venerdì 26 maggio 2017

VITO GERARDI: O “meu” Portugal



Agradecemos ao nosso aluno do primeiro ano VITO GERARDI pela sua  visão poética de Portugal, que quis partilhar com os leitores do nosso blogue!

Parabéns pelo texto, Vito!


Cabo Espichel





O “meu” Portugal

Eu não quero falar de Portugal, porque nã conheço realmente Portugal. Eu posso falar e partilhar convosco só algumas impressões e lembranças de viagem.

Eu fui a Portugal pela primeira vez em 2000. A última vez em maio de 2016. Desde 2000 eu andei de sul a norte do País em várias viagens e eu vi cidades, vilas e aldeias como Lisboa e Porto, Faro, Évora, Coimbra, Braga, Guimarães, Cascais, Sesimbra, Sintra, Óbidos, Nazaré, Tomar, Aveiro, Figueira da Foz.

De que é que eu me lembro?

Lembro-me de... Lisboa! Uma cidade muito especial com edifícios originais, coloridos. Uma cidade que está sobre o Atlântico e olha o Atlântico. Uma grande quantitade de pessoas de origem africana.
No centro da cidade belos edifícios antigos restaurados, mas também outros em ruínas, ainda o ano passado.
O Parque das Nacões e os edifícios modernos muito belos, projetados por arquitetos famosos (Santiago Calatrava, Álvaro Siza) muito diferentes da Baixa e do Chado. Eu acho que nestes há o fascínio antigo, e no Parque das Nacões há o futuro que olha para a Europa.  
Lembro-me do belissímo teatro de São Carlos, que recorda o San Carlo de Nápoles, e do Cemitério dos Prazeres onde está enterrado Antonio Tabucchi - túmulo muito simples, entre os “escritores portugueses”.

De Cascais não tenho uma grande memória. Lembro-me de muitos edifícios feios. Em Cascais fica a Villa Italia. Uma casa simples e abandonada sobre o Atlântico - a casa do ultimo Rei da Itália.

Fátima, uma grande emoção pela profunda fé das pessoas.

Depois o Porto, sobre o Rio Douro. A cidade velha recorda-me Nápoles. Uma cidade intrigante.
Muito belas igrejas, com muitas decorações e bela arquitetura. Grande contraste entre a cidade velha e moderna. Interessante e muito requintado o Museu de arte contemporanea (Fundação de Serralves) que foi projetado pelo arquitecto portugues Álvaro Siza. Mas a cidade velha estava suja, com muitos edifìcios em ruínas em 2000. Lembro-me também que aqui morreu o Rei Carlo Alberto de Sabóia.

Mas para mim o Portugal melhor são os pequenos centros, como Óbidos, Tomar (muito belo o Convento do Cristo), Coimbra, Figuera da Foz e as paisagens à volta destas povoações.
Há menos costruções e ambiente è mais natural e simples. Entre estes, muito belo é o Cabo Espichel, perto de Sesimbra,  ao sul de Lisboa, com uma pequena igreja sobre a rochedos atlânticos. Só a igreja e o silêncio.
Eu vi também, em muitas áreas, prédios modernos horríveis... A especulação imobiliária arruinou muitas áreas bonitas.

Mas a lembrança de viagem mais bela são os Açores. As ilhas de São Miguel (Ponta Delgada), Faial (Horta), Pico.
Ali tudo é belo, o tempo está parado, nada incomoda. Só o mar. O vento companheiro de viagem em todos os lugares. O Sol, luz ofuscante, barco à vela no mar, hortênsias em todos os lugares, casas brancas, igrejas brancas. Nao há edifìcios modernos feios. Nao há turistas aborrecedores.
À noite as igrejas são iluminadas e sente-se só o Atlântico. Um encanto. 

Enfim uma consideração geral. Eu não gosto de Portugal só pelas belas cidades, pelos restaurantes, onde se comem sardinhas e enguias, não pelos museus, teatros, pelo mar e paisagens.

Eu gosto das pessoas e do sistema de vida civil delas.
As pessoas são simples, disponíveis. Respeitam as regras de convivência civil... nao estão sempre ao telemóvel (na rua, no trabalho, no restaurante, na igreja, etc.).

As cidades, geralmente, são limpas, ordenadas, as estações de metro são ordenadas, os autocarros não estão sempre apinhados, e mais, mais, mais...
Eu acho que o sistema de vida em Portugal é mais civilizado do que aqui e mais organizado.


 VITO GERARDI

3 commenti:

Anonimo ha detto...
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Anonimo ha detto...
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Lisananda ha detto...

Obrigada ao Vito pelas tuas lembranças e impressoes, o "teu" Portugal è tao nìtido e também pode-se perceber aquele vento que acompanha certas viagens inesquecìveis..

Grazie Vito!