A nossa aluna Vilma Gidaro veio, sábado passado, à Faculdade de Letras ver a projecção de "Capitães de Abril" e aproveitou a sugestão para falar da revolução democrática portuguesa, e da sua memória de menina em relação àquele dia. Agradecemos à Vilma o bonito texto que aqui publicamos.
O filme "Capitães de Abril" gravado em 2000 e dirigido pela realizadora Maria de Medeiros trata do que aconteceu entre a noite de 24 de Abril do 1974 e o dia seguinte, 25 de Abril: dia da libertação de Portugal e do povo português.
Aquele dia ficou conhecido como o dia da “Revolução dos Cravos”, porque foram estas flores o símbolo do carácter pacifico daquela revolução.
Esta foi uma revolta militar, realizada pelos capitães e não pela alta hierarquia militar, contra o regime da ditadura que oprimia o povo e continuava a guerra de Angola, deixando em condições de grave dificuldade as Forças Armadas, obrigada a partcipar nesta guerra interminável.
Este motivo, em conjunto com outros motivos de carácter político, económico e social deram às Forças Armadas o apoio de alguns grupos políticos e sobretudo do povo.Aliás, como disse, foram mesmo os capitães, filhos do povo, a grande força da revolução.
A figura que se destacou entre os outros capitães foi a de Salgueiro Maia (interpretado no filme pelo actor italiano Stefano Accorsi), apresentado como um homem valoroso e idealista.
O filme transmite daquele dia numa visão emotiva e deixa compreender aos espectadores quanta esperança havia no povo português de que as suas condições iriam melhorar.
A 25 de Abril de 1974 eu era uma menina de 12 anos de idade e lembro-me perfeitamente do momento em que o telejornal italiano deu a notícia da Revolução dos Cravos. As imagens que chegavam de Lisboa eram fortemente sugestivas para mim, que sempre fora educada pela minha Mãe com os valores da democracia e da liberdade.
Durante a sucessão das imagens, a minha Mãe explicou-me o que estava a acontecer e eu olhava aquele espectáculo da gente na rua que felicitava os capitães que passavam sobre os carros de guerra. E no cano das espingardas havia cravos! Eu sentia-me feliz; ainda que não fosse completamente consciente da importância do evento, sentia-me feliz!
O povo português criava naquele dia o ponto de partida para a construção de uma vida diferente.
Na realidade, pode ser que não tenha tudo sido como se esperava, mas com certeza que aquela revolução foi um exemplo de capacidade que o povo pode ter para mudar o seu caminho e participar nas decisões sociais.
O filme transmitiu-me muita emoção. Creio que é difícil contar um evento tão importante somente como este através de um filme, mas acho que foi uma boa maneira para repensar naquele episódio que mudou a história de Portugal do século XX e que deixou no carácter dos portugueses a motivação para participar na vida da sua sociedade.
Aquele dia ficou conhecido como o dia da “Revolução dos Cravos”, porque foram estas flores o símbolo do carácter pacifico daquela revolução.
Esta foi uma revolta militar, realizada pelos capitães e não pela alta hierarquia militar, contra o regime da ditadura que oprimia o povo e continuava a guerra de Angola, deixando em condições de grave dificuldade as Forças Armadas, obrigada a partcipar nesta guerra interminável.
Este motivo, em conjunto com outros motivos de carácter político, económico e social deram às Forças Armadas o apoio de alguns grupos políticos e sobretudo do povo.Aliás, como disse, foram mesmo os capitães, filhos do povo, a grande força da revolução.
A figura que se destacou entre os outros capitães foi a de Salgueiro Maia (interpretado no filme pelo actor italiano Stefano Accorsi), apresentado como um homem valoroso e idealista.
O filme transmite daquele dia numa visão emotiva e deixa compreender aos espectadores quanta esperança havia no povo português de que as suas condições iriam melhorar.
A 25 de Abril de 1974 eu era uma menina de 12 anos de idade e lembro-me perfeitamente do momento em que o telejornal italiano deu a notícia da Revolução dos Cravos. As imagens que chegavam de Lisboa eram fortemente sugestivas para mim, que sempre fora educada pela minha Mãe com os valores da democracia e da liberdade.
Durante a sucessão das imagens, a minha Mãe explicou-me o que estava a acontecer e eu olhava aquele espectáculo da gente na rua que felicitava os capitães que passavam sobre os carros de guerra. E no cano das espingardas havia cravos! Eu sentia-me feliz; ainda que não fosse completamente consciente da importância do evento, sentia-me feliz!
O povo português criava naquele dia o ponto de partida para a construção de uma vida diferente.
Na realidade, pode ser que não tenha tudo sido como se esperava, mas com certeza que aquela revolução foi um exemplo de capacidade que o povo pode ter para mudar o seu caminho e participar nas decisões sociais.
O filme transmitiu-me muita emoção. Creio que é difícil contar um evento tão importante somente como este através de um filme, mas acho que foi uma boa maneira para repensar naquele episódio que mudou a história de Portugal do século XX e que deixou no carácter dos portugueses a motivação para participar na vida da sua sociedade.
VILMA GIDARO
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