NICOLETTA DEL GAUDIO: A partir de um desenho de Maria Keil...

Pedimos aos nossos alunos que se inspirassem numa ilustração da grande artista portuguesa MARIA KEIL e que contassem a sua história... Aqui está o texto da NICOLETTA DEL GAUDIO.

Muito obrigado!

Estória da menina que encontrou um amigo especial

Um dia uma menina estava-se aborrecendo, estava sozinha, não tenha nenhuma amiga come quem brincar, estava no jardim da sua casa, deitada no chão, a cara sustentada pela mão, o cotovelo sobre o chão, olhando sem olhar, só um rato pequenino em frente dela, mas parecia que ela não fosse minimamente interessada por ele. 

Estava ali, levantando as pernas para cima e para baixo, triste e melancólica, pensava que não gostava de estar sozinha, ela gostava de brincar com as suas amigas, ou melhor, com a sua amiga de peito, a Ana, mas infelizmente o pai da Ana tenha sido transferido para uma outra cidade pelo trabalho, portanto não se podiam ver com a mesma frequência. 

De repente o rato começou a falar e disse-lhe: “Oh Maria, que te acontece? Não estejas triste! Vamos encontrar um jogo para nos divertir!”

A Maria no primeiro momento assustou-se, depois percebeu que era o rato que falava e acalmou-se.  “Não gosto de ficar sozinha, a Ana falta-me muito, com ela divertia-me muito, agora ela vive numa outra cidade e não podemos brincar juntas!” 

O rato vendo como ela estava triste tentou fazer aquelas coisas que normalmente fazem os palhaços nos circos, caminhava como um bêbado e de repente caía, ou atirava para cima pequenas bolinhas que retomava, mas nada, a Maria permanecia triste, não ria, ou melhor, agora parecia que estava a ponta de chorar, então o rato não sabia o que fazer e disse-lhe: “Não chores por favor, tenho uma ideia, é um lindíssimo dia, não o desperdicemos! Vamos fazer o jogo das escondidas!  Eu vou-me esconder e tu tens que me encontrar.  Gostas?” 

A Maria olhou-o e fez um enorme sorriso e disse-lhe: “Mesmo sendo pequenino, não assim grande como a Ana, quero que sejas meu amigo e gostaria imenso de jogar contigo!  Vamos!” 

E foi assim que a Maria nunca mais ficou sozinha.

NICOLETTA DEL GAUDIO