giovedì 31 gennaio 2008

Breve conto policial, por um aluno de Português...


Ainda a propósito da pesquisa semântica sobre "refeições", um dos alunos de Português / 1º nível do Instituto Português de Santo António, escreveu e enviou-nos este trecho policial, cheio de humor...


...



O comissário entrou imediatamente no restaurante.

Olhou à roda, na sala: confusão e desordem, pessoas em pé, olhos esbugalhados pelo medo, rostos contraídos e um menino chorava, perto da sua mãe.

O patrão, agitado e suado, foi ao encontro dele e mostrou-lhe o ponto onde jazia o cadáver.

O comissário aproximou-se e viu o corpo de um homem grande e forte que estava deitado no chão, com o guardanapo ainda apertado na mão.

“Talvez uma faca fincada nas costas...” supôs o comissário.

Olhou a mesa: sobre a toalha suja pelo vinho tinto derramado de um copo agora vazio, viu só pratos sujos, garfos e facas de peixe; impossível matar um homem com aquelas facas!

“Talvez uma espinha de peixe na garganta...” pensou então o comissário.

Mas viu o prato de sobremesa com os restos de um pastel, sinal de que na altura do doce o homem estava ainda vivo!

“Então, o que é que matou este pobre desgraçado?!” perguntou-se desconsolado o comissário.

Nesse momento, os seus olhos caíram sobre um pequeno papel esquecido entre a garrafa e o galheteiro e imediatamente compreendeu: a conta!



Danilo Vitali

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