giovedì 30 aprile 2015

La parola allo studente: Katia Paoletti -

Aluna do primeiro ano, a KATIA PAOLETTI partilhou connosco a sua casa.
Muito obrigado, Katia!


A minha casa entre o céu e o rio

A minha casa não é grande, tem poucos móveis mas muita luz natural. 

Está localizada num prédio antigo, no andar superior, sobre ao rio Tibre e perto da pista de bicicletas. Eu posso ir ao trabalho a pé ou de bicicleta. 

A casa tem um quarto, uma sala, uma cozinha e uma casa de banho. O quarto e a sala são grandes com o teto alto e um lustre Oriental, da Síria. A janela da sala e do quarto é em frente ao Gianicolo, com vista para o rio e as árvores. 

Eu posso ver a mudança das estações, as cores do céu e o voo dos pássaros. 

Em frente dela não há edifícios. O prédio é do ano de 1910. 

A cor da casa é cinza. Na cozinha há azulejos e o chão é azul. O corredor é longo e estreito com paredes vazias e uma parede no fundo cinza escuro. Eu escrevo sobre dela uma frase todas as semanas. Por toda parte há plantas e um bonsai. As paredes da sala estão vazias. A sala tem prateleiras de livros, uma lareira biológica, um sofá e uma mesa de madeira e ferro, e muitos candelabros. 

O sofá, construído por mim mesma, é um longo banco de sentar de madeira cinzenta. Sobre o banco na parede há dois apliques orientais de vidro soprado. Num quarto há um roupeiro grande e um roupeiro pequeno tibetano branco com compartimento secreto, um espelho antigo, uma cama de ferro forjado e um painel de madeira antiga chinesa. 

A minha cozinha é larga com uma grande janela com vista para o pátio interior onde há um poço de pedra com dois papagaios, muitas plantas e bicicletas. Não há armários nem gavetas, mas uma grande prateleira de ferro cinza. Nas paredes há fotos. Por toda parte há muitos livros de culinária vegetariana, vegan e alimentos crus, plantas aromáticas, frascos de especiarias e ervas. A casa de banho é longa, estreita e toda branca. 

Ao pôr do sol a minha casa fica vermelha e eu posso ouvir o fado…

KATIA PAOLETTI

mercoledì 29 aprile 2015

Centro Studi Cinematografici - in memoria di Manoel de Oliveira

PER NON DIMENTICARE
IN RICORDO DI MANOEL DE OLIVEIRA


Il 2 aprile scorso si è spento, all’età di 106 anni il regista portoghese Manoel de Oliveira. 

Il Centro Studi Cinematografici intende ricordare, con questa iniziativa, alcuni dei momenti più salienti del lavoro di un autore che ha iniziato la sua attività quando ancora, in Portogallo, il cinema era muto. La sua produzione è segnata dalla realizzazione di numerosi documentari – il primo, DOURO FAINA FLUVIAL è del 1931 – e da una lunga serie di lungometraggi, nei quali il rapporto tra parola e immagine acquista una valenza simbolica di grande impatto contenutistico e figurativo, che abbraccia una pluralità di temi: dalla filosofia all’arte, dall’antropologia alla storia, fino alla religone; tema, quest’ultimo, presente costantemente in molte sue opere. 

Lo dimostrano anche i molti premi ricevuti da parte di organizzazioni attente alla dimensione spirituale nel cinema: il premio Interfilm per la promozione del dialogo intereligioso nel 1981, il premio della Giuria Ecumenica a Cannes nel 1992, i premi La Navicella (1985) e Bresson (2001) dell’Ente dello Spettacolo- Rivista del Cinematografo, il premio Signis nel 2003, oltre che i numerosissimi riconoscimenti ottenuti nel più prestigiosi festival internazionali. 

Ricordiamo come il suo cinema si sia inverato in un personalissimo itinerario di ricerca; una ricerca senza sosta attorno ai temi essenziali dell’avventura umana che lo ha portato a essere attivo fino alla fine dei suoi giorni. Il suo ultimo film è stato GEBO E L’OMBRA del 2012 e il suo ultimo documentario O VELHO DO RASTELO del 2014. 

Esiste, infine, anche un film che nessuno ha mai visto, VISITA OU MEMORIAS E CONFESSÕES realizzato nel 1982, che de Oliveira ha deciso fosse proiettato solo dopo la sua morte. 

Con questa nuova iniziativa, il Centro Studi Cinematografici, proseguendo nella sua ultradecennale vocazione di studiare il cinema, vuole offrire tale momento di informazione e di formazione, i cui destinatari primari sono gli insegnanti, i genitori, gli animatori culturali e gli studenti, i cinefili. 

La partecipazione alle proiezioni è gratuita.  
Consigliamo vivamente di prenotarsi per le proiezioni, per non andare oltre la disponibilità di posti della nostra sala.    

PROGRAMMA DELLE PROIEZIONI

8 MAGGIO – 29 MAGGIO 2015


VENERDI’ 8 MAGGIO – ORE 18



DOURO FAINA FLUVIAL (Douro fatica fluviale – doc.,1931 – dur. 19’)
FAMALICÃO (doc.,1941 – dur. 23’) 


VENERDI’ 15 MAGGIO – ORE 18


ANIKI BOBO (film,1942 – dur. 74’)
O PINTOR E A CIDADE (Il pittore e la città –doc.,1956 –dur. 27’)


VENERDI’ 22 MAGGIO – ORE 18



A CAÇA (La caccia – doc.,1964 – dur. 22’)
AS PINTURAS DO MEU IRMÃO JÚLIO (Le pitture di mio fratello Giulio – doc.,1965 – dur. 17’)



VENERDI’ 29 MAGGIO – ORE 18



BENILDE OU A VIRGEM MÃE (Benilde o la Vergine madre – film,1975- dur. 106’)



Gli incontri, sempre integrati da materiale informativo sui filmati in programma, si svolgeranno presso la sede nazionale del CENTRO STUDI CINEMATOGRAFICI – VIA GREGORIO VII, 6 -00165 ROMA (Tel. 06/6382605 – e-mail: info@cscinema.org) alle ore 18.

La parola allo studente: Mariarita Vecchio - A arte qualifica a vida?

Agradecemos à nossa aluna Mariarita Vecchio pelo envio deste texto que foi tema de reflexão numa das últimas aulas de nível avançado!



A Arte qualifica a vida?

Nos primeiros anos do século  XX  as novas tendências artísticas contestaram o Sistema de“Mercado Cultural” porque tinha transformado as obras de arte em mercadoria que, para ser vendida, se baseava em estereótipos e lugares comuns favorecendo a preguiça intelectual do grandepúblico. Assim os artistas procuraram novas experimentações e novos canais de comunicação  que, com certeza, assustavam  mas, no entanto, enriqueciam o mundo da arte  (Futurismo, Abstractismo, Dadaismo…….. )

Também nas origens da Arte Urbana estiveram uma contestação, uma transgressão, um desafio ao Sistema,  mas entre vandalismo e graffiti  havia  formas de arte geniais. Sabe-se: a genialidade produz sempre crises e queda de certezas e o génio fica separado e destinado à solidão. Felizmente hoje génios e formas de arte são identificadas como manifestações artísticas , são oficiais, têm contactos com  as Instituições e chamam-se Arte Urbana .

Esta  nova Arte qualifica a cidade: edifícios anónimos dão em obras de arte que podem ser vistos por todos num museu de céu aberto onde a Arte Contemporânea interage com um maior numero de pessoas e qualifica a vida delas.

Claro que sim: a arte qualifica a vida porque:

- Nos lembra a ideia da ordem e da harmonia no Caos.

- Num tempo, como o nosso, que exagera o valor da materialidade, da cultura física e a da mente, a arte é o reino da alma e tenta transcender o mundo sensível. Dá- nos uma vida indirecta  representando uma realidade não superficial mas vista através de um jogo de símbolos que transfiguram as coisas diárias e lhes dão  um valor e um significado.

- (Coisa mais importante) A arte põe-nos em comunicação com a beleza. De facto a arte , de qualquer forma, é a  beleza que faz  esquecer nós mesmos e a dor do mundo. A sensibilidade do artista ajuda a descobrir a beleza e oferece a chave para a encontrar, mas é preciso nós pararmos e olharmos  o que fica perto de nós. O mundo é cheio de beleza e de arte e para as encontrarmos  “ não precisamos de uma fuga de Bach ou de um quadro de Giorgione, é bastante uma nódoa de azul num céu nublado, o leque palpitante da cauda de uma gaivota, são  bastantes as cores do arco-íris numa mancha de óleo no asfalto da rua. E também muito menos. “ (H. Hesse)

MARIARITA VECCHIO

martedì 28 aprile 2015

Ezine internacional Pegasus SF


Nasceu o site Pegasus International, secção do site Pegasus SF.

O objectivo da iniciativa é difundir e publicar textos de género ficção científica, fantástico, mistério, nos seus idiomas originais. STEFANO VALENTE é o responsável pela secção da língua portuguesa.

Os contos têm de ser não muito compridos, e também as "míni-antologias" de micro-ficção podem ser admitidos (eis o exemplo do 1º número da secção em espanhol para dar uma ideia:
http://nuovanarrativa13.blogspot.it).

Os autores não perdem os direitos dos seus textos e aceitam que os seus contos possam ser traduzidos em outros idiomas para a publicação em Pegasus SF.

Para quem se interessar em participar nesta iniciativa:
Enviar os textos ao correio eletrónico: stef.valente@gmail.com.
É preferível não enviar mais que dois ou três contos - ou micro-antologias - por mês.


lunedì 27 aprile 2015

25 de Abril



Agora que já floriu 
a esperança na nossa terra 
as portas que Abril abriu 
nunca mais ninguém as cerra.


«As Portas que Abril Abriu»

José Carlos Ary dos Santos

giovedì 23 aprile 2015

I figli di Tabucchi

IN http://expost-news.com/i-figli-di-tabucchi/

In Portogallo c’è una profonda recessione. I portoghesi emigrano nelle ex colonie per cercare lavoro. Nonostante questo gli italiani continuano ad emigrare a Lisbona. Perché? Di questa scelta in controtendenza racconterà il film in fase di ultimazione, I figli di Tabucchi. Un documentario girato da un fotografo, un traduttore e un giornalista, tutti e tre italiani emigrati in Portogallo. 


Il film racconterà le storie delle generazioni di italiani emigrati a Lisbona, dove attualmente i portoghesi stanno cercando di sopravvivere alla crisi economica. Il titolo racchiude l’omaggio a Antonio Tabucchi, scomparso nella capitale portoghese il 25 marzo di un anno fa.

“Ci stavamo raccontando di Lisbona, dei tempi trascorsi durante l’Erasmus fatto anni prima, eravamo ancora a Roma a un compleanno di un amico” spiega il giornalista Daniele Coltrinari, che sta realizzando il film assieme al fotografo Luca Onesti e al traduttore Massimiliano Rossi. Anche gli autori, come le persone che intervistano nel film, sono emigrati la scorsa estate in Portogallo per realizzare il loro progetto e per trovare altre opportunità di lavoro. Perché  a volte “la perdita di un lavoro (precario) non può fare altro che farti diventare ancora più precario di prima e così siamo partiti”, racconta Daniele.

“Mi piacciono le storie. Sono anche un ottimo ascoltatore di storie. So sempre, anche se a volte resta vago, quando un’anima o un personaggio sta viaggiando in aria e ha bisogno di me per raccontarsi”, scriveva Antonio Tabucchi

Massimiliano Rossi, che da diversi anni risiede alcuni mesi dell’anno a Lisbona dove insegna italiano, ha convito Daniele e Luca a raggiungerlo e a investire con lui gli ultimi risparmi per iniziare le riprese, che sono cominciate a settembre del 2012. “Il film sarà una pellicola indipendente che presenteremo ai festival del cinema portoghesi, italiani e internazionali – raccontano i tre autori, tutti trent’enni -. Attualmente stiamo completando le ultime interviste, prima di iniziare la fase di montaggio. Per chiunque voglia partecipare con un racconto o contribuire in altre forme al documentario, può contattarci a lisbonablogger@gmail.com”.

Chi sono allora gli italiani che emigrano a Lisbona? Per trovare o costruirsi un lavoro. Sembra un paradosso, più che mai di questi tempi, ma è soprattutto di questo che parlerà il film. Una delle principali ragioni è quella di imparare la lingua, perché il portoghese è parlato da più di trecento milioni di persone nel mondo e le economie emergenti in questo momento sono i paesi come il Brasile, l’Angola e il Mozambico in cui si parla il portoghese.  Dall’altro lato c’è un fattore legato alla lingua italiana, che in qualche modo torna utile oltre che per lavori di traduzione o nella ristorazione, ma anche se si tratta di lavorare per le multinazionali che delocalizzano nel paese e cercano personale che parli italiano nei callcenter. Questa situazione la spiega bene la storia di Ilaria Federici, anche lei trentenne, emigrata a Lisbona per lavorare in italiano nel callcenter di una multinazionale, con una laurea e un master in tasca e un lavoro precario lasciato in Italia.

“La notte è calda, la notte è lunga, la notte è magnifica per ascoltare storie”, scriveva Tabucchi su Requiem

Sono loro i protagonisti del documentario, le generazioni figlie di Antonio Tabucchi “uno scrittore che riesce a descrivere molto bene lo straniamento di chi vive fuori dal suo ambiente naturale, declinandolo però in un senso positivo: ti fa sentire allo stesso tempo lontano e a casa propria – spiega Luca Onesti – I libri di Tabucchi sono fatti per chi ama viaggiare, per questo più generazioni di italiani in Portogallo si riconoscono un po’ in lui, perché per molti la scelta di vivere qui non è stata solo quella delle opportunità di carriera, di lavoro, di studio. Queste motivazioni sono importanti ma sono attraversate da situazioni e relazioni più impalpabili, che sono le stesse che spingono le persone che amano i viaggi a partire, che sono difficili da spiegare, più facili da provare. Sono le motivazioni di chi cerca di realizzare il proprio sogno”.

Per raccontare le cronache di Lisbona, Daniele Coltrinari e Luca Onesti hanno aperto il blog Sosteniamo Pereira. In cui raccontano delle proteste contro l’austerity, delle alternative che offre il Portogallo e la società lusitana, dei mezzi di trasporto, di sport e eventi culturali. “Un diario online su quello che accade nella capitale portoghese che abbiamo aperto quando avevamo capito che saremo rimasti qui per diversi mesi” spiega Daniele.

Il documentario I figli di Tabucchi sarà anche un viaggio in Portogallo, nella crisi che stanno vivendo i portoghesi assieme a tutti gli stranieri che abitano nel paese. Dove accade che “quando le speranze sono finite, non resta che appellarsi alla Dichiarazione universale dei diritti dell’uomo- scrive Daniele Coltrinari in un articolo su Lettera43 – Succede anche questo nel Portogallo piegato da cinque anni di recessione, sopraffatto dai debiti e in cui quasi un cittadino su quattro è senza lavoro. I disoccupati in terra lusitana sono il 17 per cento della popolazione: il record dai tempi della fine della dittatura, nel 1974. Allora ci si appellava alla Carta universale per chiedere libertà e democrazia, oggi s’invoca per chiedere dignità”.

mercoledì 22 aprile 2015

O antepassado do Karaoke - para aprender português

Às vezes, todas as coisas parecem caminhar numa mesma direcção, como que mandarem-nos uma mensagem... Nas últimas semanas há uma palavra que me acompanha por toda a parte. E a palavra é: Cascais. Aliás CASCAES (como se escrevia antes do acordo ortográfico de 1911).

"Recordação de Cascaes" - a escrita de um souvenir da Belle Époque, um pratinho de porcelana antigo com uma vista da baía onde os últimos reis de Portugal iam a banhos, que existia numa velha casa que habitei, há muitos anos.
Recordação, justamente, dos tempos em que Cascais era o pouso de "duquesas e condessas", de que se fala também no delicioso livro que ando agora a ler: Memórias da linha de Cascais, de Branca de Gonta Colaço e de Maria Archer.


Lembrei-me então de um fado que falava nas "areias de Cascais" e procurando-o no Youtube descobri este maravilhoso video de uma pianola eléctrica. A letra do "Fado Liró" (um sucesso do teatro de revista do início do século XX) corre ao lado da música.


Pensei, por isso, que se tratasse não só do antepassado do karaoke, mas também um utilíssimo meio de praticar o português - cantando:



Guitarra, guitarra geme
que o meu peito todo freme
quando choras pianinho

Não há fado com mais alma
que o liró pois leva a palma
'té ao próprio choradinho

As duquesas e condessas a cantá-lo
pedem- me essas
sem receio de perder

Nas areias de Cascais
tem meu fado encantos tais
que é da gente enlouquecer!

FAD

PS: Diz-me um amigo que o verdadeiro pai do Karaoke é, porém, um outro... Aqui deixo a sua nota:

«Ma il vero autentico papà del karaoke è l'organetto di barberia che in Piemonte, e in specie a Torino, è un'istituzione: si tratta delle famose canzoni a manovella: cilindri e rulli e la carta musicale che si srotola con le parole a uso dei bambini: uno spettacolo di strada che ormai non si trova quasi più se non nelle feste dei paesi delle Langhe: a novembre scorso ho visto questo artista a Torino e mi ha sinceramente commosso:
http://www.organettodibarberia.it/

(obrigado, Matteo!)

martedì 21 aprile 2015

Massimiliano Rossi: "Le meraviglie del cinema di Alice"


Ringraziamo il nostro amico MASSIMILIANO ROSSI per aiutarci a stabilire ponti tra il Portogallo e l'Italia, e per la segnalazione di questa sua interessante intervista pubblicata nel blog Sosteniamo Pereira.

http://sosteniamopereira.org/2015/04/20/le-meraviglie-del-cinema-di-alice/

 “Tornare a Lisbona è stato come incontrare un innamorato dei tempi della scuola. Per quanto le esperienze della vita ti abbiano portato lontano, c’è un palpitare segreto e misterioso che continua a sopravvivere, qualcosa difficile da spiegare e ostinatamente opposto al flusso della vita”

“Le meraviglie”, di Alice Rohrwacher, è stato il film che ha aperto l’ultima edizione di 8 ½ Festa do Cinema Italiano, il festival del cinema italiano a Lisbona. Una storia di passaggio all’età adulta, di rapporti genitori-figli, di famiglie internazionali. Un racconto delicato, fuori dal mondo, e di un mondo, quello della campagna, con le sue semplici gioie e le sue tremende difficoltà, che sta scomparendo. O forse è già passato remoto (come gli Etruschi…) e ne rimangono solo ricordi sbiaditi, come i sogni che si fanno di mattina presto.
A Lisbona, in esclusiva per i media italiani, Sosteniamo Pereira ha incontrato la regista Alice Rohrwacher
Perché eri venuta a studiare cinema a Lisbona e come è stato tornarci da protagonista? Che effetto ti ha fatto?
Tornare a Lisbona è stato come incontrare un innamorato dei tempi della scuola. Per quanto le esperienze della vita ti abbiano portato lontano, c’è un palpitare segreto e misterioso che continua a sopravvivere, qualcosa difficile da spiegare e ostinatamente opposto al flusso della vita.
Venni a Lisbona con un semplice Erasmus, poi venni a conoscenza del corso di cinema documentario della Videoteca Municipale di Lisbona, e decisi di partecipare. Iniziai a lavorare con una grande maestra, Luciana Fina, e insomma, la città mi accolse e mi nutrì, e probabilmente ancora mi nutre.
La scelta di un tema che richiama la tua biografia è stata solo uno spunto narrativo o sentivi l’esigenza di raccontare alcune cose di te sullo schermo, magari giocandoci un po’? Secondo te tutti i film sono un po’ autobiografici?
Questo non è un film autobiografico ma personale, perché conosco molto bene il mondo in cui accade la storia, ma la vicenda è inventata, così come i personaggi. Chiaramente è un film dichiaratamente soggettivo, visto attraverso il filtro del mio sguardo, è un film parziale e che sceglie una prospettiva molto legata alle mie esperienze. Quindi si, forse tutto quello che facciamo è autobiografia fantastica.
A parte l’episodio “La Fiumara” del documentario collettivo Checosamanca, hai collaborato a diversi documentari ma non sei mai stata autrice/regista di nessun documentario e sei passata direttamente con successo al cinema di finzione. Da cosa è stata dettata questa scelta?
Non so se è una scelta, non si sceglie il proprio destino ma solo il proprio percorso. Sicuramente lavorare con la finzione è stata una grande gioia per me, che non riesco molto a rubare dalla realtà, e ho bisogno di chiedere il permesso, ho bisogno di provare, di lanciare delle reti.
Quando fai cinema ti senti totalmente libera o condizionata da vari fattori? Per es. la produzione, le aspettative del pubblico, ecc. Hai avvertito una maggiore difficoltà ad affermarti nel mondo del cinema in quanto donna oppure no?
Credo di sentirmi abbastanza libera, anche se sono parecchio perfezionista e quindi ho paura di deludere me stessa o le persone a cui voglio bene. Il pubblico non lo vedo come un’entità esterna, ma come un popolo di cui io faccio parte, essendo anche io spettatrice, prima spettatrice di un film. Cerchiamo quindi di fare un film che piaccia prima di tutti a noi, lavoratori, troupe, attori, la parte di pubblico che nel film ci lavora.
Non sono mai stata uomo, quindi non so se come uomo sarebbe stato più facile. Ci sono sempre momenti di difficoltà, ma è una grande avventura e non si può pensare sia troppo calma e semplice.
di Massimiliano Rossi
m.rossi“Romano di Roma”, ma lisbonese di adozione, Massimiliano Rossi è traduttore freelancer e insegnante di italiano per stranieri, con una passione per il giornalismo e il cinema.
Per maggiori informazioni: www.proz.com/translator/736160

lunedì 20 aprile 2015

Pastéis de nata - do Federico Anselmi



Pastéis de nata 
(também chamados de Pastéis de Belém, confeitaria onde foram criados)

Receita para cerca de 18/20 pastéis 

500 g de massa folhada
1 casca de limão
1 pau de canela todo
60g de farinha
500 ml de leite inteiro
250 ml de água
8 gemas de ovos
500g de açúcar
q.b. manteiga


O primeiro passo é abrir a massa folhada para que você obtenha uma espessura de cerca de 0,5 cm. Se você não tem tempo para fazer e abrir a massa folhada, também pode comprá-la pronta em qualquer supermercado / mercearia.

Depois de a abrir, unte bem com manteiga as formas (devem ter pelo menos 5 cm de profundidade, porque devem conter o creme) que vai usar para criar os pastéis; assim, uma vez no forno, a massa não fica colada aos próprios moldes.

Uma vez untados as formas, molde a massa folhada nas formas, de modo a que a base do nosso pastel seja mais fina no fundo e mais espessa nos bordos. É ali que vamos colocar o creme, que criamos em seguida.

Numa tigela coloque 60g de farinha e 125 ml de leite, mexendo para que ele não se torne sólido e coloque-o de lado.
Depois ferva 125 ml de leite, com raspas de um limão e um pau canela.
Uma vez que começa a ferver, junte-lhe a mistura de leite e farinha, continuando a mexer constantemente, de modo que não haja grânulos. Uma vez misturado tudo, desligue o lume.

Num outro recipiente, aqueça 250 ml de água com 500g de açúcar, mexendo ocasionalmente, uma vez que tem de ferver em lume alto por 3 minutos exatamente.

Passados os três minutos de fervura, vamos adicioná-lo ao composto anterior de leite, limão e canela. Deitamo-lo delicadamente, continuando a mexer constantemente, de modo que, mesmo neste momento, se evitem os grumos.

A mistura deve ser líquida, porque agora a vamos filtrar com uma peneira numa tigela, eliminando, assim, a casca de limão e canela, filtrando todas os elementos sólidos.

Depois de filtrada, coloque num copo 8 gemas de ovos (eu recomendo apenas as gemas!) e misture-os. Uma vez unidos, é necessário amalgamá-los no composto previamente filtrado,  para que o nosso creme fique pronto.


Enquanto preparamos os pastéis, ligamos o forno a 250 graus.

Preenchemos com o creme que se acabou de fazer os moldes untados e forrados anteriormente com a massa. Devemos encher até a borda, preenche todo o pastel, visto que o creme quando cozido no forno deve crescer um pouco e é provável até que venha para fora do molde.

Uma vez preparados os pastéis, só temos de os pôr no forno, deixando-o a 250 graus por 17 minutos exactos.

Sinal da boa cozedura: quando temos a nata dos pastéis queimada à superfície. Talvez, no final da cozedura, se possa usar o grill para obter este efeito estaladiço à superfície, deixando o coração mole de creme.

Depois de cozido, deixe esfriar, mas não muito. Os pastéis de nata são um doce para comer quente, acompanhado por uma "bica" ou por um copo de vinho do Porto.

Bom Apetite!


Pastéis de nata
(anche chiamati Pastel de Belém, pasticceria dove sono stati creati)

Ricetta per circa 18/20 pasticcini

500gr di Pasta Sfoglia
1 Buccia di Limone
1 stecca di Cannella intera
60gr Farina
500ml Latte Intero
250ml Acqua
8 Tuorli d'uovo
500gr Zucchero
Burro q.b.


Il primo passo da compiere è quello di stendere la pasta sfoglia affinché arrivi ad uno spessore di circa 0,5 cm. Qualora non aveste tempo a disposizione per creare e stendere la pasta sfoglia potete anche acquistarla già pronta in ogni supermercato/alimentari.
Una volta stesa la pasta sfoglia imburriamo in maniera consistente gli stampini (profondi almeno 5 cm, devono contenere la crema) che utilizzeremo per creare i Pastéis, affinché una volta cotti al forno, la pasta sfoglia non si attacchi agli stampini stessi. 
Una volta imburrati stendiamo la pasta sfoglia su ogni stampino modellandola con le dita, facendo in modo che la base del nostro Pastel risulti più fina rispetto ai bordi che devono essere più consistenti.

Una volta preparata la sfoglia e stesa negli stampini, andiamo a creare la crema da versare poi negli stessi.

In una ciotola mettiamo 60gr di farina e 125ml di Latte, mescolando affinché non diventi un composto unico e mettiamolo da parte. 

Ora mettiamo a bollire 125 ml di latte, la buccia di un limone e la stecca di cannella. 
Una volta arrivato ad ebollizione, uniamo il precedente composto di latte e farina, continuando costantemente a mescolare affinché non si formino grumi. Una volta amalgamato il tutto, spegnere il fuoco.

In un nuovo pentolino, mettiamo a fuoco vivo 250ml d'acqua insieme a 500gr di Zucchero.

Mescolando di tanto in tanto, una volta arrivato ad ebollizione continuiamo a tenerlo a fiamma alta per 3 Minuti esatti.

Terminati i 3 minuti di ebollizione, andiamo ad unirlo al precedente composto di Latte,Limone e Cannella. Versiamolo in maniera delicata continuando costantemente a mescolare affinché anche in questo momento non si creino grumi. 

Il composto deve risultare liquido, perché ora  andremo a filtrare il tutto in un colino all'interno di una ciotola, togliendo così la buccia di limone e la cannella, filtrando eventuali grumi.

Una volta filtrato, mettiamo in un bicchiere 8 tuorli d'uovo (mi raccomando solo i tuorli!) e mescoliamoli. Una volta uniti fra loro, amalgamiamoli al composto precedentemente filtrato mescolando affinché la nostra crema si realizzi (aiutatevi con le fruste).

Mentre andremo a preparare i Pastéis  accendiamo il forno a 250 Gradi per farlo riscaldare.

Riempiamo gli stampini imburrati e modellati con la pasta sfoglia precedentemente, con la crema appena fatta. Non dobbiamo arrivare fino all'orlo nel riempire ogni Pastel visto che la crema quando cuoce nel forno va ad alzarsi un po' e rischia di fuoriuscire dallo stampino.

Preparati i Pastéis , non ci resta che infornare, lasciando il forno a 250 Gradi, per 17 Minuti esatti.

Il segnale di un'ottima cottura, l'abbiamo quando la crema dei Pastéis si bruciacchia in superficie. Magari verso fine cottura usiamo solo il grill del forno per ottenere questo effetto che da croccantezza alla superficie lasciando morbido il cuore di crema.

Una volta cotti, lasciamoli raffreddare ma non troppo, i Pastéis de Nata sono un dolce da mangiare caldo, accompagnati da una "Bica" (il nostro caffè espresso), o con un bicchiere di Porto Rosso.

Bom Apetite!

FEDERICO ANSELMI

Aula de culinária...


Na sexta-feira passada, o curso de nível avançado do Instituto Português de Santo António recebeu um convidado especial: o FEDERICO ANSELMI, aluno do 1º ano, subiu a correr dois níveis de curso para ilustrar - em bom português - aos colegas a sua receita do pastel de nata português - que mostramos em seguida...

Para já as fotografias de uma turma... deliciada!

Obrigado à Filipa Matos pelas fotografias!!


Celebrare il dubbio, il coraggio e la libertà


Venerdì 24 aprile
​​Venti garofani rossi

Con
Simona Baldelli – letture
Isabella Mangani – voce
Stefano Donegà – chitarra
Felice Zaccheo – bandolim e chitarra portoghese

​Per Antonio Tabucchi, i​l Portogallo del 1938​ e l'Italia e l'Europa tutta del 1994 avevano molto in comune. Condividiamo.
​​
Ma "Sostiene Pereira" non è cristallizzato nel tempo che descrive, né nel tempo in cui fu scritto: narra in maniera delicata e sapiente la paura del cambiamento e la tensione al cambiamento, e può dire molto a ognuno di noi sulla realtà che viviamo, sulle ingiustizie che vengono perpetrate e sulle speranze che coltiviamo malgrado tutto. E su quello che possiamo fare. Anche noi. Oggi.

Bisogna che venga letto e riletto, che lo conoscano anche i più giovani, che possano imparare il valore dell'indignazione e del coraggio di fare e di sperare.

La scena è essenziale: una macchina per scrivere degli anni Trenta, un vaso di garofani, il ritratto incorniciato di una donna in bianco e nero.

Simona Baldelli riesce a modulare il tono e il ritmo in maniera perfetta, dando un'interpretazione personale - ancorché comprensibile da tutti - del libro e della sua atmosfera; la musica fa da contraltare e rifugge la didascalia: pezzi in portoghese e in italiano innescano continui rimandi al passato e al presente, non solo del Portogallo ma dell'Italia e dell'Europa tutta.

Teatro Portaportese
Via Portuense 102
(nei pressi della Stazione Trastevere e delle fermate del tram n. 8 e di vari autob​​​us​)​

Venerdì​​ 24 aprile 2015, ore 21:00

Ingresso: 10 euro
Tessera del teatro: 2 euro

**Dalle ore 20:00, aperitivo fatto in casa comprensivo di bevanda: 5 euro (su prenotazione)**

Informazioni e prenotazioni:
06-5812395 e 320-9498901

Media partner di questa replica è la casa editrice Tunuè, che ha pubblicato da poco il graphic novel di "Sostiene Pereira" - di cui vedete un bellissimo disegno nella locandina dell'evento, qui! - e sarà con noi quella sera con i suoi libri a fumetti.



venerdì 17 aprile 2015

Para os lusófilos amantes da bicicleta...

Bem perto do Instituto Português de Santo António, soubemos que um amigo e ex-aluno desta casa abriu há algum tempo um belíssimo espaço dedicado às bicicletas: venda, aluguer e arranjo. 

Vale a pena passar pela Via dei Leutari (atrás da Piazza Navona) para ver esta loja, que foi recentemente notícia na Radio Colonna...


Senza Freni Ciclofficine

Negozio di biciclette

http://www.radiocolonna.it/shopping/20150412/19864/biciclette_i_romani_scoprono_e_usano_le_2_ruote/

Se c'è una Città che sembra ostile ai ciclisti questa è Roma. Salite, discese, sanpietrini, buche e non ultimo traffico caotico. Eppure l'uso della bicicletta nella Capitale è in fortissima crescita. 

Nel cuore della vecchia Roma , in via dei Leutari in un palazzo del '500 c'è "Senza Freni" ciclofficine interamente dedicata alle bici. Gulio Maselli  è il proprietario. Dopo anni in Inghilterra si scopre un'anima artigiana. Torna in queste stradine, dov'è nato, e diventa bottegaio. Intorno a lui: intagliatori, fabbri, restauratori che si prendono la pausa per un giro di carte. 

Vende, affitta, ripara e ristruttura. Perchè le bici vecchie vanno di gran moda e sono anche più resistenti. Tantissimi  abitanti del centro ormai scelgono per i brevi medi spostamenti le 2 ruote. Anche molte signore che, con l'immancabile cestino di vimini, pedalano felicemente. E' boom per seggiolini e caschetti per i piccoli. Molti stranieri apprezzano la produzione italiana e così quasi tutte le compagnie aeree ne facilitano il trasporto. 

Giulio ci fa notare come negli anni il "velocipede" sia cambiato di poco. Torna il freno contropedale! se buchi ci sono ancora le toppe! il campanello fa sempre drin drin! Sono, invece, sparite le dinamo a favore dei led. E poi è comparsa la "pedalata assistita". L'ideale per spostarsi senza troppa fatica. Ne' motorino, ne' bicicletta. 

La Direttiva Europea, però, fissa dei paletti ben precisi: obbligo di pedalata tradizionale, velocità massima 25 km/h, limite di potenza 250 watts. Non si paga il bollo e l'assicurazione è quella personale. Il casco è consigliato ma non deve diventare una scusa per andare più forte. I

l problema dei percorsi ciclabili è molto sentito. Può essere che il Sindaco Marino pedalando (ma porta le mollette al fondo dei pantaloni?) ci faccia su un pensierino e le metta in pista. 

A.R.

Senza Freni ciclofficine  
Riparazione / Restauro / Riciclo / Assemblaggio artigianale / Affitto / Vendita biciclette / bike rent



via dei Leutari 31  (piazza Navona)
https://it-it.facebook.com/senzafreniciclofficine
senzafreniciclofficine@gmail.com


O dia-a-dia do Alessandro

Pedimos aos nossos alunos que escrevessem sobre o seu dia-a-dia... E cada um respondeu a seu jeito, como é óbvio. É com alegria que aqui publicamos alguns desses textos que agradecemos de coração aos alunos.



As coisas  simples são as mais extraordinárias

Olá!
Hoje vou  descrever como é que passo uma minha típica semana.

Normalmente levanto-me entre as sete e as sete e meia da manhã. Sou a clássica pessoa que apaga e acende o despertador do telemóvel cinco ou seis vezes durante trinta minutos antes de se levantar da cama...para alegria da sua mulher.

Apronto o pequeno-almoço com café, leite, biscoitos e doce e acordo a minha mulher, a Irene, com um beijo (isso também para alegria da minha mulher).

Então tomo um duche e visto-me. Vou trabalhar com o meu caro. O meu escritório fica perto de casa. Por isso regresso frequentemente ali para tomar o meu almoço. Como a Irene faz a dieta, tomamos una tristíssima massa só com azeite e depois fruta. Então regresso ao trabalho até às seis e meia da tarde.

Às terças e quintas à tarde estudo português no Instituto de Santo António. Às segundas, quartas e sextas à tarde jogo ténis com os meus amigos. Não jogo muito bem, mas divirto-me muitíssimo (espero os meus amigos também).

Normalmente janto em casa romanticamente com a Irene ou com os nossos amigos. Nesse caso não há a regra da dieta...por isso gostamos de preparar jantares muito abundantes acompanhados por vinho, tanto vinho.

Nos fins de semana viajamos frequentemente até casa dos meus pais ou dos pais da Irene. Brincamos com os nossos amigos históricos e vamos beber um copo com eles. Às vezes vamos dançar também.

Então, essa é uma breve descrição da minha semana, muito simples, mas extraordinária porque a vivo com a pessoa que amo.

ALESSANDRO PAOLONI

O dia a dia do Roberto

Pedimos aos nossos alunos que escrevessem sobre o seu dia-a-dia... E cada um respondeu a seu jeito, como é óbvio. É com alegria que aqui publicamos alguns desses textos que agradecemos de coração aos alunos.

- E hoje é dia de São Roberto! AUGURI ROBERTO!!


A MINHA SEMANA 

A minha semana?? Nós (eu e a minha mulher) vivemos e trabalhamos no mesmo lugar... desta vez é difícil descrever a semana imaginaria e a semana verdadeira :-)))

O nosso trabalho é no campo de Hi-Fi, nós projetamos, construímos e vendemos aparelhos elétricos para melhorar a qualidade do som. Quando tu fazes sozinho todas coisas, todos dias parece que são identicas, incluindo sábados e domingos!  

Portanto, eu penso que é melhor descrever a dia em geral...  porque é muito menos aborrecido para quem lê... e para quem que escreve :-)))


- Mas a minha mulher está agora conversar... Jáestou arrependido, professor, mas não há mais tempo esta semana para escrever em com muito detalhe sobre a semana! 
:-)

ROBERTO AMATO

Ver também: 

SY
STEMS AND MAGIC

Via Raffaele Piria 17 - 00156 Roma (RM) Italy
Tel +39-06-40500329
Fax +39-06-62276249
Skype: systemsandmagic_lab

Tolentino Mendonça: Che cosa sono le nuvole?

Dall'assonanza pasoliniana... il nuovo libro di Tolentino Mendonça, pubblicato ieri, a Lisbona.

IN http://expresso.sapo.pt/que-coisa-sao-as-nuvens-jose-tolentino-mendonca-responde=f920266


Que coisa são as nuvens? José Tolentino Mendonça responde

Um novo livro de crónicas, inéditas neste formato, levou o teólogo a escolher para título o do espaço que assina na revista E. Dividido em três partes – assumindo cada uma delas o título de uma obra cinematográfica de Pier Paolo Pasolini -, o volume é uma edição exclusiva do Expresso.



João Miguel Salvador


José Tolentino tem um novo livro onde reúne as melhores crónicas já publicadas no Expresso. O lançamento aconteceu esta tarde na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, e contou com apresentação de Miguel Sousa Tavares.

O que nos salta de imediato à vista é o título: "Que Coisa São As Nuvens?", um nome conhecido dos leitores da Revista E que ganha uma relevância maior quando explicado. Para o teólogo e cronista, "era muito importante dar a estas crónicas como título uma pergunta. Uma pergunta que nos remetesse para um espanto, uma pergunta universal que todos os homens fazem a eles mesmos". As respostas encontradas vão sendo diferentes, mas uma das características mais impressionantes destas massas em movimento é o facto "de poderem ser observadas de todos os pontos de vista".

Quando ao processo de seleção das crónicas para este novo livro, José Tolentino Mendonça optou por "conservar apenas as que ainda não tinham sido publicadas em volumes anteriores, possibilitando o encontro de material inédito em livro". São textos que mantêm "entre si uma correspondência - mais secreta ou mais explícita -", de modo a que o resultado final reflita o trabalho de cronista, "uma espécie de romancista do quotidiano".

"Que Coisa são as Nuvens" está organizado em três partes, todas elas com o nome de um pequeno filme de Pier Pablo Pasolini a encimar a secção. A primeira, "Comícios de Amor", trata as problemáticas do presente, do aqui e do agora, de uma vida caracterizada pelo ambiente em que vivemos. Na segunda, que se chama "Teorema", o cronista do Expresso decidiu tratar "as questões da crença e a reflexão sobre a espiritualidade em espaço público. Quanto à última parte, "A Terra Vista da Lua", reflete "sobre o amanhã, sobre aquilo que já hoje podemos pressentir do que serão as sendas, os caminhos e os atalhos daquilo que está por chegar".

Na parte final da sessão de lançamento, José Tolentino Mendonça não deixou de contar uma pequena história. Quando era ainda uma criança à procura da melhor forma de nadar, ia pedindo indicações ao seu pai. Será que  - entre a atrapalhação e a excitação de se mover em meio aquático - já nadava? O pai respondia-lhe que sim.

Agora, já mais velho, o exercício da crónica semanal também o aflige, pois o ritmo dos jornais e os prazos de fecho acabam sempre por fazer das suas, impedindo o teólogo de a "reler o trabalho uma última vez", coisa que já só consegue "fazer em papel, depois de publicado". No entanto, Tolentino Mendonça já consegue ficar mais descansado. É o próprio Miguel Sousa Tavares que lhe diz: mas tu estás a nadar. O teólogo continuará a nadar com o Expresso aos sábados, na sua crónica habitual na Revista E. O livro já está disponível para venda aqui , com envio a partir do próximo dia 18.






mercoledì 15 aprile 2015

Trova do vento que passa



Trova do vento que passa

Para António Portugal 

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio - é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi meu poema na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(Portugal à flor das águas)
vi minha trova florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Manuel Alegre, in Praça da Canção


Manuel Alegre a Padova e Vicenza per celebrare i 50 anni di “Praça da Canção”

http://www.roma.embaixadaportugal.mne.pt/it/l-ambasciata/notizie/576-manuel-alegre-a-padova-e-vicenza-per-celebrare-i-50-anni-di-praca-da-cancao.html


Nell’ambito del cinquantenario della prima edizione di “Praça da Canção”, si sono svolti due eventi celebrativi, domenica 12 aprile a Vicenza, nella Galleria di Palazzo Leoni Montanari, e lunedì 13 all’Università di Padova con una Tavola rotonda organizzata dal Dipartimento di Studi linguistici e letterari della “Cattedra Manuel Alegre”.

“Praça da Canção”, uno dei libri di poesia portoghese più letti, che, pur sequestrato dalla polizia, ha continuato a circolare clandestinamente, il libro che ha profetizzato la Rivoluzione dei Garofani, opera centrale nella letteratura e nella storia del Portogallo, pubblicato per la prima volta nel 1965, e ristampato lo scorso gennaio con una prefazione del giornalista Direttore del “Jornal de Letras”, José Carlos de Vasconcelos, che ha ricordato come non vi fosse “nessuna sessione culturale, riunione o dibattito in cui le poesie di Manuel Alegre non fossero cantate o citate."

Nel corso della manifestazione “Poetry Vicenza”, rassegna di poesia contempora­nea e musica promossa da Intesa San Paolo e dall’As­sessorato alla Crescita del Comune di Vicenza, con la Direzione Artistica di Marco Fazzini, Professore di Linguistica e Letterature Comparate dell'Università Ca' Foscari di Venezia, in questa sessione interamente dedicata ai 50 anni di “Praça da Canção”, hanno recitato e cantato alcune tra le poesie simbolo della resistenza al regime salazarista Marco Poeta, alla chitarra portoghese, Elisa Ridolfi  e Barbara Della Corte.

A Padova ha avuto luogo la Tavola rotonda sulla pubblicazione di “Praça da Canção, sull’importanza  e l'enorme impatto in Portogallo e fuori dai confini nazionali, alla presenza del Prorettore Francesco Gnesotto, del Direttore del Dipartimento Michele Cortelazzo, della moderatrice Professoressa Sandra Bagno, del Direttore del Jornal de Letras, José Carlos de Vasconcelos, del Dott. Francisco Duarte Alegre, che ha rappresentato l'Ambasciata del Portogallo a Roma, della lusitanista Professoressa Giulia Lanciani e del Professore Marco Fazzini.

In un'intervista alla “Lusa” Manuel Alegre ha affermato che "la poesia da sola non fa una rivoluzione, ma non vi è alcun cambiamento senza una poetica di cambiamento" sottolineando l'importanza della poesia nella lotta contro l'ex regime nell'aprile del 1974. Tra i nomi che hanno cantato le poesie di Manuel Alegre spiccano Amália Rodrigues, Adriano Correia de Oliveira, José Afonso, Carlos do Carmo, Louis Cília, Janita Salomé e Giovanni Braga, il cantautore Adriano Correia de Oliveira e il compositore José Niza.

martedì 14 aprile 2015

O dia é da Paula!


Paula Bobone


Escritora, professora, divulgadora; socialite, figura pública cheia de cor num Portugal às vezes ainda um bocado cinzentão, presença impossível de não notar onde quer que se encontre... Paula Bobone é dotada de uma inteligência tão grande, que vê a vida inteira nimbada de humor e leveza.

Paula estará de volta a Roma em Junho, para a exposição de aguarelas do marido, Vasco d’Orey Bobone, na galeria do Instituto Português de Santo António.


Hoje é o dia dos seus anos e queremos desejar-lhe
MUITOS PARABÉNS
querida Paula!


BIOGRAFIA in Wikipedia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paula_Bobone


É de livros de informação sobre comportamentos sociais especializados nos domínios da etiqueta, protocolo, imagem pessoal, gestão de eventos, educação de crianças e crónica social.

Directora de pos-graduações e cursos de organização de eventos e marketing pessoal em Universidades como, Universidade Lusófona, Instituto Superior de Gestão, Universidade Autónoma de Lisboa além de outros estabelecimentos de ensino.

Apresentadora e produtora de um programa de televisão semanal na TV Record, com o nome Champagne e Camomila.

Formadora especializada nas áreas acima referidas em diversas instituições, também na Internet com cursos de etiqueta nos negócios e protocolo empresarial, além de conferencista.

Paula Bobone, como frequentadora assídua de eventos da vida social nacional e internacional, além de membro de comités de honra, escreve crónicas para jornais e revistas, tendo também sobre estes temas publicado obra.

É prefaciadora e apresentadora de livros. É consultora e assessora de imagem de empresas e pessoas individuais.

Paula Bobone é autora de sete livros, alguns reconhecidos best sellers, tem prelo mais 3 importantes obras a publicar brevemente.

Paula Bobone é licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Cursou estudos italianos nas Universidades de Perugia e Milão. Teve longa carreira como funcionária pública como Chefe de Divisão de Informação e Relações Públicas no Ministério da Cultura e Chefe de Divisão das Relações Internacionais e Interparlamentares na Assembleia da República e finalmente como assessora principal do Ministério da Cultura até este ano. Nasceu e vive em Lisboa. É casada e tem uma filha.




... E porque temos a certeza que a Paula o há-de apreciar, aqui deixamos este vintage Quarteto Cetra para lhe cantar os parabéns...

Stefano Valente scrive la "Breve storia della fantascienza e del fantastico in Portogallo"

O nosso antigo aluno e amigo STEFANO VALENTE está a publicar no site letturefantastiche.com um estudo atento e detalhado sobre a história da ficção científica e do fantástico em Portugal.

Outras vezes temos publicado neste blog textos do Stefano, da mais diversa natureza. Todos, porém, acusam a sua grande inteligência, sensibilidade e cultura. Agradecemos ao Stefano a autorização de aqui publicar a primeira parte do texto que podem encontrar em:

Boa leitura! 


Breve storia della fantascienza e del fantastico in Portogallo
a cura di Stefano Valente


I. GLI ESORDI

Una rappresentazione della Passarola di padre Bartolomeu de Gusmão (credit immagine)
La prima "caravella del pensiero": la Passarola di padre Bartolomeu de Gusmão
Senza tener conto della coppia mitica di Dedalo e di suo figlio Icaro, che fugge dal labirinto di Cnosso grazie ad ali artificiali, il primo uomo a spiccare il volo sarebbe stato un portoghese: padre Bartolomeu de Gusmão.

Siamo nell'anno 1709, lo scenario è la Casa da Índia di Lisbona, l'istituzione che amministra i territori e i commerci delle colonie lusitane. Il gesuita Bartolomeu Lourenço de Gusmão è un giovane e geniale inventore: si è appena trasferito dal natio Brasile - allora dominio della corona portoghese - dove si è già segnalato per la costruzione di un sistema idraulico per pompare le acque fluviali nel seminario dei suoi studi. Ma il congegno che adesso esibisce, alla presenza della nobiltà e del re Dom João V, è strabiliante: si tratta di un vascello volante, in grado di sollevare in aria il suo manovratore.

In realtà della Passarola, o Barcarola - come è tuttora ricordata - del «sacerdote volante» sappiamo assai poco. Doveva essere una sorta di mongolfiera o dirigibile ante litteram, tanto che un cronista dell'epoca parla di un globo di cartone pesante al cui fondo era posta una caldaia con del fuoco. Di sicuro si trattava di un progetto che solleticava la fantasia dei regnanti, aprendo prospettive fino ad allora inimmaginabili sia nel campo commerciale sia in quello delle applicazioni militari.

A ogni buon conto, da quell'8 di agosto del 1709, la Passarola fa il suo ingresso nell'immaginario collettivo di un intero popolo. Una presenza che - è il caso di dirlo - non ha mai smesso di aleggiare nelle visioni lusitane. Ritroveremo la Passarola e il suo creatore, quel «padre voador» Bartolomeu de Gusmão, come elementi-cardine di Memoriale del Convento (Memorial do Convento, 1982), l'opera più nota di José Saramago, premio Nobel per la letteratura.

Breve storia della fantascienza e del fantastico in Portogallo
a cura di Stefano Valente
CONTINUA in

lunedì 13 aprile 2015

Nasceu a Diana

Nasceu no domingo
dia 12 de Abril de 2015
pela manhã cedo

a Diana


filha dos nossos queridos amigos Patrícia e Fabrizio

Muito bem-vinda a este mundo!

Vida longa e feliz para a Diana, para os Pais e Avós!

O dia-a-dia do Federico

Pedimos aos nossos alunos que escrevessem sobre o seu dia-a-dia... E cada um respondeu a seu jeito, como é óbvio. É com alegria que aqui publicamos alguns desses textos que agradecemos de coração aos alunos.




Diariamente, levanto-me às 7:30 da manhã, nos dias de trabalho e não.

Nos dias de trabalho, porque amo preparar com muita calma o pequeno almoço, tomando um galão escuro e tostas com nutella. Preciso de levantar-me com calma para tratar do melhor modo o meu trabalho especial. 

Nos dias em que não trabalho porque acompanho (e faço isso também quando trabalho) a minha esposa à estação para tomar o comboio que a leva para trabalhar. 

Depois do pequeno almoço vou trabalhar. O meu trabalho é longe da minha casa e levo uma hora para chegar ali. Quando chego, começo a divertir-me. Falar com muitas pessoas da minha paixão pelas nossas jóias tecnológicas e ajudá-los a escolher, com certeza faz-me feliz. 

Como me faz também feliz falar inglês e pouco português (o que eu estou estudando) com muitas pessoas.

Eu trabalho todas as manhãs, na segunda e terça, e na sexta, sábado e domingo. Sábado e domingo trabalho todo o dia até 19 porque no fim de semana muitas pessoas estão na loja e trabalho mais.

Esta é a única coisa que me deixa um pouco triste porque a minha esposa não trabalha e está em casa no fim de semana e vamos ver-nos por pouco tempo. Mas estou trabalhando duramente porque estou certo que um dia esta situação vai mudar. 

Na terça e na quinta-feira depois do trabalho, à tarde, estou a realizar o meu sonho de estudar e falar português, nação  e cultura que amo e estou colocando toda a minha alma para alcançá-lo. 

Após o curso, vou buscar a minha esposa à estação para retornar a casa. 

Depois. tomamos um duche e jantamos. Geralmente jantamos às 21 e depois do jantar vamos para o sofá para ver um filme na televisão. À sexta e ao sábado preferimos sair e jantar com os nossos amigos. 

Na quarta e na quinta-feira eu não trabalho e estou em casa. No primeiro dia geralmente amo descansar de manhã, cozinhando ou tocando a minha guitarra. À tarde amo limpar casa escutando antes o rock, depois um bom fado português.

Na quinta de manhã estudo português para a lição que vou fazer.

A minha vida parece muito normal, mas é precisamente porque é normal que é especial.

FEDERICO ANSELMI

O dia-a-dia do Matteo

Pedimos aos nossos alunos que escrevessem sobre o seu dia-a-dia... E cada um respondeu a seu jeito, como é óbvio. É com alegria que aqui publicamos alguns desses textos que agradecemos de coração aos alunos.



Um fim de semana 

De onde é que vem o impulso para começar a escrever o meu texto sobre o fim de semana? 

Incontestavelmente do fim de semana, que hoje começa de maneira inesperada, como numa cena dum filme ainda não filmado. Então, neste exato momento, estou sentado tranquilamente, quase com as minhas pernas esticadas, numa cadeira de veludo vermelho perto de uma grande vitrina de uma pastelaria. Não sei se ainda estou a dormir, todavia não quero nunca terminar essa fantasia de que gosto muito...  

Portanto, estou numa pastelaria de onde olho à minha volta e ante o meu paladar (lembro-me que estou aqui para tomar um café com um pastel) é a visão que tenho através das vitrinas que me encanta: a visão das águas do rio que correm sem parar e refletem uma imagem não verdadeira da Catedral: uma Catedral simplesmente imóvel na sua história de mármore, que vai quebrar a própria identidade nos fragmentos refletidos no rio...

Todavia – de repente - a poesia toda desvanece-se e agora já não posso ver a Catedral. No meu campo visual está a entrar um grupo de Japoneses: um exército ou uma equipe inteira de lutadores de sumô que começa a descer do autocarro e a fotografar as ruas, a pastelaria onde estou, os pombos, os cartazes publicitários, também aqueles cartazes com a imagem da Catedral… Porém se eles voltassem os seus olhos para o rio, poderiam olhar e fotografar directamente a Catedral… 

Pode ser que eu fique imortalizado num álbum de memórias de viagem em Osaka: perto dos pombos…

Não sei se ainda estou a sonhar, quero talvez um outro gole do café para me levantar da cadeira (o que há de licor no meu café?).  

Agora outra visão aparece-me: olho a rua em frente de mim: uma rua antiga onde não há quase ninguém; uma mulher passeia; ela vai às compras pelas ruas chiques, talvez vá à cerimónia, ela está muito bem vestida com a maquilhagem delicada, com jóias incríveis e o penteado clássico das mulheres dessa cidade (quase um bolo em merengue, talvez uma tentativa de imitação da Catedral da cidade). Neste momento ela começa a correr, tem pressa: um salto dos seus sapatos desliza na pedra da rua e ela cai; o bolo de merengue vai ficar arruinado, mas ela não parece preocupada: tira os seus sapatos, continua a caminhada de pés descalços e salta as poças de chuva como na fotografia de Cartier Bresson… 

Onde é que eu estou? 

É sábado, são dez e meia e estou em Paris. 

Estamos aqui, os meus pais e eu, por causa da minha irmã: ela vai completar o seu diploma em arquitetura na universidade: às 12.00 vamos assistir à apresentação da sua tese de doutoramento.  Depois – vai ser o melhor momento das nossas curtas férias - vamos tomar o nosso almoço de Reis num restaurante típico com quejios e frango ao vinho assado (adeus colesterol!); também vamos beber muitos copos de vinho tinto; e vou acabar o dia cantando a Marselhesa nas ruas do centro da cidade, talvez de pés descalços, talvez com os japoneses: bêbedo seguramente.  

E no domingo? Não quero pensar no domingo: infelizmente vamos regressar para Itália e na nossa família dizemos que um dia muito chuvoso em Paris é mais emocionante do que um ano ensolarado em Milão…  

MATTEO CANALE