Páscoa…
Já volta a Páscoa… E como Abril vem lindo!...
Incenso ao ar subindo
de toda a terra em flor…
Velho ritual a desdobrar-se eterno!...
Eu compreendo: - É necessário o Inverno;
é necessária a dor,
para que aos corações, é à natureza,
depois dessa tristeza,
volte um prazer subtil…
Para que ao sol, depois da noite escura,
rebrilhe a formosura…
E torne a ser Abril.
Deus, que renova os sonhos e os poetas,
a luz e as borboletas,
eternamente moças tornará
as velhas frases, que ao correr das eras,
em idas primaveras
tantos disseram já:
Aleluia, Aleluia!... Hossana, Hossana!...
- Que estranho encanto emana
deste festivo som!... -
Oh meu amor, – o bem que nos queremos!...
Como é bonito o mundo em que vivemos…
- E como Deus é bom!...
Já volta a Páscoa… E como Abril vem lindo!...
Incenso ao ar subindo
de toda a terra em flor…
Velho ritual a desdobrar-se eterno!...
Eu compreendo: - É necessário o Inverno;
é necessária a dor,
para que aos corações, é à natureza,
depois dessa tristeza,
volte um prazer subtil…
Para que ao sol, depois da noite escura,
rebrilhe a formosura…
E torne a ser Abril.
Deus, que renova os sonhos e os poetas,
a luz e as borboletas,
eternamente moças tornará
as velhas frases, que ao correr das eras,
em idas primaveras
tantos disseram já:
Aleluia, Aleluia!... Hossana, Hossana!...
- Que estranho encanto emana
deste festivo som!... -
Oh meu amor, – o bem que nos queremos!...
Como é bonito o mundo em que vivemos…
- E como Deus é bom!...
Branca de Gonta Colaço (1880-1945)
in Últimas Canções, 1926
Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro Colaço Lisboa, 8.7.1889, ibid. 22.3.1945), foi uma escritora e recitalista portuguesa, erudita e poliglota, que ficou sobretudo conhecida como poetisa, dramaturga e conferencista. Era filha da inglesa Ann Charlotte Syder e do político e escritor português Tomás Ribeiro. Casou com Jorge Rey Colaço, um ceramista de renome, tendo publicado a sua obra sob o nome de Branca de Gonta Colaço.
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