lunedì 20 febbraio 2012

Manuel Monteiro de Castro, novo cardeal português



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O novo cardeal português, Manuel Monteiro de Castro, é um diplomata de carreira, que desde Janeiro ocupa agora o cargo de penitenciário-mor da Santa Sé, dirigindo um dos três tribunais do Vaticano. Tal como os outros novos nomeados, Monteiro de Castro recebe amanhã o anel e o barrete cardinalício oferecidos pelo Papa, sinais do novo cargo, como conselheiro de Bento XVI.

A assistir à cerimónia, uma missa na Praça de S. Pedro, amanhã, estará o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, em representação do Governo português.

Com Monteiro de Castro como cardeal, volta a haver dois portugueses que podem votar num eventual conclave: o outro é o patriarca de Lisboa. Saraiva Martins, o terceiro cardeal português, fez 80 anos em Janeiro, já não pode eleger o próximo Papa.

Natural de Guimarães, Monteiro de Castro foi núncio (embaixador) do Vaticano em países que atravessaram situações difíceis como a Guatemala, Vietname, México ou África do Sul. Mas esteve ainda, com o mesmo cargo, no Panamá, Austrália, Bélgica e Trindade e Tobago.

A situação mais delicada, do ponto de vista político, estava no entanto guardada para a última missão do núncio, quando Monteiro de Castro foi nomeado representante do Vaticano em Madrid, em 2000. A segunda parte do mandato coincidiu com o Governo socialista de Zapatero e o agora cardeal teve que fazer pontes difíceis com uma hierarquia católica mais papista que o Papa. Várias vezes Monteiro de Castro foi criticado, mais ou menos explicitamente, pelo arcebispo de Madrid, Rouco Varela - de quem passa a ser colega no colégio cardinalício. No auge das polémicas, o núncio convidou Zapatero para jantar, o que levou a rádio católica COPE a chamar-lhe "arcebispo do caldito".


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Na cerimónia de consistório, na basílica de São Pedro, o Papa ordenou 22 novos cardeais, incluindo o arcebispo português Manuel Monteiro de Castro, chefe do gabinete do Vaticano para os assuntos do sacramento e penitência.

O Papa Bento XVI ordenou neste sábado 22 novos cardeais, 18 deles (com menos de 80 anos) entrando no muito reservado grupo daqueles que no futuro escolherão um de entre si para a sucessão na liderança da Igreja Católica, com a recomendação de que “renunciem ao estilo mundano de poder e de glória”, numa altura em que uma série de fugas de informação ensombram a administração do Vaticano.

“Controlo e serviço, egoísmo e altruísmo, posse e dádiva, interesse e generosidade: estas lógicas profundamente opostas confrontam-se em todas as épocas e em todos os lugares. E não há dúvida nenhuma sobre a via escolhida por Jesus”, sublinhou Bento XVI no discurso deste consistório na basílica de São Pedro.

Dirigindo-se aos novos 22 cardeais – em que se inclui o arcebispo português Manuel Monteiro de Castro, chefe do gabinete do Vaticano para os assuntos do sacramento e penitência – o Papa insistiu que lhes é “exigido servir a Igreja com amor e vigor, com a clarividência e sagacidade dos mestres, a energia e força moral dos pastores, a fidelidade e coragem dos mártires”.

Entre os novos cardeais está o arcebispo de Nova Iorque, Timothy Dolan, que muitos peritos sobre o Vaticano consideram como um muito possível candidato a tornar-se no primeiro Papa norte-americano, líder de 1.3 mil milhões de católicos.

Bento XVI, que fará 85 anos em Abril e começa a mostrar sinais de debilidade física provocada pela idade, não se referiu às fugas de informação recentes para a imprensa italiana de documentos confidenciais onde é equacionado uma eventual conspiração para matar o Papa, denúncias de corrupção e alegadas transferências de dinheiro pouco claras pelo banco do Vaticano.

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