Ommaggio a Manoel de
Oliveira
I nostri studenti e alcuni
amici di “viadeiportoghesi” hanno commentato la scomparsa del mostro sacro del
cinema portoghese.
Adeus a um dos maiores realizadores da contemporaneidade: Manoel de Oliveira
Foste uma referência na História da Cinematografia, não somente portuguesa, também internacional.
Lembro-me do grande prazer com que assisti à tua tetralogia dos amores frustados, inspirada pelos livros que tinha amado de Agustina Bessa-Luís e de Camilo Castelo Branco… e lembro-me também que em 1974, na altura da rodagem de Visita ou Memórias e Confissões, achava-se que o filme só poderia ser mostrado publicamente após o teu desaparecimento, porque a tua carreira não demoraria muito a terminar.
Pelo contrário, continuaste a oferecer-nos uma produção mais regular e intensa que nunca, até à tua pequena obra de 20 minutos, O velho do Restelo, que apresentaste no ano passado na Mostra do Cinema de Veneza. Foi o teu canto do cisne, mas desta vez ninguém o pensava.
Para todos, assim como para mim, tinhas-te tornado a ser imortal.
O teu cinema tinha os olhos no teatro e na literatura - e vice-versa - porque tu deste sempre mais importância às palavras e ao conteúdo do que às acções.
E eu saúdo-te com a minha lembrança dum dos teus filmes que prefiro, Vou para casa, de 2001, com Michel Piccoli e John Malkovich. Vi ambos comovidos, presentes nas tuas exéquias. Trata-se de um film sobre o envelhecimento, a mágoa e a nossa contínua busca de conforto e reconhecimento nos que nos rodeiam.
Este conforto tu o deste a todos nós. Obrigada.
Agora já podes ‘ir para casa’. Adeus!
RADIANA NIGRO
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