lunedì 7 aprile 2008

Eleições italianas comentadas no DN


Na edição de hoje do jornal lisboeta "Diário de Notícias", o jornalista Miguel Queirós, no artigo de opinião AS ANIMADAS ELEIÇÕES ITALIANAS comenta a situação política do momento, em Itália.

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AS ANIMADAS ELEIÇÕES ITALIANAS

A campanha eleitoral para as legislativas em Itália, que decorrerão no próximo fim-de-semana, continuam muito animadas. Um dos grandes temas é a venda da Alitalia ao grupo Air France-KLM; há dias foi o boicote ao comício do partido de Giuliano Ferrara, um jornalista próximo de Berlusconi, que defende a revisão das condições do aborto; agora é o problema dos boletins de voto.

Ontem, os jornais dedicavam a este caso todas as manchetes: "Eleições, divergências sobre os boletins", titula o La Stampa; "Caos nos boletins de voto", é a capa do La Repubblica; "Boletins eleitorais, divergências", diz o Il Messaggero. Quem levantou o problema publicamente foi Silvio Berlusconi, candidato da direita e favorito para as eleições, segundo as sondagens. "Berlusca" diz que os boletins devem ser reimpressos por causa de os símbolos dos partidos estarem de tal forma dispostos "que não se sabe quem vai sozinho e quem vai em coligação". Disse também o ex-primeiro- -ministro que quem levantou o problema foi a esquerda, o que é verdade, num contacto telefónico com um dirigente do partido de Berlusconi. Mas pelos vistos a lei obriga àquele desenho do boletim. Sebastiano Messina, na primeira página do La Repubblica, comenta: "A grande promessa eleitoral foi feita por Veltroni (líder do Partido Democrático, o maior da esquerda): tornar a Itália um país simples. De facto, este Estado não consegue fazer nada sem se complicar a vida. A mais clara demonstração disso é este boletim de voto."

Mas o grande problema da actualidade é a Alitalia, companhia aérea de bandeira que perde um milhão de euros por dia e que a Air France pretendia comprar depois de proposta do Governo actualmente em gestão, dirigido por Prodi. No final da semana, os franceses abandonaram as negociações por problemas com os sindicatos, mas é possível que hoje voltem à mesa, enquanto Berlusconi tenta arranjar amigos italianos para não deixar cair a empresa em mãos estrangeiras.

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