Assisti, na passada semana, à conferência da Prof. Giuseppina Raggi, que além de ser uma conferência foi uma janela aberta sobre a arte.
A primeira sugestão chegou-me quando a professora disse que iniciou a sua pesquisa universitária para verificar se podia alcançar um pensamento que nunca lhe tivesse vindo.
O assunto era muito interessante: A quadratura no século XVII, que viajou de Itália, com o artista Bacherelli, de formação Bolonhesa e que trabalhara em Florença e Livorno, até Portugal, e de Portugal, com António Simões Ribeiro, seu discípulo, até ao Brasil.
Sucessivas modificações foram introduzidas neste estilo pelos pintores brasileiros que foram influenciados pelos espaços imensos das cidades e dos lugares colonizados que então estavam a ser edificadas.
Temos de considerar também a distância entre uma cidade e outra e as dificuldades que, naquela altura, podiam existir para se chegar de um lado ao outro, numa terra como o Brasil.
Cada ordem religiosa edificou igrejas, colégios e bibliotecas e decorou-as com estas formas “arquitectónico-pictóricas”, pondo no centro imagens sacras, expressão da concorrência entre os vários ramos missionários.
Era a época do ouro e dos diamantes do Brasil. Com esta riqueza o império Português alcançou o máximo fulgor e beleza nas suas cidades coloniais.
Muito interessante acerca desta arte e da sua difusão é que, por exemplo na capela do Mosteiro de São Bento, os tectos foram pintados, sob a coordenação dos monges, por escravos pintores, comprados e enviados do Rio para Olinda.
A professora deixou-nos ainda outra imagem para pensar: o Barroco, chegado no Brasil em época tardia, a uma primeira vista é mal feito; mas para compreender o estilo realizado Além-Mar, não devemos olhar com olhos europeus, pois só assim será possível apreciar a sua beleza e particularidade.
Gostei muito da conferência e de ter podido encontrar a professora Raggi, a quem quero agradecer dizendo-lhe que despertou em mim muito interesse, de tal modo que eu passei o fim de semana lendo sobre a arte da quadratura em Portugal e no Brasil.
Vilma Gidaro
A primeira sugestão chegou-me quando a professora disse que iniciou a sua pesquisa universitária para verificar se podia alcançar um pensamento que nunca lhe tivesse vindo.
O assunto era muito interessante: A quadratura no século XVII, que viajou de Itália, com o artista Bacherelli, de formação Bolonhesa e que trabalhara em Florença e Livorno, até Portugal, e de Portugal, com António Simões Ribeiro, seu discípulo, até ao Brasil.
Sucessivas modificações foram introduzidas neste estilo pelos pintores brasileiros que foram influenciados pelos espaços imensos das cidades e dos lugares colonizados que então estavam a ser edificadas.
Temos de considerar também a distância entre uma cidade e outra e as dificuldades que, naquela altura, podiam existir para se chegar de um lado ao outro, numa terra como o Brasil.
Cada ordem religiosa edificou igrejas, colégios e bibliotecas e decorou-as com estas formas “arquitectónico-pictóricas”, pondo no centro imagens sacras, expressão da concorrência entre os vários ramos missionários.
Era a época do ouro e dos diamantes do Brasil. Com esta riqueza o império Português alcançou o máximo fulgor e beleza nas suas cidades coloniais.
Muito interessante acerca desta arte e da sua difusão é que, por exemplo na capela do Mosteiro de São Bento, os tectos foram pintados, sob a coordenação dos monges, por escravos pintores, comprados e enviados do Rio para Olinda.
A professora deixou-nos ainda outra imagem para pensar: o Barroco, chegado no Brasil em época tardia, a uma primeira vista é mal feito; mas para compreender o estilo realizado Além-Mar, não devemos olhar com olhos europeus, pois só assim será possível apreciar a sua beleza e particularidade.
Gostei muito da conferência e de ter podido encontrar a professora Raggi, a quem quero agradecer dizendo-lhe que despertou em mim muito interesse, de tal modo que eu passei o fim de semana lendo sobre a arte da quadratura em Portugal e no Brasil.
Vilma Gidaro
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