Lembro-me de Lisboa
Passaram muito anos, cerca de 9, desde a minha primeira visita a Lisboa e portanto as lembranças não são muito claras.
Aliás não tem sentido o fazer um micro-guia turístico, não saberia o que escrever. Mas ainda há com certeza algumas sensações e sugestões na minha memória.
Admito que não tenho lembranças de locais e lugares demasiado feitos à medida dos turistas, nem de ruas e ruelas muitas vezes características demais para serem verdadeiras.
Porém permanecem em mim a doce beleza da cidade no seu conjunto, a facilidade (talvez só dos turistas) em fazer, ver e mover-se nela.
Mas eu partia com uma sugestão grande que provinha do incipit de “O ano da morte de Ricardo Reis” do meu amado Saramago :
“Aqui o mar acaba e a terra principia. Chove sobre a cidade pálida, as águas do rio correm turvas de barro, há cheia nas lezírias”. E depois Ricardo Reis desembarca no cais Alcântara do barco Highland Brigade e chega ao Hotel Bragança na Rua do Alecrim.
Quando chega, quando passeia para cima e para abaixo do Chiado ao rio-mar, chove e chove sempre. Lembrava-me de Ricardo Reis e porventura esperava e queria chuva (ainda que fosse Julho e não Dezembro), mas pelo contrário...
Lisboa permanece na minha memória como luz, com a sua incrível luminosidade entre o oceano e o Tejo e tudo o que permanece mais vivo tem como fundo, ou melhor, como protagonistas, o Tejo, o oceano e a luz: a Torre de Belém, os Jerónimos, o Terreiro do Paço, o fantástico Oceanário.
Passaram muito anos, cerca de 9, desde a minha primeira visita a Lisboa e portanto as lembranças não são muito claras.
Aliás não tem sentido o fazer um micro-guia turístico, não saberia o que escrever. Mas ainda há com certeza algumas sensações e sugestões na minha memória.
Admito que não tenho lembranças de locais e lugares demasiado feitos à medida dos turistas, nem de ruas e ruelas muitas vezes características demais para serem verdadeiras.
Porém permanecem em mim a doce beleza da cidade no seu conjunto, a facilidade (talvez só dos turistas) em fazer, ver e mover-se nela.
Mas eu partia com uma sugestão grande que provinha do incipit de “O ano da morte de Ricardo Reis” do meu amado Saramago :
“Aqui o mar acaba e a terra principia. Chove sobre a cidade pálida, as águas do rio correm turvas de barro, há cheia nas lezírias”. E depois Ricardo Reis desembarca no cais Alcântara do barco Highland Brigade e chega ao Hotel Bragança na Rua do Alecrim.
Quando chega, quando passeia para cima e para abaixo do Chiado ao rio-mar, chove e chove sempre. Lembrava-me de Ricardo Reis e porventura esperava e queria chuva (ainda que fosse Julho e não Dezembro), mas pelo contrário...
Lisboa permanece na minha memória como luz, com a sua incrível luminosidade entre o oceano e o Tejo e tudo o que permanece mais vivo tem como fundo, ou melhor, como protagonistas, o Tejo, o oceano e a luz: a Torre de Belém, os Jerónimos, o Terreiro do Paço, o fantástico Oceanário.
ROCCO COSTANTINO
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