A ordenação episcopal de D. José Tolentino de Mendonça, novo
arquivista e bibliotecário do Vaticano, vai decorrer a 28 de julho, às
16h00, no Mosteiro dos Jerónimos, anunciou o Patriarcado de Lisboa.
A celebração vai ser presidida pelo cardeal-patriarca de Lisboa, D.
Manuel Clemente, e terá como bispos co-ordenantes o cardeal D. António
Marto, bispo de Leiria-Fátima, e D. Teodoro de Faria, bispo emérito do
Funchal.
A data coincide com o 28.º aniversário de ordenação sacerdotal de D. José Tolentino Mendonça.
Octávio Carmo in http://www.agencia.ecclesia.pt/portal/igreja-portugal-d-jose-tolentino-vai-ser-ordenado-bispo-em-lisboa/
O Papa Francisco nomeou, a 26 de junho, o sacerdote madeirense como
arquivista do Arquivo Secreto do Vaticano e bibliotecário da Biblioteca
Apostólica, elevando-o à dignidade de arcebispo.
O início das novas funções de D. José Tolentino de Mendonça está marcado para o dia 1 de setembro.
O responsável manifestou à Agência ECCLESIA a sua intenção de “servir
a Igreja na Cultura”, após receber uma nova missão por parte do Papa.
“A Cultura faz-nos viajar à raiz arquitetural da pessoa, àquilo que
constitui o núcleo fundante da sua aventura existencial, mas também nos
permite interrogar e iluminar o seu horizonte de sentido”, referiu.
D. José Tolentino Mendonça assinala que a sua missão como “Arquivista
e Bibliotecário da Santa Igreja Romana” se insere numa tradição papal
de “conservar num arquivo próprio a memória dos mártires e a gesta dos
pastores, bem como os livros que asseguravam a atividade litúrgica e as
necessidades administrativas da comunidade eclesial”.
O novo arcebispo sublinha que desde o século VIII existem notícias da
existência de uma biblioteca, enriquecida ao longo dos tempos com
“monumentais e preciosos espólios”, que colocam a atual Biblioteca
Apostólica Vaticana entre “as mais fascinantes instituições culturais do
mundo”.
O vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa orientou este ano o
retiro de Quaresma do Papa Francisco e seus mais diretos colaboradores,
entre 18 e 23 de fevereiro em Ariccia, localidade nos arredores de
Roma.
O
responsável português sucede no cargo de arquivista do Arquivo Secreto
do Vaticano e bibliotecário da Biblioteca Apostólica o arcebispo
Jean-Louis Bruguès.
O Arquivo Secreto do Vaticano tem um site próprio, www.archiviosegretovaticano.va, no qual é possível encontrar parte do espólio com mais de mil anos.
Ao longo de 85 quilómetros de estantes, distribuem-se mais de 630 fundos de arquivos diferentes.
O arquivo, nos moldes em que existe, nasceu por iniciativa de Paulo
V, no século XVII, ainda que a sua história recue nos séculos, dado ter
nascido, desde cedo, a tradição de os Papas guardarem a documentação que
se referia ao exercício da sua própria atividade.
O documento mais antigo conservado no Vaticano é o ‘Liber Diurnus
Romanorum Pontificum’, livro de fórmulas da chancelaria pontifícia do
século VIII.
Este arquivo é gerido por 54 pessoas e pode ser visitado por qualquer
investigador devidamente acreditado por uma universidade ou instituto
cultural, sem distinção de credo.
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