berardo, entre outras, faz hoje anos: os nossos parabéns!

Artista conceptual e escritor americano fortemente interessado pela filosofia e pelas ciências sociais em geral.
Estudou no Toledo Museum School of Design entre 1955 e 1962, e no Cleveland Art Institute onde completou os seus estudos como pintor.
Em 1965 começou a produzir trabalhos com base na escrita e no fim desta década tornou-se o editor americano da publicação britânica Art & Language, para onde escreveu numerosos textos teóricos sobre Arte Conceptual.
Fundou o Museum of Normal Art, um dos primeiros espaços americanos a exibirem Arte Conceptual, e onde realizou a sua primeira exposição individual.
Durante os anos 70, continuou a inserir mensagens anónimas em espaços públicos, sugerindo que a arte não depende do artista, mas sim da sociedade em que se insere.
Nos anos que se seguiram, voltou ao espaço das galerias, usando reproduções de pinturas históricas e textos, em trabalhos como Cathexis, no sentido de desenvolver as suas investigações sobre as funções da arte.
Em 1972 e 1982, participou nas documenta 5 e 7, em Kassel.
Em 1992 apresentou a instalação Documenta-Flânerie, na documenta 9.
Kosuth é um dos precursores da Arte Conceptual Analítica.

in:
http://www.berardocollection.com/?toplevelid=33&CID=100&a1=artist&v1=210&lang=pt&tab=works#


MAIS sobre a Colecção Berardo:

http://www.berardocollection.com/

"Uma colecção internacionalmente reconhecida, cobrindo praticamente todos os mais importantes movimentos artísticos modernos, até aos mais recentes desenvolvimentos da criação contemporânea. Uma grande parte da colecção estará em empréstimo permanente no novo Museu Berardo – Centro de exposições do Centro Cultural de Belém em Lisboa, com nomes como Picasso, Miró, Bacon, Moore, Mondrian, Duchamp, Warhol e muitos outros."

31 ditos para os 31 dias de Janeiro


Museu Nacional de rte Antiga - Lisboa
Livro de Horas atribuído a António de Holanda
"Janeiro"

Janeiro fora, cresce uma hora

Janeiro geoso e Fevereiro chuvoso fazem o ano formoso

Janeiro molhado, se não cria o pão, cria o gado

Janeiro quente, traz o Diabo no ventre

Água de Janeiro vale dinheiro

Em Janeiro, sete capelos e um sombreiro

Janeiro quer-se geadeiro

A pescada de Janeiro, vale um carneiro

Aproveite Fevereiro quem folgou em Janeiro

Calças brancas em Janeiro, sinal de pouco dinheiro

Cava fundo em Novembro para plantares em Janeiro

Chuva em Janeiro e não frio, dá riqueza no estio

Comer laranjas em Janeiro, é dar que fazer ao coveiro

Da flor de Janeiro, ninguém enche o celeiro

Dezembro com Junho ao desafio, traz Janeiro frio

Em Janeiro saltinho de carneiro

Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a chorar, se vires nevar, põe-te a cantar.

Em Janeiro uma hora por inteiro e, quem bem olhar, hora e meia há-de achar

Em Janeiro, cada ovelha com seu cordeiro

Em Janeiro, nem galgo lebreiro, nem açor perdigueiro

Em Janeiro, seca a ovelha no fumeiro

Em Janeiro, um porco ao sol e outro ao fumeiro

Goraz de Janeiro vale dinheiro

Luar de Janeiro não tem parceiro; mas lá vem o de Agosto que lhe dá no rosto

Não há luar como o de Janeiro nem amor como o primeiro

No minguante de Janeiro, corta o madeiro

O mês de Agosto será gaiteiro, se for bonito o 1º de Janeiro

Pintainho de Janeiro, vai com a mãe ao poleiro

Poda-me em Janeiro, empa-me em Março e verás o que te faço

Quem em Janeiro lavrar, tem sete pães para o jantar

Se o sapo canta em Janeiro, guarda a palha no sendeiro

Breve conto policial, por um aluno de Português...


Ainda a propósito da pesquisa semântica sobre "refeições", um dos alunos de Português / 1º nível do Instituto Português de Santo António, escreveu e enviou-nos este trecho policial, cheio de humor...


...



O comissário entrou imediatamente no restaurante.

Olhou à roda, na sala: confusão e desordem, pessoas em pé, olhos esbugalhados pelo medo, rostos contraídos e um menino chorava, perto da sua mãe.

O patrão, agitado e suado, foi ao encontro dele e mostrou-lhe o ponto onde jazia o cadáver.

O comissário aproximou-se e viu o corpo de um homem grande e forte que estava deitado no chão, com o guardanapo ainda apertado na mão.

“Talvez uma faca fincada nas costas...” supôs o comissário.

Olhou a mesa: sobre a toalha suja pelo vinho tinto derramado de um copo agora vazio, viu só pratos sujos, garfos e facas de peixe; impossível matar um homem com aquelas facas!

“Talvez uma espinha de peixe na garganta...” pensou então o comissário.

Mas viu o prato de sobremesa com os restos de um pastel, sinal de que na altura do doce o homem estava ainda vivo!

“Então, o que é que matou este pobre desgraçado?!” perguntou-se desconsolado o comissário.

Nesse momento, os seus olhos caíram sobre um pequeno papel esquecido entre a garrafa e o galheteiro e imediatamente compreendeu: a conta!



Danilo Vitali

lunedì 28 gennaio 2008

"Corriere della sera" hoje no "Diário de Notícias"


Hoje, o jornal lisboeta "Diário de Notícias", publica este interessante artigo sobre o jornal romano "Corriere della Sera"... Aqui o publicamos:


'Corriere della Sera' renovado e moderno



Um dos maiores jornais italianos, o Corriere della Sera, foi alvo de uma renovação gráfica sem que o leitor se apercebesse. A afirmação foi feita, sexta-feira, pelo seu director, Paolo Mieli, em Madrid, na apresentação das novidades de que o diário, que completa agora 132 anos, foi alvo."Transformámos um clássico em algo novo, apto para o caminho da modernidade, sem que o leitor tenha dado conta", disse o director do Corriere della Sera, citado pelo El Mundo, diário espanhol edetido pelo mesmo grupo do diário italiano, o RCS, que, por sua vez, detém em Portugal o Diário Económico e Semanário Económico.Referindo ter sido um "trabalho louco", Paolo Mieli confessou ter-se visto perante o repto de "mudar o formato, a cor e a grafia, sem que o leitor pensasse que já não era o seu diário". No entanto, continuou, no processo em duas etapas com posteriores ajustes, "houve um grande consenso entre o público sobre a renovação". Os jornalistas terão de "escrever menos", refere o jornalista e escritor Beppe Severgnini, convidado para a apresentação, "logo [escrever] melhor", acrescentou.Outra das novidades, a implementar mais tarde, passa pela publicação de histórias exclusivas também na Internet, reservando-se o "papel para uma leitura mais divertida e com prazer durante todo o dia", acrescentou Paolo Mieli.



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CORRIERE DELLA SERA

venerdì 25 gennaio 2008

O "Martinho da Arcada" visto por um italiano...

(em cima, o "Martinho da Arcada" na actualidade e,
em baixo, Fernando Pessoa no Martinho, no início do século passado)



Quase no final do primeiro semestre, os alunos do curso inicial de língua portuguesa do Instituto Português de Santo António foram convidados a fazer uma composição livre, que tivesse como denominador comum "a alimentação". Esta foi uma delas, que decidimos publicar no blog, com os nossos parabéns ao seu autor!



No restaurante do Martinho


Quando penso num restaurante ideal, embora a cozinha não seja a melhor de Lisboa, esse restaurante é o Martinho da Arcada.

É um lugar da memória, onde o tempo é imóvel e tudo tem um sabor antigo: os talheres de prata, os pratos espessos, a toalha limpa.

Os empregados são cordiais e parece que eles nos conhecem há imenso tempo (astúcia profissional!).

Habitualmente, o meu jantar “debaixo dos pórticos da Praça do Comércio” inicia com o Caldo-verde, que gosto muito de acompanhar com alguns pasteis de bacalhau... que delícia!

Depois chega o momento do prato português que eu prefiro: a carne de porco “à alentejana”... a terra e o mar juntos, como Portugal e o Oceano Atlântico!

Um jantar português não pode acabar sem um pudim flan - que no resto do mundo se chama “nata portuguesa”.

No restaurante do Martinho, há uma pequena mesa perto da janela; depois de alguns copos de vinho verde é possível ver Fernando, sentado ali, enquanto escreve uma poesia dedicada à sua, à minha Lisboa.


Roberto Manigrasso

Via dei Portoghesi: ontem e hoje


A pedido de um leitor, que lendo a nota sobre a exposição de Ettore Roesler Franz mostrou curiosidade em ver a "evolução" da via dei Portoghesi, fazemos uma breve viagem no tempo através das imagens... desde a setecentista gravura de Vasi, até às imagens do início do século XX, para terminarmos na actualidade...