venerdì 29 novembre 2013

A palavra ao Estudante: Alessandro Cannarsa -"O «Terramoto» de Haydn"

Ainda a respeito do terramoto de 1755, que ocupou os nossos alunos em boa parte deste mês, mesmo no final, o nosso Alessandro Cannarsa acrescenta uma nota musical sobre o efeito que esta catástrofe teve na Europa do tempo...


 O “Terramoto” de Haydn.

"Há quinze anos que o Canónico de Cádiz me pediu para fazer música instrumental para as sete palavras de Cristo na cruz (...) Após a introdução, o bispo subiu até o púlpito, pronunciou uma das sete palavras, e depois de ter terminado desceu e ajoelhou-se frente ao altar. Essa pausa foi completada por música e assim de novo e de novo até o fim ... "

Com estas palavras o próprio Joseph Haydn explica a natureza do encargo que o Canónico de Cadiz, Dom José Saénz de Santamaría, nascido em Veracruz de pais espanhóis que se fixaram em Nueva España, lhe teria dado.

A música foi executada provavelmente na Igreja do Rosário de Cádiz, ainda que haja quem afirme que o lugar foi a Catedral, em 1786, acerca de trinta anos depois do terrível terramoto que foi chamado "de Lisboa", por ter afectado a grande capital, mas que levou a uma enorme destruição a todo o sul de Espanha, e em particular a vagas de 18 metros em Cádiz!

De facto, depois da derradeira palavra: “Pater in manus tuas comendo spiritum meum”, Haydn insere uma peça extraordinária, um “Terremoto: Presto con tutta la forza” que queria imitar a energia da natureza nos seus aspectos mais medonhos.

Nesta maneira o mais famoso compositor da época quis celebrar a mais terrível catástrofe natural que a Europa tinha conhecido.

Alessandro Cannarasa




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