Tradutor e escritor distinguido pelo Ministério da Cultura italiano
Vasco Graça Moura vence Prémio de Tradução 2007
do Ministério da Cultura italiano
16.04.2008 - 13h16 Lusa
O escritor, poeta, cronista, tradutor e eurodeputado do PSD Vasco Graça Moura foi distinguido com o Prémio de Tradução 2007, atribuído pelo Ministério da Cultura italiano.
O prémio, que tem o patrocínio do chefe de Estado italiano, Giorgio Napolitano, é atribuído anualmente e distingue o melhor tradutor e editor estrangeiros, tendo Graça Moura vencido na primeira categoria, uma decisão unânime do júri.
A cerimónia de entrega dos prémios vai realizar-se no Palácio do Quirinal, em Roma, na presença de Giorgio Napolitano, em data ainda a anunciar.
Graça Moura distinguiu-se pela tradução de algumas das principais obras italianas como "Divina Comédia" e "Vita Nuova", de Dante Alighieri, e ainda "Rime" e "Trionfi" de Francesco Petrarca.
Segundo uma nota do júri, Vasco Graça Moura foi distinguido pela "rica e vasta actividade como tradutor, que contribuiu de forma especial para a divulgação, em Portugal e nos países lusófonos, das mais marcantes obras da literatura italiana, em versões de alta qualidade estética e de escrupuloso respeito pelos originais".
Para Graça Moura a tradução corresponde a uma das vertentes da sua actividade de criador literário, como "um exercício corpo-a-corpo" que “exige que se encontre a fórmula que melhor se adeque para verter tudo o que escreveu o poeta".
O poeta, ficcionista, ensaísta e tradutor, que publicará no dia 28 um novo romance, "Alfreda ou a Quimera", qualificou de "gratificante" a distinção atribuída pelo Ministério da Cultura da Itália e patrocinada pela União Europeia. Graça Moura destacou ainda a importância da tradução no seio da Europa dos 27, ao servir como um “veículo fundamental para o conhecimento e entendimento dos povos".
Além da sua intensa actividade no campo das letras, Graça Moura tem sido uma das vozes mais críticas do Acordo Ortográfico, que considera que apenas “serve interesses geopolíticos e empresariais brasileiros, em detrimento de interesses inalienáveis dos demais falantes de português no mundo".
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