mercoledì 26 maggio 2010

Arte e Feminino - por Vilma Gidaro

As Meninas de Sarah Affonso

A nossa aluna Vilma Gidaro começou a escrever um texto sobre a arte no feminino. Mas, depois de ler muitos artigos e estatísticas , acabou por nos escrever este interessante texto que fala, mais geralmente, sobre as mulheres. Obrigado, Vilma!


No campo das artes a aceitação das mulheres foi lenta, além de casos isolados.

Somente no início do século XX as mulheres começaram a ter alguma possibilidade de ser aceites neste campo, e são em número reduzido aquelas a quem se reconhece ainda hoje um papel de relevo. As mulheres começavam a ser aceites nas academias de arte, mas os estudos eram limitados aos temas referentes à beleza decorativa, aos assuntos domésticos e da natureza.

As grandes guerras tiveram forte importância no desenvolvimento da história de género. As mulheres, de facto, na ausência dos homens, começaram a trabalhar e desempenharam uma gama de actividades que até então eram estritamente masculinas. Isso deu a possibilidade às mulheres de se emanciparem no trabalho, se bem que em muitos lugares do mundo ainda hoje continue a existir uma diferença de salário entre os dois sexos.

Foi na segunda metade do século XX que as mulheres europeias começaram a participar activamente e abertamente na vida social. Muitas foram as lutas delas pelos direitos, antes de tudo o direito ao voto, primeira forma de participação a vida social, até a chegar de ter direito sobre o próprio corpo.

Não obstante isso, a instrução artística até aos anos 70 continuou a ser desigual entre os dois sexos em grande parte de Europa e também no novo continente. Poucas conseguiram fugir a um papel pré-constituído. Até hoje, não mudou o número exíguo de mulheres que chegam a ser reconhecidas como Grandes Artistas ao par dos homens.

È verdade que as mulheres estiveram sempre prontas a abandonar as próprias ambições para apoiar a família, e muitas vezes ficaram à sombra do marido ou do companheiro como no caso de Sarah Affonso, mas eu acredito na tese de Simone de Beauvoir que, no livro “O segundo sexo”, afirma que a hierarquia entre os sexos não é fatalidade biológica, mas uma construção social.

De facto as mulheres têm séculos de “clausura” social. Por isso o caminho continua a ser em subida para elas.

VILMA GIDARO

1 commento:

Costanza ha detto...

Bellissimo testo.Complimenti Vilma;-)