Ontem à tarde, no salão nobre do Instituto Português de Santo António em Roma, os alunos do curso e alguns amigos, cerca de 20 participantes, assistiram à magnífica conferência que a Profª Giuseppina Raggi, do Centro de História de Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa, intitulada:
Il gioco degli sguardi: cogliere la diversità dentro la medesima cultura.Viaggio tra Italia, Portogallo e Brasile nel XVIII secolo
Já no ano passado, Giuseppina Raggi viera a Roma, a Santo António dos Portugueses, falar de "quadraturas", das arquitecturas fingidas pintadas nos tectos de edifícios religiosos e civis, e de como essa cultura bolonhesa passa a Florença e dali se expande, chegando a Portugal e ao Brasil.
A chegada do toscano Bacherelli a Lisboa, o seu aluno quadraturista António Simões Ribeiro, activo no Brasil, onde, segundo a Historiadora da Arte "a quadratura se revitaliza, porque o Brasil é uma terra ainda para ser edificada".
Num Português perfeito, e durante mais de uma hora, Giuseppina Raggi fez um discurso envolvente, científico e informativo, mas cheio de uma humanidade muito sua. Extrair dos livros o que foi obra de homens e dar uma dimensão humana a uma forma de arte, de nós tão afastada por séculos e quilómetros.
Através desta máxima - "cada contexto produz o máximo que pode produzir" - Giuseppina Raggi ajudou-nos a superar aquela ideia ultrapassada e negativa de que o Barroco brasileiro se reduz à arte de Minas Gerais, de António Francisco Lisboa, o célebre Aleijadinho.
Foi uma generosa iniciativa da Profª Raggi, que queremos agradecer e recordar. Aqui deixamos algumas fotografias da conferência.
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