Há quem tenha a
sorte de habitar em Roma e a inteligência de gozar os seus encantos! Tal é o
caso do nosso aluno Eros Olivieri que nos envia este texto em que revela o seu
amor pela Villa Pamphilj. Obrigado, caro amigo!
Tenho a sorte de morar a cinco
minutos a pé da Villa Pamphili, o maior parque público em Roma.
A Villa está no Noroeste de Roma, a
cerca trinta minutos a pé da Cidade do Vaticano.
Sobe-se pela rua
Gregorio Settimo, depois à esquerda sobe-se ainda pela rua san Damaso e, em
cima, eis a rua San Lucio; ao fundo dela vira-se à direita pela rua Piccolomini
de onde há uma fantástica vista sobre Roma e os seus arredores a Norte,
Nordeste e Sul até aos montes, no Inverno com a neve. É frequente ver na rua Piccolomini
troupes que fazem filmes. Faz-se um pedaço da rua Aurelia Antica e eis que se
entra na Villa.
Tudo é verde, de várias tonalidades.
Há árvores imponentes: pinheiros, vários tipos de carvalhos, cedros do Líbano,
castanheiros bravos e muita verdura.
O parque não é plano: há pequenas subidas
e descidas, colinazinhas, um pequeno lago com centenas de aves, uma família de
cisnes e grupos de tartarugas pretas que ficam imóveis ao sol sobre as pedras. E
fontes. A morfologia do parque é artificial: foi planeada e realizada pelos
arquitectos de jardins ingleses para a nobre família Doria-Pamphili no século XVII;
foi só em 1957 que o Estado italiano “comprou” toda a Villa para destiná-la à utilização
pública.
Na Villa há o lindo Palácio Algardi
( Palazzo del Bel Respiro) hoje utilizado para acolher os chefes de Estados
estrangeiros. E foi no grande jardim do Palácio que o Raìs da Libia Gheddafi
obrigou o seu “amigo” Silvio Berlusconi a hospedá-lo numa grande tenda berbere,
para si e para as suas trinta amazonas chamadas “guarda-costas”!....
Para terminar, pode-se encontrar na
Villa uma igreja moderna onde se celebra a missa na manha de Domingo, uma velha
igreja hoje utilizada como centro lúdico para idosos, um campo para o jogo da malha,
um de basquetebol, uma pista de patinagem, um campo para desportos em equipa, áreas
de jogos para meninos, áreas reservadas para os cães, um pequeno lago com
peixinhos vermelhos, um roseiral, um ponto de descanso para os atletas, com os
serviços higiénicos.
A Casa dos
Teatros com a sua biblioteca. E, afinal, só um bar-cafè-restaurante, muito
lindo, O Bistròt, onde è muito difícil encontrar uma mesa livre no Domingo.
A Villa tem oito
entradas que fecham ao por do sol. E é o paraíso dos atletas corredores.
EROS OLIVIERI
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