13 de Maio é o 133.º dia do ano no calendário gregoriano e neste dia, em 1917, três crianças que pastoreavam o seu rebanho na Cova da Iria, perto de Fátima, Portugal, declaram ter tido a aparição da Virgem Maria sobre uma azinheira.
A propósito:
A imagem de Aparecida foi entronizada junto ao recinto do santuário português, no âmbito de um intercâmbio entre os dois santuários que há um ano levou à colocação de uma imagem de Fátima no Brasil.
O arcebispo de Aparecida, Raymundo Damasceno Assis, disse hoje que a Igreja não pode afastar-se da simplicidade e desaprender as lições das mensagens de Fátima e de Aparecida.
"A fragilidade é o meio escolhido por Deus para realizar a sua obra. A Igreja deve sempre lembrar que não pode afastar-se da simplicidade", afirmou o cardeal Raymundo Damasceno Assis, no Santuário de Fátima, na homilia da missa que sucedeu à procissão das velas, momento em que cerca de 200 mil peregrinos iluminaram o recinto.
A imagem de Aparecida foi hoje entronizada na escadaria norte, junto ao recinto do santuário português, no âmbito de um intercâmbio entre os dois santuários que há um ano levou à colocação de uma imagem de Fátima no templo brasileiro.
Abordando os acontecimentos que levaram à criação dos dois santuários, o arcebispo referiu que "em Aparecida, com justiça, viu-se na cor negra da imagem a sua compaixão e a solidariedade com os sofridos escravos e seus descendentes" e em Fátima "a oração e os sacrifícios pelos pecadores".
"A nossa solidariedade, seja com os pobres, seja com os pecadores, dificilmente consegue ultrapassar o simples compadecer-se e chegar a sofrer de verdade com os que sofrem", assinalou Raymundo Damasceno Assis, exortando os peregrinos a pedirem à Virgem que reúna em cada um "a solidariedade, para que os sofredores consigam vencer o sofrimento, e ao mesmo tempo uma verdadeira submissão à vontade de Deus".
Ainda sobre a história de Fátima e de Aparecida, que em 2017 assinalam respetivamente, o centenário das aparições e o tricentenário da descoberta da imagem da Virgem Aparecida no rio Paraíba, o arcebispo, citando o papa Francisco, declarou que "Deus entra sempre nas vestes da pequenez".
Remetendo de novo às palavras do papa e à história da Virgem Aparecida, o cardeal notou que Deus "dá uma mensagem de recomposição e unidade, que requer da nossa parte paciência", que "o povo simples e piedoso encontra sempre espaço nas suas vidas para a manifestação de Deus", que a todos protege, e que a fé, quando autêntica, "traz consigo a necessidade de ser partilhada".
"Por isso, o papa Francisco concluía que a Igreja não pode desaprender a lição de Aparecida e eu acrescento a lição das aparições de Fátima", acrescentou.
A missa está a ser concelebrada pelo cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, 34 bispos e 275 padres, anunciou o santuário.
A peregrinação internacional de maio termina na quarta-feira, com a missa, bênção dos doentes e procissão do adeus.
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