Pedimos
aos nossos alunos de nível avançado do Instituto Português de Santo António em
Roma para escreverem sobre algumas mulheres notáveis da cultura portuguesa.
Nicoletta Del Gaudio escolheu OLGA RORIZ.
Obrigado,
Nicoletta!
É uma coreógrafa e
bailarina portuguesa. Nasceu em Viana do
Castelo em 1955. Foi para Lisboa e ali
estudou dança na Escola do Teatro Nacional de São Carlos com Ana Ivanova. Completou o curso da Escola de Dança do
Conservatório Nacional quando tinha 18 anos.
Desde 1976 fez parte do Ballet Gulbenkian, até 1992.
Iniciou como
coreógrafa nesta companhia, criou mais de 20 obras que foram reconhecidas a
nível nacional e internacional.
Apresentou os seus trabalhos em Nova Iorque, Egipto, Brasil e foram
também gravados pela RTP. Trabalhou
também com grupos como a Companhia Nacional de Bailado, esta é a única
companhia estatal em Portugal com programação de dança e fica em Lisboa.
Olga Roriz criou
cinco espetáculos apresentados em diferentes festivais (como o Eurodance). Trabalhou em ópera e teatro com diferentes
encenadores como João Lourenço e Silvio Porcaretti. Ela foi também diretora artística da
Companhia de Dança de Lisboa (1992 – 1994).
Em 1995 fundou a Companhia Olga Roriz.
Esta é só uma
pequena biografia. Mas eu vi algumas das
suas representações na net; basicamente é uma bailarina de arte contemporânea,
dança moderna. Não conheço muito desta
arte, mas aquilo que eu vi é que ela dá muita importância à expressividade do
rosto e aos movimentos dos braços e das mãos.
Gostei também do
uso inconvencional que ela faz do chão.
Não é um chão livre dos objectos, como é lógico que seja para bailar,
mas nos videos que eu vi usava areia, ou utensílios da mesa (vi um vídeo onde
ela deita no chão garfos e facas).
Desta forma imagino que alcançasse o público não só com a vista, mas
também com o ouvido, de facto ela utiliza dançando não só tudo o seu corpo, mas
a música, as luzes, tudo o que possa exprimir emoções, sentimentos,
paixões.
Li algumas
entrevistas e gostei em particular duma coisa que ela disse, para ela a grafia
do corpo é criada para se transformar em ideias, emoções e sentimentos.
Aquilo que eu
percebi desta artista é que ela crê que a dança tem que exprimir e transmitir
ao público qualquer coisa, não como acontece hoje em dia muitas vezes em que,
nas suas palavras, “Na dança contemporânea há muitas danças que têm pouco
diálogo com o público a nível musical, visual do que que diz, faz”.
NICOLETTA DEL GAUDIO
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