IN: http://dn.sapo.pt/2008/04/22/artes/a_consistencia_sonhos_traz_jose_sara.html
Mais espaço obriga a exibição maior que em Lanzarote
Quem entrasse ontem na Galeria de Pintura do Rei D. Luís, no Palácio da Ajuda, onde dentro de 24 horas será inaugurada oficialmente a exposição sobre a vida e a obra de José Saramago intitulada A Consistência dos Sonhos, acharia que a palavra sonhos estava certa mas que consistência não. Isto porque o pandemónio era total e não se vislumbrava qualquer possibilidade de cumprir o prazo anunciado para a abertura da exibição mas, ao fim da tarde, a palavra consistência já tinha mais significado que a sonhos devido ao avanço radical que levara em poucas horas.
A garantia do próprio comissário Fernando Gómez Aguilera, responsável da Fundação César Manrique pela exposição, ao DN era de que "até ao fim da noite estaria quase finalizada". Entre as razões desta azáfama final, habitual neste tipo de eventos, estava o atraso na chegada de muita da documentação que veio de navio desde Lanzarote, devido ao mau tempo nas Canárias. Outra, foi a adaptação do acervo a um local muito maior do que aquele onde aconteceu a primeira exposição de A Consistência dos Sonhos. Segundo o comissário "este espaço é diferente do original mas não é preciso alterar o discurso expositivo, apenas adaptar a proposta arquitectónica ao maior cumprimento e altura da sala".
Esta nova dimensão vai, no entanto, beneficiar o visitante, pois a exposição contém novidades em relação à de Lanzarote devido à colaboração da Biblioteca Nacional e do próprio escritor, que disponibilizaram uma série de documentos e peças para a ocasião, algumas das quais só estarão desta vez acessíveis ao público. É o caso de um quadro existente na residência do casal em Madrid, de autoria do pintor Santa Bárbara, de uma série de quadros de Rogério Ribeiro pintados para O Ano de 1993, de vários manuscritos do arquivo do escritor, além de correspondência inédita com Jorge de Sena. Outro dos benefícios do novo espaço é o reposicionamento das instalações do artista Charles Sandison que ganham deste modo um realce que as tornará, de acordo com o comissário, "um dos ícones desta exposição", bem como o de gerar a possibilidade de fruir "com mais à-vontade a sua componente visual".
Também apostados em ter tudo pronto para a inauguração oficial, que contará com a presença de José Saramago e do ministro da Cultura, Pinto Ribeiro, está a comissária executiva Graça Mendes Pinto e o director da Biblioteca Nacional. Jorge Couto revelou que do espólio da instituição vão ser exibidos o original do diploma do Nobel, cinco manuscritos - com destaque para os preparatórios de O Ano da Morte de Ricardo Reis - e a correspondência com os escritores José Rodrigues Miguéis e Adolfo Casais Monteiro. A Biblioteca Nacional vai também editar 12 postais com reproduções do acervo e no seu site poder-se-á consultar página a página os manuscritos de Saramago que tem depositados. Por seu lado, a comissária executiva aguarda com expectativa a afluência após o sucesso da exposição do Ermitage mas confirma que são muitos os pedidos de escolas e grupos a marcar visitas para a exposição que abre ao público no dia 24.
JOÃO CÉU E SILVA
Mais espaço obriga a exibição maior que em Lanzarote
Quem entrasse ontem na Galeria de Pintura do Rei D. Luís, no Palácio da Ajuda, onde dentro de 24 horas será inaugurada oficialmente a exposição sobre a vida e a obra de José Saramago intitulada A Consistência dos Sonhos, acharia que a palavra sonhos estava certa mas que consistência não. Isto porque o pandemónio era total e não se vislumbrava qualquer possibilidade de cumprir o prazo anunciado para a abertura da exibição mas, ao fim da tarde, a palavra consistência já tinha mais significado que a sonhos devido ao avanço radical que levara em poucas horas.
A garantia do próprio comissário Fernando Gómez Aguilera, responsável da Fundação César Manrique pela exposição, ao DN era de que "até ao fim da noite estaria quase finalizada". Entre as razões desta azáfama final, habitual neste tipo de eventos, estava o atraso na chegada de muita da documentação que veio de navio desde Lanzarote, devido ao mau tempo nas Canárias. Outra, foi a adaptação do acervo a um local muito maior do que aquele onde aconteceu a primeira exposição de A Consistência dos Sonhos. Segundo o comissário "este espaço é diferente do original mas não é preciso alterar o discurso expositivo, apenas adaptar a proposta arquitectónica ao maior cumprimento e altura da sala".
Esta nova dimensão vai, no entanto, beneficiar o visitante, pois a exposição contém novidades em relação à de Lanzarote devido à colaboração da Biblioteca Nacional e do próprio escritor, que disponibilizaram uma série de documentos e peças para a ocasião, algumas das quais só estarão desta vez acessíveis ao público. É o caso de um quadro existente na residência do casal em Madrid, de autoria do pintor Santa Bárbara, de uma série de quadros de Rogério Ribeiro pintados para O Ano de 1993, de vários manuscritos do arquivo do escritor, além de correspondência inédita com Jorge de Sena. Outro dos benefícios do novo espaço é o reposicionamento das instalações do artista Charles Sandison que ganham deste modo um realce que as tornará, de acordo com o comissário, "um dos ícones desta exposição", bem como o de gerar a possibilidade de fruir "com mais à-vontade a sua componente visual".
Também apostados em ter tudo pronto para a inauguração oficial, que contará com a presença de José Saramago e do ministro da Cultura, Pinto Ribeiro, está a comissária executiva Graça Mendes Pinto e o director da Biblioteca Nacional. Jorge Couto revelou que do espólio da instituição vão ser exibidos o original do diploma do Nobel, cinco manuscritos - com destaque para os preparatórios de O Ano da Morte de Ricardo Reis - e a correspondência com os escritores José Rodrigues Miguéis e Adolfo Casais Monteiro. A Biblioteca Nacional vai também editar 12 postais com reproduções do acervo e no seu site poder-se-á consultar página a página os manuscritos de Saramago que tem depositados. Por seu lado, a comissária executiva aguarda com expectativa a afluência após o sucesso da exposição do Ermitage mas confirma que são muitos os pedidos de escolas e grupos a marcar visitas para a exposição que abre ao público no dia 24.
JOÃO CÉU E SILVA
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