Marcelo Rebelo de Sousa com um grupo de estudantes portugueses em Roma, ontem à noite,
na Embaixada de Portugal junto da Santa Sé
https://www.publico.pt/politica/noticia/marcelo-fez-convite-a-francisco-e-diz-serem-desproporcionadas-as-comparacoes-com-o-papa-1726378
Marcelo fez convite a Francisco
e diz serem desproporcionadas as comparações com o Papa
Paulo
Pena, 16/03/2016
No primeiro
ponto oficial da estreia do Presidente em visitas ao estrangeiro, houve um
encontro com mais
de 30 membros
do clero português com cargos no Vaticano.
Na imponente Sala dos Mapas do palacete da
residência da embaixada portuguesa junto da Santa Sé, Marcelo Rebelo de Sousa
cumprimenta um a um os cardeais, padres, diáconos e freiras que desempenham
funções no Estado do Vaticano. A sala cheira a lareira acesa. O Presidente está
sorridente, ao lado de José Luís Carneiro, secretário de Estado das
Comunidades.
Marcelo voltou a justificar a escolha do Vaticano
para a sua primeira cisita oficial como Chefe de Estado. E foi cauteloso, e
rigoroso, nos termos: "A primeira entidade a reconhecer Portugal, em 1179,
foi, na altura, o papado." Marcelo quer, com esta visita, mostrar
"agradecimento por esse gesto fundamental para a independência" de
Portugal.
Vai fazê-lo num encontro, esta quinta-feira de
manhã, com Francisco, o Papa que também foge aos rigores do protocolo e privilegia
os afectos. Há alguma coisa em comum entre estes dois líderes que tentam
reconquistar o prestígio da sua função e a proximidade das suas audiências?
Marcelo garante: "Pareceria desproporcionado estar a comparar-me com o
Papa".
Marcelo acresentou, no entanto, vários elogios a
Francisco, o Papa que resgatou o espírito do Concílio Vatiano II, que
"marcou" a juventude do Presidente português. E, por essa via,
realçou o "ecumenismo" e a "sensibilidade ao novo mundo". E
elogiou o "rito que aproxima as pessoas" e a preocupação com temas
socias, como "a globalização", o "apelo à paz e à justiça",
a atenção "às periferias", ou seja, "os fracos e
oprimidos".
Marcelo tem uma missão, neste encontro com
Francisco: "Trago comigo uma carta formal da República Portuguesa a
convidar Sua Santidade a visitar Portugal a propósito do centenário das
aparições de Fátima."
Sobre o Orçamento português é que Marcelo não disse
uma palavra: "Aqui estou noutra onda..."
http://expresso.sapo.pt/politica/2016-03-16-Marcelo-que-esta-noutra-onda-vai-convidar-o-Papa-a-visitar-Portugal
Marcelo, que
está “noutra onda”, vai convidar o Papa a visitar Portugal
Presidente da
República chegou esta quarta-feira ao Vaticano e não quis comentar a aprovação
do Orçamento do Estado
Alexandra
Simões de Abreu, enviada ao Vaticano
Marcelo Rebelo de Sousa chegou esta quarta-feira ao
Vaticano e foi recebido na residência da embaixada portuguesa junto à Santa Sé
pelos elementos do clero português residentes em Roma. Questionado sobre o que
pensa da aprovação do Orçamento do Estado, o Presidente foi peremptório: “Não
pensei. Agora, aqui, estou noutra onda. Só para a semana”.
Depois de cumprimentar os 34 elementos do clero
português, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que levou “uma carta formal em
nome da República portuguesa a convidar sua santidade a visitar Portugal, a
propósito do centenário das aparições de Fátima”.
O Presidente diz esperar que o Papa Francisco
aceite o convite, uma vez que “seria uma oportunidade para podermos juntar um
acontecimento religioso a uma projeção que é ao mesmo tempo reconhecimento da
gratidão por aquilo que significou desde os primórdios da nacionalidade o apoio
àquele estado independente que nascia” e que teve no papado antepassado da
Santa Sé “o primeiro gesto de aceitação e compreensão” à escala do que era o
universo naquela altura e que "era sobretudo europeu”.
Esta quinta-feira, o Presidente da República será
recebido na sala Tronetto pelo Papa Francisco, com o qual terá uma conversa a
sós durante 30 minutos.
http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/nacional/portugal-marcelo-rebelo-de-sousa-mostra-admiracao-por-francisco-antes-de-encontro-no-vaticano/
Portugal:
Marcelo Rebelo de Sousa mostra admiração por Francisco, antes de encontro no
Vaticano
Agência Ecclesia 16 de Março de 2016
Presidente da
República encontrou-se com portugueses que trabalham na Santa Sé
Octávio
Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano
Lisboa, 16 mar 2016 (Ecclesia) – O presidente da
República Portuguesa iniciou hoje a sua primeira deslocação oficial ao
estrangeiro em Roma, onde esta quinta-feira se vai encontrar com o Papa,
deixando palavras de elogio ao atual pontificado.
“O Papa Francisco, além de ser uma personalidade
dos afetos, é uma personalidade da proximidade, do diálogo, da compreensão, da
solidariedade com os mais pobres, explorados e oprimidos”, disse Marcelo Rebelo
de Sousa aos jornalistas que o acompanham na capital italiana.
Segundo o chefe de Estado, que vai convidar
formalmente o Papa a visitar Portugal em 2017, Francisco é uma figura que chega
a crentes e não crentes.
“Na simplicidade da sua vida, na simplicidade das
suas palavras, tem sido uma luz muito importante num tempo de guerra, de
injustiça, de confronto”, referiu.
Marcelo Rebelo de Sousa rejeitou as comparações que
têm surgido, nos últimos dias, entre os seus gestos e os do Papa, evocando o
impacto do Concílio Vaticano II (1962-1965).
“O Papa Francisco retoma muito da tradição do
Concílio Vaticano II, que marcou a minha juventude. O Concílio representou uma
mudança apreciável em muitos aspetos da vida da Igreja Católica, no ecumenismo,
na abertura às outras religiões, na sensibilidade ao novo mundo”, realçou.
50 anos depois, acrescentou, reencontra em
Francisco uma “preocupação muito grande” com temas que continuam a ser atuais.
“A globalização trouxe atualidade ao diálogo entre
as religiões; o apelo à paz, o apelo á justiça, a procura dos mais pobres e
esquecidos, de que o Papa fala como periferias, o desinstalar do comodismo
muita da sociedade dos nossos tempos”, assinalou.
Para Rebelo de Sousa, essa mensagem “tem tocado
gente que é crente e não crente pela forma genuína como o Papa pensa, fala e
atua”.
“Isso, naturalmente, também me sensibiliza muito e
faz-me invocar o que foi a mensagem do Concílio Vaticano II”, prosseguiu.
O chefe de Estado justificou a escolha do Vaticano
como destino da sua primeira deslocação oficial ao estrangeiro, uma semana depois
da tomada de posse presidencial, pelo facto de ser esta “a primeira entidade a
reconhecer Portugal”, em 1179.
“No momento em que Portugal travava ainda, e travou
durante muito tempo, batalhas pela independência, o papado foi a primeira
entidade internacional a reconhecê-la e há aqui um reconhecimento por esse
gesto, que foi fundamental”, precisou.
Marcelo Rebelo de Sousa encontrou-se com um grupo
de portugueses ligados a várias instituições do Vaticano, na residência da
Embaixada de Portugal junto da Santa Sé, incluindo os cardeais D. José Saraiva
Martins e D. Manuel Monteiro de Castro.
O presidente português vai ter uma audiência
privada com o Papa Francisco na quinta-feira às 10h00 locais (menos uma em
Lisboa).
O programa inclui um encontro com o secretário de
Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, e uma breve visita à Capela
Sistina, antes da partida para Madrid, onde vai prosseguir a primeira
deslocação oficial de Marcelo Rebelo de Sousa.
MAIS:
http://www.rtp.pt/noticias/politica/presidente-da-republica-vai-fazer-convite-formal-para-papa-francisco-visitar-portugal_n904282
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2016-03-16-Presidente-da-Republica-vai-convidar-papa-Francisco-para-visitar-Portugal
http://www.tvi24.iol.pt/politica/marcelo-rebelo-de-sousa/marcelo-recusa-comentar-orcamento-e-diz-que-esta-noutra-onda
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