Il 30 novembre si svolgerà un convegno internazionale dedicato a Fernando Pessoa promosso dall’Università Ca' Foscari di Venezia.
In occasione dell’80° anniversario della scomparsa dell'autore gli sarà dedicata una retrospettiva, che avrà come tema centrale il confine invisibile che esiste tra l'assenza e l'essenza, partendo del lavoro di Bernardo Soares e del famoso brano tratto dal Libro dell’Inquetudine “Esisto senza saperlo e morirò senza volerlo”.
Al convegno parteciperanno numerosi docenti universitari che condivideranno la propria visione e le conoscenze su Pessoa, partendo da punti di vista che partono dall’analisi degli eteronimi più noti e arrivano a stabilire paragoni con i grandi nomi della letteratura o dei movimenti letterari. Il Congresso culminarà in un momento di riflessione e condivisione sull'autore e sulla sua opera, che aiterà a comprendere la sua influenza letteraria su scala globale.
Ca’ Foscari – Aula Baratto
9h30 – 17h00
9h30 – 17h00
Como apoio da Embaixada de Portugal em Itália e do Camões, IP., através do Protocolo de Cooperação com a Universidade Ca' Foscari de Veneza, irá decorrer naquela universidade de Veneza, no dia 30 de novembro de 2015, um seminário internacional dedicado aos Estudos Portugueses intitulado “Pessoa senza Pessoa”. Numa célebre passagem do Livro do desassossego dedicada à visão e à descrição das nuvens, lê-se: “Existo sem que o saiba e morrerei sem que o queira”. A partir desta visão (ou semi-visão) de Bernardo Soares, abre-se espaço para uma reflexão sobre a obra e a poética pessoana, no octogésimo aniversário da morte do autor, utilizando, em especial, a categoria e a condição, típica do século XX, da subtração, da essencialização, daquela fronteira invisível entre a ausência e a essência, e que como um prisma dialógico e dialético questione – ou tente questionar – a definição de um possível e paradoxal “cânone pessoano”, tanto mais criativo, regenerativo, quanto mais magneticamente indefinível. Este será o desafio do colóquio, tentando integrar e superar a visão puramente filológica que se impôs na crítica pessoana nas duas últimas décadas, recolocar no centro da análise do texto pessoano a “ideia existencial de literatura” e, através da redefinição da abordagem crítica clássica da heteronímia, da função heteronímia, ler Pessoa sem os mitos póstumos dos “pessoanismos”.
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