O
selecionador viu cumprida a sua profecia e encheu de orgulho o coração
do povo que hoje o irá receber em festa, como tinha prognosticado ainda
na fase de grupos
"Só volto no dia
11 a Portugal e serei recebido em festa", ousou Fernando Santos afirmar,
em resposta aos críticos, ainda a equipa portuguesa não tinha garantido
a qualificação para a segunda fase da prova. Uma profecia que muitos
julgavam impossível ver cumprida e que será comprovada hoje mesmo, dia
11 de julho 2016, quando os novos campeões europeus forem recebidos em
solo nacional com a pompa que o feito merece.
Fernando
Santos leu uma mensagem de agradecimento que disse já ter escrito há um
mês, no seu quarto. "Quero deixar uma palavra especial ao presidente
[Fernando Gomes] pela confiança que depositou em mim. Não esqueço que
comecei com um castigo de oito jogos. Obrigado aos jogadores, tanto aos
que estiveram em França como aos que não puderam estar. Tenho um orgulho
enorme em tê-los treinado. O meu desejo pessoal é ir para casa, dar um
beijo do tamanho do mundo à minha mãe, mulher, filhos, ao meu neto,
genro, à minha nora e ao meu pai, que, onde quer que esteja, estará
seguramente a celebrar", destacou.
Uma das homenagens mais sentidas foi para o
povo português. "Esta foi uma vitória de Portugal e de todos os que nos
acompanharam sempre. No caminho para Paris passámos por pontes e pontes
repletas de portugueses. Isto enche-nos a alma e os portugueses são um
povo de alma. Infelizmente, nem sempre são um povo que acredita. Mas
Portugal e os portugueses são os melhores do mundo", salientou Fernando
Santos.
Os agradecimentos não se
ficaram por aí. No final da conferência, o engenheiro leu mesmo uma
mensagem em grego. "Obrigado a todos os gregos, estão sempre no meu
coração", agradeceu, depois de justificar: "Foi lá que aprendi a treinar
uma seleção."
Éder adivinhou
O
selecionador português não é o único elemento da comitiva com dotes de
profeta. Segundo revelou Fernando Santos, o herói da final adivinhou
mesmo que iria marcar o golo da vitória. "Tinha pensado que este jogo
poderia ser importante para o Éder. Não estava a contar com a lesão do
Ronaldo, claro... Nessa altura, a minha primeira aposta foi manter o
Nani. Depois entendi que o Éder era o jogador que tinha de entrar. Ele
disse que ia marcar e marcou. O patinho feio tornou-se bonito. Está de
parabéns", revelou o treinador.
O
técnico campeão também não se esqueceu de Cristiano Ronaldo. "O esforço
dele foi fantástico. Tentou duas vezes, mas não conseguiu. Na cabina foi
tremendo e no banco também, foi um capitão fantástico, pela forma como
os incentivou. Representa muito bem o espírito deste grupo", frisou,
realçando que "ficou algo por mostrar" a Payet no lance em que o
madeirense se magoou com gravidade.
A
lesão de CR7 "obrigou a mudar a estratégia" mas não impediu os
portugueses de festejar no final. "Ao intervalo disse-lhes que o jogo ia
ser nosso. Teríamos de passar a ter mais bola, obrigá-los a correr e
decidir o jogo na hora certa", contou. "Acho que ganhámos por mérito
próprio. Desta vez não digam que foi por demérito dos outros", atirou
Fernando Santos, sorrindo.
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