Ainda a propósito da pesquisa semântica sobre "refeições", um dos alunos de Português / 1º nível do Instituto Português de Santo António, escreveu e enviou-nos este trecho policial, cheio de humor...
...
O comissário entrou imediatamente no restaurante.
Olhou à roda, na sala: confusão e desordem, pessoas em pé, olhos esbugalhados pelo medo, rostos contraídos e um menino chorava, perto da sua mãe.
O patrão, agitado e suado, foi ao encontro dele e mostrou-lhe o ponto onde jazia o cadáver.
O comissário aproximou-se e viu o corpo de um homem grande e forte que estava deitado no chão, com o guardanapo ainda apertado na mão.
“Talvez uma faca fincada nas costas...” supôs o comissário.
Olhou a mesa: sobre a toalha suja pelo vinho tinto derramado de um copo agora vazio, viu só pratos sujos, garfos e facas de peixe; impossível matar um homem com aquelas facas!
“Talvez uma espinha de peixe na garganta...” pensou então o comissário.
Mas viu o prato de sobremesa com os restos de um pastel, sinal de que na altura do doce o homem estava ainda vivo!
“Então, o que é que matou este pobre desgraçado?!” perguntou-se desconsolado o comissário.
Nesse momento, os seus olhos caíram sobre um pequeno papel esquecido entre a garrafa e o galheteiro e imediatamente compreendeu: a conta!
Danilo Vitali
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