Convidámos alguns alunos de
Português do nível avançado para escreverem, livre e criativamente, sobre um
tópico genérico: a máscara.
Eis o texto da ANTONELLA MICELI,
a quem muito agradecemos!
Já está a chegar o Carnaval, as crianças pensam nas máscaras que irão
usar: tartaruga Ninja, Manga japonês, personagem de ‘Guerra das Estrelas’...
encherão as ruas com papelinhos. As máscaras da minha infância, Arlecchino,
Pantalone, Pulcinella, já não existem mais. Eu gostava de Arlecchino porque o
traje dele era colorido e porque ‘rindo, dizia a verdade’.
As máscaras de hoje, como aquelas de ontem, talvez representem o que nós
gostaríamos de ser e não podemos ou não sabemos ser. Elas são o nosso escudo
para enfrentar uma realidade todos os dias mais difícil; os meninos
disfarçam-se de personagens fortres porque assim podem fingir não ser tão
vulneráveis.
Uma mascara está bem para todas as ocasioes. Podes disfarçar o sofrimento atrás
de uma gargalhada desenfreada, podes disfarçar a inveja atrás de um elogio,
podes fingir ter uma vida maravilhosa e morrer de solidão dentro de ti.
Mas há um momento em que tens que saber retirar a tua máscara e falar
contigo mesmo, para saber quem tu és na verdade e o que é o que tu queres na
verdade. Isto não é fácil. Se puderes fazê-lo, este será um dos momentos mas
importantes da tua vida.
ANTONELLA MICELI
1 commento:
Obrigada Antonella para as tuas reflexões! A sinceridade, a verdade é a chave principal em todas as relações até com nos mesmos!
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