A nossa aluna Vilma Gidaro enviou-nos o comentário ao filme de Manoel de Oliveira, qe iniciou este sábado o segundo semestre de "actividades portuguesas" da Cátedra José Saramago.
Com os nossos agradecimentos e parabéns, aqui fica o seu texto.
O filme “NON ou a vã glória de mandar” foi realizado no ano 1990 por Manuel de Oliveira.
O cenário do filme é a guerra colonial portuguesa em África, inútil e vã glória de um regime (a ditadura de Salazar) em ruína, disposto a tudo, para manter as colónias, antes da sua derrota com a Revolução dos cravos de 25 de Abril de 1974.
Este filme inicia com uma camioneta de soldados portugueses que falam com o seu alferes, personagem principal do filme (Luís Miguel Cintra). Pela boca dele, de facto, Oliveira discorre sobre as motivações diferentes das guerras, deixando como comum denominador o facto de todas as guerras serem injustificadas e feitas por sede de poder e de riqueza. O alferes, contando a história das guerras portuguesas aos soldados, ilustra aqueles que acham que a guerra se faz por amor à Pátria.
A narração do alferes passa em revista alguns momentos históricos importantes na história portuguesa, começando pela guerra de defesa contra os invasores Romanos feita por Viriato, valoroso chefe lusitano.
Depois trata da vã tentativa de paz entre Portugal e Espanha com o casamento de Dom João e a infanta Isabel de Castela que acaba com a morte prematura do infante de Portugal, causando grandes dificuldades para a unidade do território ibérico.
Da história ao mito, Oliveira evoca Camões e dá espaço a uma recompensa divina aos marinheiros de Vasco da Gama, que navegando encontram uma ilha paradisíaca onde o amor e o prazer anula o cansaço e a dor dos homens.
No fim uma guerra “religiosa” contra os mouros do Verão de 1578 com um exército e corpos mercenários constituído por alemães, espanhóis e italianos sob o comando do rei D. Sebastião. Perdida a batalha de Alcácer Quibir, porque o Rei se manteve mergulhado na certeza visionária de vencer, os mouros acabarão por aniquilar todos: Rei, exército e mercenários, constituindo a derrota mais grave da história portuguesa.
Oliveira condena a guerra e o império, ligados à sede de poder, de riqueza e de expansão, e elogia a dádiva dos Portugueses à Humanidade, a única coisa que permanece: o progresso científico, tecnológico e cultural e os novos mundos descobertos.
Infelizmente estas duas coisas andam a par, mas eu acho que é um preço demasiado alto e que nada justifica qualquer guerra.
O cenário do filme é a guerra colonial portuguesa em África, inútil e vã glória de um regime (a ditadura de Salazar) em ruína, disposto a tudo, para manter as colónias, antes da sua derrota com a Revolução dos cravos de 25 de Abril de 1974.
Este filme inicia com uma camioneta de soldados portugueses que falam com o seu alferes, personagem principal do filme (Luís Miguel Cintra). Pela boca dele, de facto, Oliveira discorre sobre as motivações diferentes das guerras, deixando como comum denominador o facto de todas as guerras serem injustificadas e feitas por sede de poder e de riqueza. O alferes, contando a história das guerras portuguesas aos soldados, ilustra aqueles que acham que a guerra se faz por amor à Pátria.
A narração do alferes passa em revista alguns momentos históricos importantes na história portuguesa, começando pela guerra de defesa contra os invasores Romanos feita por Viriato, valoroso chefe lusitano.
Depois trata da vã tentativa de paz entre Portugal e Espanha com o casamento de Dom João e a infanta Isabel de Castela que acaba com a morte prematura do infante de Portugal, causando grandes dificuldades para a unidade do território ibérico.
Da história ao mito, Oliveira evoca Camões e dá espaço a uma recompensa divina aos marinheiros de Vasco da Gama, que navegando encontram uma ilha paradisíaca onde o amor e o prazer anula o cansaço e a dor dos homens.
No fim uma guerra “religiosa” contra os mouros do Verão de 1578 com um exército e corpos mercenários constituído por alemães, espanhóis e italianos sob o comando do rei D. Sebastião. Perdida a batalha de Alcácer Quibir, porque o Rei se manteve mergulhado na certeza visionária de vencer, os mouros acabarão por aniquilar todos: Rei, exército e mercenários, constituindo a derrota mais grave da história portuguesa.
Oliveira condena a guerra e o império, ligados à sede de poder, de riqueza e de expansão, e elogia a dádiva dos Portugueses à Humanidade, a única coisa que permanece: o progresso científico, tecnológico e cultural e os novos mundos descobertos.
Infelizmente estas duas coisas andam a par, mas eu acho que é um preço demasiado alto e que nada justifica qualquer guerra.
VILMA GIDARO
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