A Fundação de Serralves deverá ser a entidade gestora do acervo do realizador Manoel de Oliveira, que integrará o espólio do futuro pólo da Cinemateca do Porto repartido por três espaços: Casa das Artes, Casa do Cinema Manoel de Oliveira e auditório de Serralves.
O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro anunciou ontem, no final da apresentação do Orçamento da Cultura 2009, que o projecto "já está concluído e orçamentado, e contará sempre com o entendimento e colaboração da Câmara Municipal do Porto". Pinto Ribeiro não especificou quem irá gerir o espólio de Manoel de Oliveira, mas fontes contactadas pelo DN apontam Serralves, numa parceria com a Universidade Católica, a assumir esse papel.
"Não está ainda nada definido", diz José Manuel Oliveira, filho do realizador. No entanto, acha que o espólio de Manoel de Oliveira fica bem nas mãos dos responsáveis de Serralves. "Fizeram uma exposição que honra o meu pai, foi um trabalho fantástico do doutor João Fernandes".
Segundo o ministro da Cultura, não se pretende criar uma cinemateca no Porto como a de Lisboa. O objectivo é usar as parcerias com as várias entidades envolvidas neste processo e exibir filmes disponíveis no Arquivo Nacional de Imagens.
O pólo vai funcionar na Casa das Artes, neste momento a ser alvo de obras de restauro, no auditório da Fundação de Serralves e na Casa do Cinema Manoel de Oliveira, mandada construir de raiz pela Câmara do Porto, no tempo do presidente Fernando Gomes.
FRANCISCO MANGAS
HERNÂNI PEREIRA
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