Museu Nacional do Teatro, Maquete de cenário para 2º acto da peça “Frei Luís de Sousa“. Cª Rey Colaço Robles Monteiro, Baptista Fernandes, 1969.
O estudo de alguns excertos da obra imortal de Almeida Garrett, "Frei Luís de Sousa", inspirou a escrita criativa de alguns dos nossos alunos...
Imaginar o que teria acontecido àquela família se, quando estavam chegando os Governadores espanhóis, Manuel de Sousa Coutinho não tivesse pegado fogo ao seu palácio. Será que alguma vez o Romeiro teria chegado à fala com D. Madalena de Vilhena?
Esta é a versão de Germana Lardone:
D. Manuel, depois da longa discussão com D. Madalena, que fica aterrorizada com a ideia de voltar para a casa onde viveu com seu primeiro marido, e para não dar um desgosto à sua esposa, decide agir de forma diferente.
Prepara um plano secreto para todos... Vai esperar no seu palácio os governadores espanhóis e, quando chegarem, recebê-los com todas as honras e para lhes dar as boas vindas convida-los-á para um banquete.
Faz servir uma comida muito boa e excelente vinho.
No final da noite procura uma desculpa para que a sua esposa se possa afastar um pouco (a filha não tinha assistido ao jantar), dá ordem ao seu criado mais fiel de fechar todas as portas do salão, recomendando a máxima discrição e, antes de desejar a boa noite, manda servir uma última bebida, um licor envenenado.
Os governadores, já bêbados, passam dum entorpecimento à morte sem poder pedir ajuda.
D. Manuel diz aos criados para estarem prontos para fugir, avisa D. Madalena e D. Maria e, com Telmo e Frei Jorge, vão ter com os criados que esperam nos subterrâneos do palácio, onde há uma passagem secreta para chegar num lugar seguro.
Ali permanecem escondidos durante o tempo necessário, antes de tomarem o barco que vai os irá levar ao Novo Continente.
Quando o Romeiro, que é o próprio D. João, regressa a casa, ninguém é capaz de lhe dizer o que aconteceu à sua esposa...
GERMANA LARDONE
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