A nossa aluna Roberta Spadacini enviou-nos a sua recensão entusiástica do espectáculo Lusofonie, que teve lugar no passado dia 29 de Março, e que foi anteriormente noticiado em Via dei Portoghesi: http://viadeiportoghesi.blogspot.com/2009/03/domingo-29-de-marco-lusofonie-patchwork.html
Aqui temos o texto da Roberta, a quem muito agradecemos.
O espectáculo “Lusofonie” foi concebido como um conjunto de imagens, sons vozes da cidade de Lisboa. O espectáculo desenvolve-se através a leitura de textos portugueses alternados com canções (na maioria fado) e a visão de passagens de filmes.
Lembro-me de várias sugestões: o fado “Barco Negro” cantado pela emocionante Isabella Mangani. A seguir um passo do “O ano da morte de Ricardo Reis” de José Saramago lido pelos actores Loredana Mauro e Massimo Zordan.
“Não há fado que te resista” cantada pela Loredana. O vinho “Nero d’Avola” passado por Porto e oferecido aos espectadores. “Lidia”, uma criada muito divertida. A seguir a “Laurindinha” cantada pela Isabella e “Lusitana” cantada pela Loredana.
Uma canção de que gosto muito é “De Nua”, a sua autora é a portuguesa Sara Tavares, que vive em Cabo-Verde e que no seu album “Balancé” a cantou com a Ana Moura. Sobre uma rítmica africana está construída uma melodia tipicamente portuguesa. A Isabela interpreta perfeitamente o seu texto apaixonado e sensual.
Outras leituras: do “Livro do desassossego” de Bernardo Soares (semi-heterónimo de Fernando Pessoa) e do “Homem duplicado” de José Saramago.
O “Fado Mãe” cantado pela Isabella e “Porque me olhes assim” cantado pela Loredana.
Outras sugestões: a filosofia do “gelado definitivo” do senhor João de Deus no filme “A Comédia de Deus” de João César Monteiro. A jóia do mestre do cinema Manoel de Oliveira no filme “Lisbon Story” de Wim Wenders: no passo coxeante do Charlot está concentrada toda a beleza do mundo.
O que mais gostei do espectáculo foi a montagem de todos estes elementos e o sincronismo entre todos os artistas: Loredana Mauro, Massimo Zordan, Stefano Donegà, Isabella Manfgani, Carlo Roselli, Peppe Frana e Francesco Lambri. Na escolha dos textos notei uma procura dos passos que põem em evidência a ironia do ânimo português, em contraposição com a saudade de que normalmente se fala, referindo-se aos sentimentos portugueses.
O estilo do espectáculo é a sua musicalidade. Todo o espectáculo está concebido como se tivesse um ritmo musical ou vários ritmos musicais que formam uma ligação entre as leituras, as canções e os videos sem interrupção.
Queria louvar as minhas amigas Isabella e Loredana pela capacidade de envolver os espectadores. Bravissime!!!
ROBERTA SPADACINI
Aqui temos o texto da Roberta, a quem muito agradecemos.
O espectáculo “Lusofonie” foi concebido como um conjunto de imagens, sons vozes da cidade de Lisboa. O espectáculo desenvolve-se através a leitura de textos portugueses alternados com canções (na maioria fado) e a visão de passagens de filmes.
Lembro-me de várias sugestões: o fado “Barco Negro” cantado pela emocionante Isabella Mangani. A seguir um passo do “O ano da morte de Ricardo Reis” de José Saramago lido pelos actores Loredana Mauro e Massimo Zordan.
“Não há fado que te resista” cantada pela Loredana. O vinho “Nero d’Avola” passado por Porto e oferecido aos espectadores. “Lidia”, uma criada muito divertida. A seguir a “Laurindinha” cantada pela Isabella e “Lusitana” cantada pela Loredana.
Uma canção de que gosto muito é “De Nua”, a sua autora é a portuguesa Sara Tavares, que vive em Cabo-Verde e que no seu album “Balancé” a cantou com a Ana Moura. Sobre uma rítmica africana está construída uma melodia tipicamente portuguesa. A Isabela interpreta perfeitamente o seu texto apaixonado e sensual.
Outras leituras: do “Livro do desassossego” de Bernardo Soares (semi-heterónimo de Fernando Pessoa) e do “Homem duplicado” de José Saramago.
O “Fado Mãe” cantado pela Isabella e “Porque me olhes assim” cantado pela Loredana.
Outras sugestões: a filosofia do “gelado definitivo” do senhor João de Deus no filme “A Comédia de Deus” de João César Monteiro. A jóia do mestre do cinema Manoel de Oliveira no filme “Lisbon Story” de Wim Wenders: no passo coxeante do Charlot está concentrada toda a beleza do mundo.
O que mais gostei do espectáculo foi a montagem de todos estes elementos e o sincronismo entre todos os artistas: Loredana Mauro, Massimo Zordan, Stefano Donegà, Isabella Manfgani, Carlo Roselli, Peppe Frana e Francesco Lambri. Na escolha dos textos notei uma procura dos passos que põem em evidência a ironia do ânimo português, em contraposição com a saudade de que normalmente se fala, referindo-se aos sentimentos portugueses.
O estilo do espectáculo é a sua musicalidade. Todo o espectáculo está concebido como se tivesse um ritmo musical ou vários ritmos musicais que formam uma ligação entre as leituras, as canções e os videos sem interrupção.
Queria louvar as minhas amigas Isabella e Loredana pela capacidade de envolver os espectadores. Bravissime!!!
ROBERTA SPADACINI
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