Muito agradecemos ao estudante de Português de 2ª nível GRACIANO SANTOS BARROS que nos enviou este interessante texto para publicação!
AS CIDADES TMORENSES
NOS ANOS 70
Timor nos anos 70 era diferente de hoje. Uma grande
diferença que se encontrava naquele
momento, era que em Timor não havia
cidades grandes com densas habitações. Em geral os vários aspetos que marcam as
diferenças são as relações entre as pessoas, o ambiente onde as pessoas viviam,
o desenvolvimento físico de cidade e os meios de transporte para o homem se deslocar para outro lugar.
O período dos anos 70 em Timor podia-se dividir em duas
partes: o primeiro período, de 1970 a
75 e segundo período, de 1975 ao fim de
79. Até 1975, Timor era um país mais isolado e tinha poucas
cidades desenvolvidas. Díli como capital do país, era uma cidade mais
desenvolvida mas com poucos habitantes, cerca de 15 mil.
Economicamente as populações das várias cidades em Timor até 1975 enfrentavam uma situação mais difícil porque ficavam
isolados. Tudo dependia das exportações que naquele momento se faziam só através dos
navios que viajavam para Timor. Mesmo assim Timor tinha uma vantagem, é que os produtos agrícolas
como as frutas, o café, o arroz, o sândalo e outros produtos alimentares eram baratos.
Do ponto de vista do
desenvolvimento físico, no período até 1975 as cidades em Timor Leste
tinham poucos edifícios e não tinham prédios, não tinham autoestradas que
ajudassem as populações a deslocar-se em breve tempo para outra cidade. Os meios de
transporte eram poucos. Para se deslocar para uma cidade, o transporte mais comum
era a camioneta, enquanto que para a deslocação entre as ilhas existiam só os barcos. Díli
era a única cidade de trânsito para
viajar para outras cidades tanto na Ásia como América, Austrália e Europa.
Em quase todas as cidades em Timor até 1975, tantas
famílias viviam numa situação tranquila, segura
e em paz.
O período de 1975/76 foi um período mais difícil,
depois da revolução dos cravos em Portugal, Timor entrava numa situação de guerra civil e por outro lado
Austrália e América, que tinham medo que Timor se tornasse um país comunista,
como Vietnam e Cuba, obrigaram a Indonésia a fazer uma anexação ilegalde
Timor.
Neste período Timor era um país mais isolado. Os
militares da indonésia fechavam todos meios de comunicação como rádio,
televisão, jornal, etc., e os jornalistas
não podiam entrar em Timor para obter notícias.
Nesse momento o governo indonésio tinha alguns programas para
desenvolver. Em várias cidades em Timor construía novas estradas, construía vários edifícios - escolas, hospitais - e os
edifícios do governo, mas tudo com o objetivo de ocultar as enormes violações
dos direitos humanos que aconteciam em Timor. Os militares indonésios deslocavam-se a vários lugares, sobretudo nas
aldeias e montanhas, para combater com alguns soldados armados timorenses. Esta situação
causava também destruições ambientais: queimavam as florestas e matavam as
animais. Tantas ribeiras foram contaminadas por óleos de instrumentos de
guerra. Este foi um dos tempos mais
difíceis na história de Timor, que alguns jornalistas descreviam como uma
história negra e também uma história escondida.
Graciano
Santos Barros
Estudante
de Timor em Roma
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