Mudar de vida
Não sei se existe em português um provérbio parecido ao dito italiano “rinnovarsi o morire” (renovar-se ou morrer): para não deixar de sentir-se vivos e não perder entusiasmo e esperanças é importante de vez em quando procurar experimentar coisas novas, mudar, se calhar, velhos costumes, ou, como sugere a escritora Margarida Rebelo Pinto, “seguir um sonho e mudar de vida”.
Não sempre são necessárias mudanças radicais para melhorar o nosso estado de espírito e fazer-nos ver a vida com olhos diferentes. Muitas vezes podem ser suficientes pequenas coisas, como dedicar-se a um novo hobby, programar uma viagem com novos amigos, ou, para algumas mulheres, simplesmente mudar de penteado! Mas também há quem, num dado momento da sua vida, sinta a exigência de cancelar por completo o passado e então quer mudar de emprego, decide ir viver para uma cidade o para um país diferente, ou acaba por abandonar a família em busca de novos horizontes.
Seja o que for, acho que sempre é positivo desejar ampliar interesses e fazer novas experiências. Eu vivi quase vinte cinco anos fora de Itália, em três países diferentes, e todas foram experiências inesquecíveis. Desde que me casei mudei nove vezes de morada. Dizem que mudar de habitação é uma das maiores causas de stress; eu o encontrei agradável e estimulante. No entanto sei de pessoas que nunca mudariam de morada (nem, naturalmente, de bairro o de cidade de residência). Elas nunca mudariam absolutamente nada das suas vidas, por estar já satisfeitas com a que têm ou, muitas vezes, por medo a enfrentar situações novas e desconhecidas, ou porque são incapazes de ter sonhos.
GIOVANNA SCHEPISI
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