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“Eu estava numa estação de serviço a tratar do carro quando tocou o telemóvel e era uma amiga minha a dizer: 'Olhe, eu estou aqui a ouvir o Papa em Roma a dizer que o senhor é cardeal, os meus parabéns!’ – ‘Ah sim! Está bem, então vamos a isso!’", contou o patriarca de Lisboa à Agência ECCLESIA.
“Em qualquer lado se pode ser chamado!”, acrescentou.
Para o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, a escolha do Papa Francisco constitui “uma certa surpresa”, uma vez que tem mostrado “liberdade” nas suas nomeações cardinalícias.
“Constituiu uma certa surpresa porque de acordo com o que tem sido a atuação do Papa Francisco e a liberdade que ele tem em relação a usos e costumes anteriores, admitia já que também isto fosse coisa do passado, devo confessar”, referiu.
Mesmo considerando “normal” a indicação do atual patriarca de Lisboa para cardeal, D. Manuel Clemente afirmou que o Francisco “não estava obrigado” a seguir a bula ‘Inter praecipuas apostolici ministerii’ (1737), do Papa Clemente XII, segundo a qual deveria ser nomeado cardeal pelo Papa no primeiro consistório realizado após a sua elevação à sede diocesana.
“Da minha parte só há responsabilidade de corresponder à expectativa que tenha em mim”, acrescentou.
Para o patriarca de Lisboa, a escolha dos novos cardeais é “um chamamento feito por ele próprio”, a partir de critérios que revelam “um estilo de pastoral simples” e dão “mais expressão” á presença da Igreja Universal em Roma.
“Os que o Papa escolheu – e falo não de mim, mas dos outros -, pelo que conheço da sua proveniência e até do percurso de um ou outro, são bispos dos vários continentes que se aproximam muito do Papa Francisco num estilo pastoral simples, direto, muito próximo das suas populações, muito evangélico”, considera.
O patriarca de Lisboa não considera o cardinalato uma honra, mas “um serviço” ao ministério do Papa, “hoje em dia particularmente importante e forte na cena mundial”.
“Nós herdamos na Igreja coisas de muitos séculos, nomeadamente da época barroca, que dava muita importância ao exterior, ao cerimonial, à pompa e circunstância. Hoje só temos a circunstância, a pompa temos de a relativizar”, afirmou.
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