mercoledì 30 aprile 2008

Actas "Da Roma all'Oceano" já estão à venda




Da Roma all'Oceano. Il portoghese nel mondo

Convegno internazionale all'Università Roma Tre


Dal titoto " Da Roma all'Oceano. Il portoghese nel mondo", si è svolto nei giorni 29 e 30 marzo del 2007 presso l'Università Roma Tre il primo convegno organizzato in Italia sulla diffusione del portoghese in America, Africa e Asia.

Il programma ha incluso interventi di noti studiosi italiani e stranieri - Tullio De Mauro, Ivo Castro, Inês Duarte, Luciano Formisano, Vicenç Beltran, Giuseppe Tavani - e di scrittori dell'area lusofona - in particolare Agualusa -, dedicati ai problemi connessi con l'insediamento della lingua di Camões, di Pessoa e di Saramago in aree extraeuropee e con la sua acclimatazione in ambienti profondamente diversi, per caratteristiche geopolitiche e socioculturali, da quello di origine: il Brasile, l'Angola, il Mozambico si sono appropriati o si stanno appropriando - con interessanti adattamenti alle realtà locali - della lingua dell'antico colonizzatore, che si modifica e si arricchisce nel contatto con sistemi alloglotti, i quali a loro volta interferiscono modificandola con la lingua d'importazione.


Si comunica che le prime copie del volume degli atti di questo importante convegno sono disponibili presso la libreria Il Seme (Via Monte Zebio, 3 - tel. 06.3721490).

Eleições italianas no Diário de Notícias


Notícia publicada esta manhã no diário da capital portuguesa:
http://dn.sapo.pt/2008/04/29/internacional/parlamento_italiano_comunistas_toma_.html


Parlamento italiano sem comunistas toma posse

PATRÍCIA VIEGAS


O novo Parlamento italiano, saído das legislativas dos dias 13 e 14, que deram a vitória a Silvio Berlusconi, toma hoje posse e pela primeira vez desde 1946 nenhum representante comunista vai sentar-se nele.

A Esquerda Arco-Íris, que incluía a Refundação Comunista, os Comunistas Italianos e os Verdes, não ultrapassou a barreira dos 3% de votos e não elegeu nem um único deputado nem um único senador.

Foram vítimas do bipartidarismo que invadiu o país, dizem, culpando o Partido Democrata (PD) do ex-autarca de Roma Walter Veltroni e o Partido do Povo da Liberdade (PDL) de Silvio Berlusconi. Sete em cada dez italianos dizem ter votado numa destas duas formações políticas.

O eleitorado comunista votou sobretudo no PD e no seu aliado Itália dos Valores, de Antonio Di Pietro, conhecido juiz anti-corrupção, mas alguns viraram-se também para o PD e, no Norte, para a Liga Norte - a formação que ameaça pressionar o Parlamento e o Governo para aprovar medidas que defende.

"A Itália aproximou-se do bipartidarismo que já existe hoje na maioria dos países europeus como a França ou a Grã-Bretanha. E não penso que vá haver uma marcha atrás", disse em declarações à AFP o historiador Ernesto Galli della Loggia.

Há, porém, quem tenha outras explicações para a derrota, como Luca Fontana, secretário da secção Che Guevara da Refundação Comunista, partido que, em 2006, chegou a eleger o primeiro deputado travesti . "Nós perdemos as eleições pela primeira vez porque o nosso símbolo, a foice e o martelo, estava ausente e não havia um partido capaz de fazer sonhar as pessoas, de dizer eu quero um outro mundo porque o capitalismo desagrada-me", disse Luca, à reportagem da AFP.

O Partido Comunista italiano e os seus herdeiros sempre estiveram presentes no Parlamento desde a Assembleia Constituinte de 1946. O Partido Comunista italiano chegou a ser o maior do Ocidente. Foi fundado em 1921 e, quatro anos depois, foi proibido pelo regime de Mussolini. Três dias após a queda do Muro de Berlim, em 1989, o secretário-geral do PCI, Achille Occhetto, achou oportuno convocar um congresso para dar nova vida ao partido.

A polémica estala de imediato. Muitos militantes comunistas discordam do projecto de Occhetto. Mas a 3 de Fevereiro de 1991 as conclusões são favoráveis à dissolução do partido e à promoção do Partido Democrático da Esquerda. Mais uma vez há militantes que discordam e formam a Refundação Comunista. Esta vive uma cisão que depois origina o Partido dos Comunistas italianos. Foram estes dois últimos que, em conjunto com os Verdes, se viram arredados do Parlamento nas eleições de há duas semanas.

"A Refundação Comunista já não é um partido do povo. Já não é um símbolo dos que se levantam, como nós, de madrugada para fazer o país funcionar", afirma Cristiano, que ganha 1 050 euros por mês e aos 34 anos ainda vive em casa dos pais, porque não tem dinheiro para comprar uma habitação própria. É um dos muitos chamados mileuristas em Itália. Não têm dinheiro, vivem com os pais, não fazem planos para constituir família. Limitam-se a viver um dia atrás do outro.

lunedì 28 aprile 2008

7, 8 e 9 de Maio: língua portuguesa em Lecce


Durante a segunda semana de Maio a cidade de Lecce vai ver multiplicarem-se as manifestações de lusitanismo em diversas sedes. Disto nos deu a saber o Professor Gianluigi De Rosa, da Universidade do Salento, que daqui saudamos.

Quarta-feira dia 7, na Libreria Apuliae, pelas 7h30, a Professora Giulia Lanciani (Università degli Studi di Roma Tre) e o Professor Giorgio de Marchis (Università degli Studi di Salerno)vão apresentar as actas do convénio Da Roma all'Oceano - La lingua Portoghese nel mondo, uma edição da casa Nuova Frontiera.

Uma hora antes, pelas 6 e meia, um outro volume será apresentado no mesmo espaço. Trata-se de Angeli e demoni in scarpe bullonate. I miti calcistici tra letteratura e cinema coordenado por Gianluigi De Rosa (Università del Salento) e Enrico Martines(Università di Parma). Para além dos autores, estará presente Marco Cipolloni, da Università di Modena e Reggio Emilia.

Nos dias seguintes, um grande evento: o encontro de estudos intitulado LINGUE POLICENTRICHE A CONFRONTO: QUANDO LA PERIFERIA DIVENTA CENTRO, organizado pelo Departamento de Línguas e Literaturas Estrangeiras da Universidade do Salento e coordenado pelos Professores Antonella De Laurentiis e Gianluigi De Rosa, ambos professores daquele ateneu.

(info: gianluigi.derosa@ateneo.unile.it - antonella.delaurentiis@ateneo.unile.it)

Programa dos trabalhos:

8 maggio
ore 9,30

Saluti delle Autorità
Prof. Antonio Fino – Preside Facoltà Lingue e Letterature Straniere
Prof.ssa Alizia Romanovic – Direttore Dipartimento Lingue e Letterature
Straniere
Apertura dei lavori
Prof. Alberto Sobrero

ore 10,30 – 13,00
Presiede Prof.ssa Alizia Romanovic

Giuseppe Tavani – Università La Sapienza
Tradizione, traduzione, innovazione

Giulia Lanciani – Università Roma Tre
Della intraducibilità: il caso Pessoa

Antonio Scocozza – Università di Salerno
La Gran Colombia: unità e diversità

Marco Cipolloni – Università di Modena e Reggio Emilia
Neutro, maccheronico e varietà linguistiche nel cinema di co-produzione


ore 15,00 – 16,30
Presiede Prof. Antonio Scocozza

Virginia Sciutto - Università L’Orientale di Napoli
Dialettica della spazialità nella lingua spagnola: il caso dei somatismi
rioplatensi

Alessandra Rollo – Università del Salento
Peculiarità linguistiche del français québécois

Barbara Gori – Università di Torino
L’ordine V S con verbi monoattanziali inaccusativi in PE e PB


Pausa
ore 17,00-18,30
Presiede Prof. Piero Ceccucci

Piero Ceccucci – Università di Firenze
Introduzione alla sessione: L’esperienza del tradurre come forma di
mediazione interculturale

Elena Manca – Università del Salento
Culture a confronto: la promozione turistica in Italia e Gran Bretagna

Francesca Degli Atti – Università del Salento
Pantanal, lingua e ricostruzione della marginalità in
chiave ludica nell'opera di Manoel de Barros

António Fournier - Università di Torino
"Il perfetto viaggio": per una didattica del portoghese letterario in Italia



9 maggio
ore 9,30-11,00
Presiede Prof. Giuseppe Tavani

Francesca Bianchi – Università del Salento
Quanti inglesi? L'evoluzione del riconoscimento delle varietà attraverso la
linguistica dei corpora.

Antonella De Laurentiis – Università del Salento
L’importanza della traduzione nei paesi periferici: l’Argentina di Borges

Federica Ferrari – Università di Modena e Reggio Emilia
“Image management in calls to arms”
Bush vs. Blair: efficacia persuasiva tra idiosincrasia stilistica e variazione
culturale



Pausa
ore 11,30-13,00
Presiede Prof.ssa Giulia Lanciani

Giorgio de Marchis – Università di Salerno
Lusografie afrikane ovvero "será que os kapas são mais africanos que os cês?"

Karl Gerhard Hempel – Università del Salento
Le varietà standard della lingua tedesca tra tradizione, politica e linguistica

Gian Luigi De Rosa – Università del Salento
Interagire negli spazi discorsivi lusofoni: l’uso del “você” nel portoghese
europeo e brasiliano


Pausa Pranzo
ore 15,00-16,30
Presiede Prof. Marco Cipolloni

Katia de Abreu Chulata – Università del Salento
La mediazione linguistica e culturale: uno studio di caso


Daniela Cesiri
– Università del Salento
Repertorio linguistico e costruzione dell'identità nazionale nella language
policy irlandese

Elena Borali – Università di Torino
Il parlato filmico nella cinematografia brasiliana tra neo-standard e varietà
popolare: la sottotitolazione di Deserto Feliz


Pausa
ore 17,00 - 18,30
Presiede Prof.ssa Orietta Abbati

Fernando Llorens Bahena – Università del Salento
“Habla andaluz siempre”, “Habla andaluz, sé tú mismo”. Uso del dialecto
andaluz.

Vera Lúcia de Oliveira – Università del Salento
Sul tradurre Lêdo Ivo

Michela Canepari – Università di Parma
In the Heart of the Country di J.M. Coetzee e Dust di Hansel: problemi
di traduzione intersemiotica e interlinguistica


Chiusura dei lavori

venerdì 25 aprile 2008

Música em Maio - Santo António dos Portugueses

Columbano Bordallo Pinheiro
(estudo preparatório para um fresco)

Giovedì 8 Maggio, ore 18:30 - Salone Nobile

Inaugurazione del Pianoforte, donato all’Istituto dagli eredi del Mº Giuseppe Morelli

I Parte: CONFERENZA - CONCERTO
La Canzone Portoghese nel secolo XX, tenuta dal Prof. Dr. Mário Anacleto, con la partecipazione del Mº Massimo Scapin

Programma:
Francisco de Lacerda, Duas Trovas: 1. A Alegria dos meus olhos; 2. Não morreu nem acabou
José Viana da Mota, Olhos Negros - Luís de Freitas Branco, Aquela Moça
Cláudio Carneyro, Quatrain - Jorge Cronner de Vasconcelos, Eu hei-de cantar bem alto
Fernando Lopes-Graça, Es falsa três vezes falsa - Armando José Fernandes, Tecedeiras
Fernando Lapa, 0 Céu, a Terra, o vento sossegado - João Heitor-Rigaud, Vou sobre o Oceano
Carlos Figueiredo, Sé Velha (fado) - Mário Anacleto, É fogo a cor dos teus olhos (fado)

II Parte:
Giuseppe Morelli (Roma 2.08.1907-16.07.1998),

Meditazione per violino e pianoforte (1970);
Soldatini-Marcetta-Burlesca per pianoforte(1973) ; Largo espressivo per violoncello e pianoforte(1974)
David Simonacci, violino - Marco Simonacci, violoncello; Gabriella Morelli, pianoforte



Sabato 10 Maggio, ore 18:30 - Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi

CONCERTO In collaborazione con TETRACORDO

Programma:
Dimitri Nicolau, dal trio op. 158 (dedicato al trio Aedòn) "The little girl of Anatolia"
Johannes Brahms, Trio op.114 in La min. (Allegro- Adagio- Andantino grazioso- Allegro)
Fabrizio Festa, New Lands, No Borders ( per clarinetto, violoncello, pianoforte, percussioni, sintetizzatore ed elettronica – testo di Michael Hall)
1. Into the ground, up to the sky - 2. New lands, no borders - 3. I had a dream
Commissione dell’Emilia Romagna Festival e del Festival "Encuentros" di Buenos Aires

Trio Aedòn: Stefano Marzi, clarinetto - Gabriele Zoffoli, violoncello - Stefano Bartolucci, pianoforte
E con la collaborazione di Fabrizio Festa (elettronica)



Sabato 17 Maggio, ore 21:00 - Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi
CONCERTO


Programma:
Johannes Brahms, Quartetto in do minore op. 51 numero 1 per archi
Allegro - Romanze – Poco Adagio - Allegretto molto moderato e comodo – Finale/Allegro
Quintetto per archi e pianoforte op 34 in fa minore
Allegro non troppo - Andante, un poco Adagio – Scherzo/Allegro – Finale/Poco sostenuto/Allegro non troppo


David Simonacci e Carlo Vicari, violini - Teresa Ceccato, viola - Diego Roncalli, violoncello - Maurizio Paciariello, pianoforte



Sabato 31 Maggio, ore 21:00 - Cortile dell’Istituto
CONCERTO - Tradizionale Notte di "Fado"


Ana Marta, Voce - Paulo Valentim, Chitarra portoghese - João Veiga, Chitarra classica
(Ingresso fino ad esaurimento posti e con offerta per il nuovo organo)

25 de Abril


Este ano comemoram-se os 34 anos da revolução democrática do 25 de Abril, descrita pelo grande poeta Manuel Alegre no Preâmbulo da Constituição portuguesa:


A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas, coroando a longa resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos, derrubou o regime fascista.
Libertar Portugal da ditadura, da opressão e do colonialismo representou uma transformação revolucionária e o início de uma viragem histórica da sociedade portuguesa.


A Revolução restituiu aos Portugueses os direitos e liberdades fundamentais. No exercício destes direitos e liberdades, os legítimos representantes do povo reúnem-se para elaborar uma Constituição que corresponde às aspirações do país.

(...)


Por esta ocasião publicamos a entrevista a António Tabucchi, feita por Anna Maria Giordano há 4 anos...


LA RIVOLUZIONE DEI GAROFANI SECONDO TABUCCHI

25/4/04

Intervista allo scrittore che ama il Portogallo e che ricorda la svolta di trent'anni fa
Anna Maria Giordano



Domenica 25 Aprile 2004 Da una radio le note di Grandola, canzone bandita dal regime salazarista, fanno scoccare a Lisbona nella notte tra il 24 e il 25 aprile del 1974 la Rivoluzione dei Garofani. E’ il segnale scelto dal Movimento delle Forze Armate per l’avvio delle operazioni che libereranno il paese dalla dittatura più antica d’Europa. A vivere con trepidazione quelle ore c’è anche un amico di sempre del Portogallo, un suo osservatore e interprete d’eccezione, lo scrittore Antonio Tabucchi.


“Il 25 aprile del ‘74 é stato il giorno in cui il fascismo é caduto e in cui i capitani d’aprile hanno espugnato la caserma in cui si era rifugiato Marcelo Caetano, l’erede di Antonio Salazar. Io ero a casa mia e ho seguito al telefono gli avvenimenti con gli amici che stavano a Lisbona. Il giorno dopo è arrivato il poeta Alessandro Nilo, mio grande amico, che era in Svizzera e non poteva rientrare in Portogallo perché l’aeroporto era chiuso. Mi ricordo un giorno di grande emozione perchè alla tv hanno fatto vedere i prigionieri che uscivano dal carcere con Alessandro che piangeva e quasi abbracciava il televisore”.


Il movimento dei capitani occupa Lisbona e altre città. L’assedio di Caetano continua fino al pomeriggio del 25 quando il dittatore consegna le dimissioni nelle mani del generale Spinola. E la folla può finalmente esultare e fissare per sempre nella memoria collettiva quel momento infilando garofani rossi nei fucili dei militari. Il giorno dopo tornano gli esiliati, socialisti e comunisti, che ricostruiranno il paese.


Tabucchi, che quello fu un trionfo per la sinistra?

“Più che di sinistra io parlerei di democrazia perché è saltato il tappo di un totalitarismo durato 47 anni. C’è stato uno scoppio di libertà in tutti i sensi. Quella é stata una vittoria della democrazia che a un certo punto è diventata quasi ebbra. C’è stata un’ubriacatura collettiva, una felicità enorme, con manifestazioni che riguardavano non solo l’aspetto politico ma anche quello sociale, antropologico, artistico. Era un tappo che aveva coperto l’essere umano per 47 anni e quindi c’era anche una grande allegria, una gran gioia e una gran vitalità


Ma divenne un punto di riferimento almeno per una parte della sinistra. Non si guardò con attenzione a quella rivoluzione?

Credo che poi a un certo punto la sinistra europea sia caduta in una sorta di equivoco perché ha pensato che quella potesse diventare una sorta di isola del socialismo. Un socialismo diverso con tinte terzomondiste, in un luogo dell’Europa in cui era impossibile che accadesse. Per fortuna questo poi non è successo. La giunta militare ha nominato un governo provvisorio che ha finalmente indetto le prime elezioni libere


Qual è secondo lei l’eredità lasciata dalla rivoluzione e che memoria se ne conserva ?

Un’eredità sopravvive sicuramente. Oggi il Portogallo ha una democrazia parlamentare, un’eredità politico-giuridica evidente. Ed è un paese che vive in Europa. Però la storia si dimentica in fretta. Basta la mancanza di trasmissione da parte di una sola generazione. Io vedo che quelli che cercano di mantenere viva la memoria di quegli anni hanno difficoltà nei confronti di una perdita di memoria molto rapida nella situazione politica attuale in cui si cerca di far dimenticare quel 25 aprile. I 25 aprile si dimenticano o si travisano anche a casa nostra. Ci sono le iniziative dei leader di allora, di un Mario Soares, di associazioni e movimenti, ma vedo che devono lottare contro una specie di velo opaco che si sta un po’ stendendo su quest’avvenimento che pure ha riscattato il paese


Includerebbe il 25 aprile 1974 tra le giornate che hanno cambiato la storia del continente, un luogo della memoria politica e culturale a cui tornare?

Certamente. Ha cambiato radicalmente il volto di un paese. Il Portogallo era uno spazio che l’Europa aveva dimenticato e che a sua volta aveva dimenticato l’Europa. Gli aveva girato le spalle per secoli. Dal periodo delle scoperte geografiche guardava verso l’Oceano e la sua storia era segnata dall’Africa, dal Brasile, dalle Indie. Poi si consuma la decadenza di questa grande potenza coloniale e la situazione politica fa sì che questo girar le spalle abbia anche un connotato fortemente politico. La rivoluzione dei garofani ha come girato il perno su cui si appoggia il paese e il paese ha fatto un giro a 360 gradi e si è messo di nuovo a guardare l’Europa. E noi adesso lo stiamo guardando. Siamo faccia a facciaLa Rivoluzione dei Garofani è anche la fine di una politica coloniale cieca e sanguinosa... E’ stata l’ultima decolonizzazione e può costituire una chiave di interpretazione per ridiscutere la storia coloniale dell’Europa, le nostre colpe, non solo portoghesi ma collettive. Una riflessione che l’Europa deve necessariamente fare e forse sta già facendo






Mais sobre o 25 de Abril:



"Grândola, vila morena" de Zeca Afonso:



Na Wikipedia:



martedì 22 aprile 2008

Exposição sobre a vida e a obra de José Saramago em Lisboa


IN: http://dn.sapo.pt/2008/04/22/artes/a_consistencia_sonhos_traz_jose_sara.html

Mais espaço obriga a exibição maior que em Lanzarote


Quem entrasse ontem na Galeria de Pintura do Rei D. Luís, no Palácio da Ajuda, onde dentro de 24 horas será inaugurada oficialmente a exposição sobre a vida e a obra de José Saramago intitulada A Consistência dos Sonhos, acharia que a palavra sonhos estava certa mas que consistência não. Isto porque o pandemónio era total e não se vislumbrava qualquer possibilidade de cumprir o prazo anunciado para a abertura da exibição mas, ao fim da tarde, a palavra consistência já tinha mais significado que a sonhos devido ao avanço radical que levara em poucas horas.
A garantia do próprio comissário Fernando Gómez Aguilera, responsável da Fundação César Manrique pela exposição, ao DN era de que "até ao fim da noite estaria quase finalizada". Entre as razões desta azáfama final, habitual neste tipo de eventos, estava o atraso na chegada de muita da documentação que veio de navio desde Lanzarote, devido ao mau tempo nas Canárias. Outra, foi a adaptação do acervo a um local muito maior do que aquele onde aconteceu a primeira exposição de A Consistência dos Sonhos. Segundo o comissário "este espaço é diferente do original mas não é preciso alterar o discurso expositivo, apenas adaptar a proposta arquitectónica ao maior cumprimento e altura da sala".
Esta nova dimensão vai, no entanto, beneficiar o visitante, pois a exposição contém novidades em relação à de Lanzarote devido à colaboração da Biblioteca Nacional e do próprio escritor, que disponibilizaram uma série de documentos e peças para a ocasião, algumas das quais só estarão desta vez acessíveis ao público. É o caso de um quadro existente na residência do casal em Madrid, de autoria do pintor Santa Bárbara, de uma série de quadros de Rogério Ribeiro pintados para O Ano de 1993, de vários manuscritos do arquivo do escritor, além de correspondência inédita com Jorge de Sena. Outro dos benefícios do novo espaço é o reposicionamento das instalações do artista Charles Sandison que ganham deste modo um realce que as tornará, de acordo com o comissário, "um dos ícones desta exposição", bem como o de gerar a possibilidade de fruir "com mais à-vontade a sua componente visual".
Também apostados em ter tudo pronto para a inauguração oficial, que contará com a presença de José Saramago e do ministro da Cultura, Pinto Ribeiro, está a comissária executiva Graça Mendes Pinto e o director da Biblioteca Nacional. Jorge Couto revelou que do espólio da instituição vão ser exibidos o original do diploma do Nobel, cinco manuscritos - com destaque para os preparatórios de O Ano da Morte de Ricardo Reis - e a correspondência com os escritores José Rodrigues Miguéis e Adolfo Casais Monteiro. A Biblioteca Nacional vai também editar 12 postais com reproduções do acervo e no seu site poder-se-á consultar página a página os manuscritos de Saramago que tem depositados. Por seu lado, a comissária executiva aguarda com expectativa a afluência após o sucesso da exposição do Ermitage mas confirma que são muitos os pedidos de escolas e grupos a marcar visitas para a exposição que abre ao público no dia 24.



JOÃO CÉU E SILVA

lunedì 21 aprile 2008

Vasco Graça Moura distinguido pelo Ministério da Cultura Italiano


Tradutor e escritor distinguido pelo Ministério da Cultura italiano


Vasco Graça Moura vence Prémio de Tradução 2007

do Ministério da Cultura italiano


16.04.2008 - 13h16 Lusa


O escritor, poeta, cronista, tradutor e eurodeputado do PSD Vasco Graça Moura foi distinguido com o Prémio de Tradução 2007, atribuído pelo Ministério da Cultura italiano.


O prémio, que tem o patrocínio do chefe de Estado italiano, Giorgio Napolitano, é atribuído anualmente e distingue o melhor tradutor e editor estrangeiros, tendo Graça Moura vencido na primeira categoria, uma decisão unânime do júri.


A cerimónia de entrega dos prémios vai realizar-se no Palácio do Quirinal, em Roma, na presença de Giorgio Napolitano, em data ainda a anunciar.


Graça Moura distinguiu-se pela tradução de algumas das principais obras italianas como "Divina Comédia" e "Vita Nuova", de Dante Alighieri, e ainda "Rime" e "Trionfi" de Francesco Petrarca.


Segundo uma nota do júri, Vasco Graça Moura foi distinguido pela "rica e vasta actividade como tradutor, que contribuiu de forma especial para a divulgação, em Portugal e nos países lusófonos, das mais marcantes obras da literatura italiana, em versões de alta qualidade estética e de escrupuloso respeito pelos originais".


Para Graça Moura a tradução corresponde a uma das vertentes da sua actividade de criador literário, como "um exercício corpo-a-corpo" que “exige que se encontre a fórmula que melhor se adeque para verter tudo o que escreveu o poeta".


O poeta, ficcionista, ensaísta e tradutor, que publicará no dia 28 um novo romance, "Alfreda ou a Quimera", qualificou de "gratificante" a distinção atribuída pelo Ministério da Cultura da Itália e patrocinada pela União Europeia. Graça Moura destacou ainda a importância da tradução no seio da Europa dos 27, ao servir como um “veículo fundamental para o conhecimento e entendimento dos povos".


Além da sua intensa actividade no campo das letras, Graça Moura tem sido uma das vozes mais críticas do Acordo Ortográfico, que considera que apenas “serve interesses geopolíticos e empresariais brasileiros, em detrimento de interesses inalienáveis dos demais falantes de português no mundo".


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VER também:

Amanhã Cesária Évora no Campidoglio


Amanhã, 22 de Abril, na Praça do Capitólio, em Roma, a partir das 20h00 as celebrações do THE EARTH DAY e NAT GEO MUSIC LIVE: MUSICA PER L’AMBIENTE trazem à colina onde nasceu Roma artistas de fama como Saba, Nidi d’Arac, Vinicio Capossela, Sud Sound System e a famosa cantora caboverdiana Cesária Évora.


Promovido e realizado com o patrocínio e a colaboração do Comune di Roma e patrocinado pela Regione Lazio-Assessorato all’Ambiente e alla Cooperazione tra i Popoli e pela Agenzia Sviluppo Lazio media partner LIFEGATE RADIO.


O grande concerto, realizado com tecnologias que reduzem o impacto ambiental, conta com a participação destes artistas que, com a sua música, se associaram à mensagem de Nat Geo Music.


O concerto é gratuito.




L’Earth Day è nato il 22 aprile del 1970, quando, rispondendo ad un appello lanciato dal senatore democratico Gaylord Nelson, 20 milioni di cittadini americani si mobilitano per una spettacolare dimostrazione. Da allora, l’Earth Day è diventato un evento internazionale, celebrato in 174 paesi del mondo, per promuovere la conservazione dell’ambiente in cui viviamo e la sostenibilità delle politiche di sviluppo. Obiettivo generale dell’Earth Day è sensibilizzare l’opinione pubblica e sollecitare un cambiamento nei comportamenti individuali. Ogni persona può diventare protagonista assumendo un atteggiamento consapevole e riconoscendo l’importanza del proprio ruolo per la tutela del pianeta.

Roma faz 2761 anos!

Faustolo trova la lupa con i gemelli
Rubens
Musei Capitolini



Celebra-se hoje, 21 de Abril, o “Natale di Roma” também na Via dei Portoghesi...

Trata-se de uma festividade laica ligada à fundação da cidade, legendariamente atribuída a Rómulo e fixada pelo historiador Varrão.

Diz a lenda que quando a cidade de Tróia caiu, no séc. XII a.C., o príncipe troiano Eneias se conseguiu salvar. Depois de uma longa viagem, aportou no Lácio e fixou-se junto ao Tibre. Latino, o rei do Lácio e neto de Saturno, ofereceu-lhe terras e a mão da sua bela filha Lavínia, há muito prometida a Turno, rei dos Rútulos. Tal facto deveu-se a uma profecia que dizia que Lavínia se devia casar com um estrangeiro para assim dar origem a uma poderosíssima raça que governaria o mundo. Lavínia e Eneias apaixonaram-se, mas a rainha Amada, mãe de Lavínia, queria que a filha casasse com Turno. Turno, vendo que perderia o reino do Lácio e Lavínia, declarou guerra a Eneias e aos troianos recém chegados ao Lácio. Outras nações juntaram-se, de um e outro lado. A guerra foi tão acesa que Latino, com medo que o seu país fosse arruinado e destruído, sugeriu um combate singular entre Eneias e Turno, sendo Lavínia o prémio. Ambos aceitaram, e Eneias venceu a Turno. Podendo escolher entre matar ou poupar o adversário, mais jovem, Eneias decidiu, após longa hesitação, matá-lo. Pois, na hesitação, viu no ombro do adversário, despojos do seu tão dilecto Palante. Imola a Turno em nome do amigo. Amada, mãe de Lavínia, preferiu suicidar-se a ver Eneias no trono. Diz-se que Eneias abdicou do trono a favor do filho, e voltou para a pátria, para reconstruir Tróia. Após a morte de Eneias, seu filho Iulo, ou Ascânio (conforme a versão), funda Alba Longa, da qual seus descendentes serão sucessivos reis.


Em 753 a. C. é fundada Roma, a segunda Tróia, pelos gémeos Rómulo e Remo, descendentes maternos de Eneias mas filhos directos do deus Marte. Essa versão da fundação da Cidade Eterna, ou melhor, da ascendência de Rómulo remontar a Eneias, é tida por pesquisadores modernos como mera recordação de contactos entre o mundo egeio e a Itália. Tal versão foi tomando forma a partir do século III a.C.. Apareceu em Q. Fabio Pictor (200 a.C.) a primeira versão, sendo a definitiva dada por Virgílio na Eneida, por Ovídeo e Tito Lívio.

Um dia, uma jovem vestal teria ido buscar água, tendo sido seduzida por Marte, deus romano da guerra, de cuja união nasceram dois gémeos: Rómulo e Remo. Quando nasceram, foram abandonados em uma cesta e lançados ao rio Tibre, por ordem do tio, Amulio, tendo vindo parar junto ao Palatino. Os bebés foram salvos por uma loba enviada por Marte, que os criou e amamentou juntamente com as suas crias, no Lupercal. Mais tarde, um casal de pastores, Fáustulo e Larência, vieram a encontrá-los.

Já adulto, Remo envolveu-se numa rixa com alguns pastores e foi conduzido a Amúlio. Informado por Fáustulo das circunstâncias do seu nascimento, Rómulo dirigiu-se ao palácio e libertou o irmão. Vingaram-se do tio, colocando, em seu lugar, Numitor, seu avô, novo rei de Alba Longa (a sede deste reino era no monte Aventino) Aventino. Com isso, ganharam o direito de fundar uma cidade no lugar em que a loba os encontrou.

Depois de consultarem os deuses, Rómulo começou a demarcar o território da cidade e traçou, em torno de Palatino, um grande sulco circular, demarcando o pomerium, símbolo das muralhas, que Remo, transpôs de um salto, para ridicularizaro o irmão. Este imolou-o, deixando claro que quem infringisse as leis romanas, sofreria as consequências.

venerdì 18 aprile 2008

O Fado segundo Giacobbe






Aqui se publicam algumas fotografias da apresentação pública do livro de Carlo Giacobbe, que decorreu ontem no espaço da Mondadori Multicenter – Fontana di Trevi,

Introduzido pelo director deste verdadeiro centro de cultura, Doutor Simone Greggi, o jornalista e lusitanista Riccardo Iannello - autor de um guia de Portugal editado este ano pela Giunti - falou de Carlo Giacobbe e da sua obra.


A conferência foi entremeada por belíssimas interpretações de fado de Coimbra (Carlo Giacobbe) e de Lisboa (Isabella Mangani e Serena De Masi), acompanhadas à guitarra portuguesa por Bernardo Nardini.


Para completar o encanto daquele fim-de-tarde, alguns dos participantes puderam visitar as ruínas romanas encontradas durante o restauro do edifício do antigo cinema Trevi, guiados pelo anfitrião, Simone Greggi.



A comunidade portuguesa em Roma durante a união das Coroas Ibéricas


O Centro de História de Além-Mar (CHAM) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - Universidade Nova de Lisboa vai ser o palco, no próximo dia 21 de Abril da conferência A comunidade portuguesa em Roma durante a união das Coroas Ibéricas pelo Professor Gaetano Sabatini da Università degli Studi Roma Tre.



Dentro da sua promoção de diversas acções integradas no estudo da História dos Descobrimentos e da Expansão, o CHAM convidou o estudioso romano, que se tem dedicado ao estudo das relações entre Portugal, Itália e Espanha durante o período de dominação dos Habsburgos, a falar de um tema que lhe é caro, e que o ocupa desde os últimos anos.



Segue o resumo, publicado em:

http://www.cham.fcsh.unl.pt/



A presença de uma comunidade lusitana em Roma, documentada desde o século XIII, ganhou forma entre a segunda metade do século XIV e a primeira metade de Quatrocentos através da fundação de três instituições assistenciais, destinadas a peregrinos e a residentes da nação portuguesa. Em 1467, da unificação destas três instituiçoes, nasceu no centro de Roma o Hospital de Santo António dos Portugueses, com a sua Igreja anexa, à qual, em 1508, foi associada a Confraria homónima.


Chamados a serem custódios e promotores do património do Hospital e das prerrogativas da comunidade, os membros da Confraria de Santo António dos Portugueses foram, ao longo da época moderna, acima de tudo a expressão do mundo dos religiosos e dos mercadores portugueses que gravitavam em torno da Cúria romana. Em 1540 Papa Paulo III concedeu à confraria os primeiros estatutos, que contudo nao foram suficientes para dar-lhe estabilidade na fase de dificuldades que teve início em 1580, pois logo a seguir à união das coroas ibéricas os embaixadores espanhóis em Roma procuraram exercer controlo sobre a comunidade lusitana.


A revisão dos estatutos, realizada em 1593, permitiu superar estas tensões, e ao longo de todo o primeiro quartel do século XVII a confraria de Santo António dos Portugueses consolidou o seu papel próprio na sociedade romana, através de um grande incremento patrimonial, o qual envolveu, em 1624 – pela mesma altura da canonização de Santa Isabel de Portugal – o início das obras de reconstrução da Igreja de Santo António dos Portugueses, obras essas das quais resultou o explêndido edifício barroco que subsiste até hoje. No entanto, a seguir a 1640 reacederam-se as tensões com a comunidade espanhola residente em Roma e o longo enredo diplomático entre Roma, Madrid e Lisboa provocou um atraso nos trabalhos de reconstrução da Igreja, os quais só conheceram o seu termo perto do final do século.


mercoledì 16 aprile 2008

Carta de Coimbra





Depois de um belo postal de Lisboa, recebemos uma carta de Coimbra, com direito a fotografias e tudo!

Giulia Del Taglia e Esther Ielacqua, duas estudantes de Português junto do CLA (Centro Línguístico do Ateneu) da Universidade Roma Tre, partiram há dois meses para Coimbra, para estudar na celebérrima Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

Dali nos mandaram uma bela carta, e algumas fotografias que aqui publicamos, com um grande abraço cheio de saudades...



Um OLÁ de Coimbra...

Quando vimos o postal da Simona e da Aminah, quisemos escrever-te algumas coisas também nós sobre a nossa experiência aqui em Portugal.
Já passaram dois meses desde a nossa chegada. Coimbra é bela como tu disseste e, como dizem aqui, è muito 'fixe'. Aqui há muitas pessoas que chegam de todo Portugal, mas também muitos estrangeiros, brasileiros, europeus e até japoneses!
A cidade roda em volta da Universidade, por isso há muitas tradições e uma dura praxe, ou seja o complexo de usos e costumes da comunidade académica, como por exemplo as brincadeiras que os estudantes mais velhos, vestidos com o fato, fazem aos caloiros...muito engraçado de ver para nós Erasmus!
Sao muitas as coisas que podemos contar-te mas deixamo-las para a próxima vez...Mandamos muitos beijinhos e até breve. Entretanto mandamos-te algumas fotos.


Giulia e Esther

venerdì 11 aprile 2008

Sasportes apresenta "L'Oriente. Storia di una figura nelle arti occidentali"


Importante figura da cultura portuguesa, José Sasportes esteve ontem em Roma na apresentação da obra L’Oriente. Storia di una figura nelle arti occidentali (1700-2000).
O evento teve lugar no Centro di Studi italo-francesi di Roma (piazza Campitelli, 3), ás 5 e meia da tarde.
Coordenados por Paolo Amalfitano e Loretta Innocenti, os dois volumes constituem uma importante colecção de ensaios, entre os quais o de José Sasportes, dedicados à dança do fim do século XIX. Intervieram na sessão, organizada pela Professora Valeria Pompejano, para além de Sasportes, Gianni Iotti, Viola Papetti, e, no debate final, os coordenadores da obra.




L’Oriente. Storia di una figura nelle arti occidentali (1700-2000)

A cura di Paolo Amalfitano e Loretta Innocenti

Roma, Bulzoni, 2007, 2 voll., pp. 1453, euro 90,00

ISBN 978-88-7870-212-7; 978-88-7870-213-4



Questa importante e corposa raccolta di saggi, edita in due volumi curati da Paolo Amalfitano e Loretta Innocenti, contiene gli interventi presentati nel corso dei sei seminari internazionali organizzati tra il 2002 e il 2003 nell’ambito del progetto L’Oriente, storia di una figura nelle arti occidentali (1700-2000), promosso dall’Associazione Sigismondo Malatesta in collaborazione con le Università Ca’ Foscari e Iuav di Venezia, L’Orientale di Napoli, La Sapienza di Roma e con il Gabinetto Viesseux di Firenze, con l’aggiunta di contributi di studiosi chiamati successivamente a partecipare alla pubblicazione.


La ricerca ha preso le mosse da due considerazioni di fondo: innanzi tutto la constatazione della grande diffusione di tematiche orientalistiche nella cultura occidentale e nelle sue manifestazioni artistiche (letteratura, teatro, arti figurative, musica, danza, architettura e cinema); in secondo luogo l’individuazione di alcuni luoghi comuni a tutte le arti nelle rappresentazioni dell’Oriente degli ultimi tre secoli.Il ciclo dei seminari ha seguito un ordine cronologico, ponendosi come obiettivo una valutazione complessiva del significato acquisito dall’immaginario orientale nelle diverse epoche prese in considerazione. È stato così possibile individuare nel periodo illuminista e romantico una concezione dell’Oriente come modello utopico (positivo o negativo), nelle manifestazioni artistiche di fine Ottocento una sua più marcata riconsiderazione in chiave esotica, nelle avanguardie del Novecento una rilettura del tema in senso formale e nel secondo Novecento un allargamento globale e planetario dell’esperienza del contatto con la cultura dell’Est.


Tra i saggi di ambito performativo, per il Settecento si segnalano l’intervento di Françoise Rubellin dedicato alla Comédie Italienne e ai teatri forain, il contributo di Franco Fido sullo spettacolo veneziano e quelli dei musicologi Thomas Betzwieser e Roberto Leydi, rispettivamente sul linguaggio turchesco in musica e sull’evoluzione dell’‘aria cinese’ dal XVIII al XX secolo.Per l’Ottocento si menziona l’intervento di Jürgen Maehder sul Grand Opéra francese, gli approfondimenti sull’Aida e sul balletto La Bayadère di Guido Paduano e Knud Arne Jürgensen, i saggi di Paolo Amalfitano, Adriana Guarnieri Corazzol, Michele Girardi e José Sasportes sulla musica e la danza fin-de-siècle.


Per il Novecento, tra i numerosi contributi, si ricordano gli studi sull’opera brechtiana di Anna Maria Carpi e Antony Tatlow e quello dedicato ad Antonin Artaud da Marco De Marinis; si menzionano inoltre le riflessioni di Silvia Carandini sul pittore e drammaturgo dada Georges Ribemont-Dessaignes, di Georges Banu sull’influenza dell’utopia comunista nel teatro della prima metà del secolo e di Ferdinando Taviani sui pregiudizi della cultura occidentale nei confronti della teatralità orientale.


(recensão de Daniela Sarà)

Fotografias de Max Wayne em Roma

Max Wayne
A via dei Portoghesi - Autorittrato



Hoje, 11 de Abril pelas 18h00, o fotógrafo português Max Wayne, residente em Roma, onde tem exposto, individual e colectivamente por várias vezes, inaugura uma nova exposição:
Rambling – Suspended Emanations

Comissariada por Benedetta Donato, a exposição está patente na galeria WhiteCube3, e insere-se na VII edição do Festival Internazionale della Fotografia 2008.

Galleria WhiteCube3
Piazza Mattei, 11
00186 Roma

Inaugurazione 11 Aprile

Max Wayne
Rambling – Suspended Emanations

a cura di Benedetta Donato

11 - 30 Aprile
martedi - sabato: 16.00 - 23.00
domenica: 15.00 - 21.00
lunedi mattina visite su appuntamento

www.whitecube.it info@whitecube.it
tel: +39. 06 64760164 +39. 328 0889214 +39. 339 2511833

https://mail.instituto-camoes.pt/exchweb/bin/redir.asp?URL=http://www.fotografiafestival.it/circuito_detail.asp?id=109

mercoledì 9 aprile 2008

Lançamento do livro "Il fado di Coimbra"


Na próxima quinta-feira, 17 de Abril, pelas 18h30, o livro “IL FADO DI COIMBRA” (editora BESA) de Carlo Giacobbe será apresentado na Mondadori Multicenter – Fontana di Trevi (Via di San Vincenzo, 10).
http://www.negozimondadori.it/eventi/roma.html
http://www.negozimondadori.it/negozi/mc_roma_sanvincenzo.html


Na apresentação pública deste livro, cuja publicação fora já anteriormente anunciada na Via dei Portoghesi (http://viadeiportoghesi.blogspot.com/2008/01/livro-italiano-sobre-o-fado-portugus.html), vai estar presente não só o autor, como os outros membros do grupo italiano “Fado entre Rios”, que divulga a cultura musical portuguesa em Itália.

Será, pois, uma ocasião de encontro para todos os lusófilos romanos, e a oportunidade de ouvir mais uma vez a bela voz de barítono de Carlo Giacobbe, que nos promete cantar alguns fados ao longo da tarde...

Parabéns pela iniciativa!

lunedì 7 aprile 2008

Lançamento de Adriana Lisboa em Roma



Na próximo dia 17 de Abril, quinta-feira, pelas 18h00, será apresentada na livraria Feltrinelli International (Via V.E. Orlando 84/86 Roma), a versão italiana do romance Sinfonia em branco (Sinfonia in bianco) da escritora brasileira Adriana Lisboa.

Intervirá o Professor Gorgio de Marchis, docente de Literatura Portoguesa e Brasileiro na Universidade de Salerno e colaborador da Professora Giulia Lanciani na Universidade de Roma Tre.

Neste evento estarão presentes, para além da jovem escritora, a tradutora - Sara Favilla - e representantes da casa Angelica Editore, sob a chancela da qual esta obra é publicada em Itália.

Recordamos que a autora recebeu em Portugal o prémio literário juvenil “José Saramago”, instituído pelo Círculo de Leitores, em 2003.
(http://www.circuloleitores.pt/cl/artigofree.asp?cod_artigo=93670)




IN:
http://www.adrianalisboa.com.br/biografia/index.html


A escritora brasileira Adriana Lisboa nasceu em 25 de abril de 1970 no Rio de Janeiro, onde passou a maior parte da vida. Morou também na França e vive desde fins de 2006 nos Estados Unidos. Publicou os romances Os fios da memória, Sinfonia em branco, Um beijo de colombina e Rakushisha, os minicontos de Caligrafias (todos pela Rocco) e dois livros para crianças e jovens: Língua de trapos (Rocco) e O coração às vezes pára de bater (PubliFolha). Integrou diversas antologias de contos no Brasil e no exterior.
Recebeu o Prêmio José Saramago, em Portugal, e, no Brasil, o prêmio de autor revelação da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil e o prêmio Fundação Bunge (antigo Moinho Santista). Recebeu ainda bolsas de criação e tradução da Fundação Biblioteca Nacional, do Centre National du Livre (França) e da Fundação Japão. Foi selecionada pelo projeto Bogotá 39, que apontou os 39 mais importantes autores latino-americanos até 39 anos na ocasião da eleição da cidade como capital mundial do livro pela UNESCO, em 2007. Formada em música, mestre em literatura brasileira e doutora em literatura comparada, foi flautista, cantora e professora durante alguns anos. Hoje, além de escrever, traduz. Entre outros autores, traduziu para o português Cormac McCarthy, Anne Tyler, Amy Bloom, Robert Louis Stevenson e Émile Faguet. Foi co-autora do roteiro original do filme Bodas de papel, de André Sturm. É atualmente pesquisadora visitante junto à Universidade do Texas em Austin, mesma posição que manteve em 2007 junto à Universidade do Novo México.

Seus livros foram publicados também em Portugal, na Itália e na Suécia, e estão sendo traduzidos na França e no México. Adriana Lisboa é representada pela Agência Literária Mertin, fundada por Ray-Güde Mertin e atualmente sob direção de Nicole Witt.


MAIS sobre Adriana Lisboa:
http://www.adrianalisboa.com.br/index.html

MAIS sobre a Angelica Editore:
http://www.angelicaeditore.it/

Eleições italianas comentadas no DN


Na edição de hoje do jornal lisboeta "Diário de Notícias", o jornalista Miguel Queirós, no artigo de opinião AS ANIMADAS ELEIÇÕES ITALIANAS comenta a situação política do momento, em Itália.

in:



AS ANIMADAS ELEIÇÕES ITALIANAS

A campanha eleitoral para as legislativas em Itália, que decorrerão no próximo fim-de-semana, continuam muito animadas. Um dos grandes temas é a venda da Alitalia ao grupo Air France-KLM; há dias foi o boicote ao comício do partido de Giuliano Ferrara, um jornalista próximo de Berlusconi, que defende a revisão das condições do aborto; agora é o problema dos boletins de voto.

Ontem, os jornais dedicavam a este caso todas as manchetes: "Eleições, divergências sobre os boletins", titula o La Stampa; "Caos nos boletins de voto", é a capa do La Repubblica; "Boletins eleitorais, divergências", diz o Il Messaggero. Quem levantou o problema publicamente foi Silvio Berlusconi, candidato da direita e favorito para as eleições, segundo as sondagens. "Berlusca" diz que os boletins devem ser reimpressos por causa de os símbolos dos partidos estarem de tal forma dispostos "que não se sabe quem vai sozinho e quem vai em coligação". Disse também o ex-primeiro- -ministro que quem levantou o problema foi a esquerda, o que é verdade, num contacto telefónico com um dirigente do partido de Berlusconi. Mas pelos vistos a lei obriga àquele desenho do boletim. Sebastiano Messina, na primeira página do La Repubblica, comenta: "A grande promessa eleitoral foi feita por Veltroni (líder do Partido Democrático, o maior da esquerda): tornar a Itália um país simples. De facto, este Estado não consegue fazer nada sem se complicar a vida. A mais clara demonstração disso é este boletim de voto."

Mas o grande problema da actualidade é a Alitalia, companhia aérea de bandeira que perde um milhão de euros por dia e que a Air France pretendia comprar depois de proposta do Governo actualmente em gestão, dirigido por Prodi. No final da semana, os franceses abandonaram as negociações por problemas com os sindicatos, mas é possível que hoje voltem à mesa, enquanto Berlusconi tenta arranjar amigos italianos para não deixar cair a empresa em mãos estrangeiras.

mercoledì 2 aprile 2008

Inicio dos documentários sobre Portugal na Roma Tre

António Barreto

Sob a orientação da Professora Giulia Lanciani, e inserido nos trabalhos do leitorado de Português, terá início no próximo dia 5 de Abril, sábado, pelas 10 horas, o ciclo de sete documentários intitulado


“Portugal, um retrato social”



Este é um retrato do nosso país. Um retrato da sociedade contemporânea. É um retrato de grupo: dos portugueses e dos estrangeiros que vivem connosco. É um retrato de Portugal e dos Portugueses de hoje, que melhor se compreendem se olharmos para o passado, para os últimos trinta ou quarenta anos.

Da autoria de António Barreto e realizada por Joana Pontes, esta série é um retrato da sociedade portuguesa contemporânea. Tenta responder às perguntas mais simples.
Quem somos?
Onde vivemos?
Como trabalhamos?
Que saúde, que educação e que justiça temos?
Para isso, o autor recorre à comparação com o que éramos há três ou quatro décadas e sublinha especialmente as grandes mudanças ocorridas desde então. É o mesmo país, mas os portugueses já não são os mesmos.


Mudámos muito, em pouco tempo. Podemos viver melhor ou não, mas vivemos de modo diferente.



1º EPISÓDIO

SÁBADO
5 ABRIL
10HOO

AULA 21

Gente diferente: Quem somos, quantos somos e onde vivemos



Os portugueses são hoje muito diferentes do que eram há trinta anos. Vivem e trabalham de outro modo. Mas sentem pertencer ao mesmo país dos nossos avós. É o resultado da história e da memória que cria um património comum. Nascem em melhores condições, mas nascem menos. Vivem mais tempo. Têm famílias mais pequenas. Os idosos vivem cada vez mais sós.







MAIS sobre António Barreto:

http://pt.wikipedia.org/wiki/António_Miguel_Morais_Barreto

https://www.ics.ul.pt/rd/person/ppgeral.do?idpessoa=15

Música e Arte em Santo António dos Portugueses


“Concerto de amadores”, 1882
COLUMBANO Bordalo Pinheiro (1857 - 1929)
Museu do Chiado - Lisboa

Em baixo,
Estudo para o óleo “Concerto de amadores”

Sabato 5 Aprile, ore 21:00 - Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi
CONCERTO
Johannes Brahms, Tre Intermezzi op. 117 per pianoforte
Andante Moderato - Andante non troppo e con molta espressione - Andante con moto
Vier Gesange op. 43 per voce e pianoforte
Von ewiger Liebe - Die Mainacht - Ich schell mein Horn ins Jammertal - Das Lied vom Herrn von Falkenstein
Intermezzo op. 118 numero 2 per pianoforte
Capriccio op. 116 numero 7 per pianoforte
Zwei Gesange op. 91 per voce, viola e pianoforte
Gestillte Sehnsucht - Gesttliches Wiegenlied
Jee Hee Han, mezzosoprano - Teresa Ceccato, viola - David Simonacci, pianoforte




Mercoledì 9 Aprile, ore 21:00 - Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi
CONCERTO
Programma:
A. Vivaldi, Sonata F XIV n 5 (revisione di L. Dallapiccola)
Largo - Allegro (con spirito) - Largo (tranquillo, alla siciliana) - Allegro
L. van Beethoven, Sonata op. 5 n 2
Adagio sostenuto ed espressivo - Allegro molto piuttosto presto - Rondo (Allegro)
A. Webern, Op. 11 (Mäßige - Sehr bewegt - Äußerst ruhig)
D. Shostakovic, Sonata op. 40 in re min. (Allegro non troppo – Allegro – Largo - Allegro)
LUCA FIORENTINI, Violoncellista - ALESSANDRO DRAGO, Pianista





Domenica 13 Aprile, ore 19:30 - Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi
CONCERTO
Johannes Skudlik, Cembalo
Programma:
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
- Fantasia cromatica e fuga in re min. BWV 903
- 4 Duetti BWV 802-805
- Suite francese in mi magg. BWV 817 (Allemande – Courante – Sarabande – Gavotte – Polonaise – Menuet – Bourrée - Gigue)
- Concerto italiano in fa magg. BWV 971 (Senza indicazione – Andante - Presto)





Mercoledì 16 Aprile, ore 19:00 - Galleria dell’Istituto, in Via dei Portoghesi, 6
Inaugurazione della Mostra: "Arts Materials"
Ideata ed organizzata da Graziano Menolascina, rappresentata da nuove figure del panorama artistico contemporaneo:
Luca Guatelli, Maurizio Savini, Giorgio Galotti, Francesco Grillo, Tarshito, Simone Racheli, Gualtiero Redivo,
Giampietro Preziosa, David Reimondo, Craking art, Michele Giangrande.
Presiederà S. E. l ’Ambasciatore del Portogallo presso la Santa Sede, Dott. João da Rocha Páris.
Orario di apertura: 16 Aprile 2008 – 16 Maggio 2008; da Mercoledì a Domenica, dalle ore 16:00 alle ore 20:00





Mercoledì 30 Aprile, ore 21:00 - Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi
CONCERTO
Programma:
G.F.Handel: Cantata HWV 97 "Crudel tiranno Amor" per soprano, 2 violini,alto e b.c.
J.S. Bach: V Concerto Brandeburghese
G.F.Handel: Sonata in Sol Maggiore per 2 violini, viola e b.c. HWV 399
J.S. Bach: Cantata BWV 212 "Non sa che sia dolore" per soprano, flauto, archi e b.c.
Raffaella Milanesi, Soprano
ACCADEMIA OTTOBONI
Manuel Granatiero, Laura Colucci, flauto - Giorgio Sasso, Gabriele Politi, violino - Teresa Ceccato, viola
Marco Ceccato violoncello - Riccardo Coelati Rama, violone - Yu Yashima, clavicembalo

Fado em Roma: Mafalda Arnauth


Mafalda Arnauth actuou ontem à noite na Sala Estúdio do Auditorium, perante uma plateia cheia de lusófonos e de lusófilos entusiasmados, que participaram com palmas e com a voz nos temas mais conhecidos, incitados pela jovem artista.


Recordamos a presença de Mafalda Arnauth no dia 4 de Junho de 2003, no palco do Teatro Ghione de Roma, no concerto que assinalou o fecho da Escola Portuguesa de Roma. De há cinco anos a esta parte, a artista fez uma longa estrada onde maturou muitos aspectos da sua interpretação, sem perder a frescura original da voz e da presença cénica.


Aliás, Mafalda Arnauth, voz virtuosa de temas sérios - como as sempre arriscadas reinterpretações de Amália Rodrigues (Triste Sina, Foi Deus, etc) e alguns outros temas da sua própria autoria - sente-se sem dúvida mais à-vontade nas marchas e nos temas festivos populares, com os quais acabou o espectáculo. Ela própria disse, num Italiano quase perfeito, que queria que o seu público regressasse a casa feliz.


Já de pé, depois do bis e do tris, o público pôs-se a dançar as marchas de Lisboa, com a alegria e o calor de quem, como quase sempre acontece entre italianos, tem uma relação afectiva com Portugal. Há o fascínio por um certo exotismo, mas há ainda mais um sentimento de ternura de Itália em relação a Portugal, como se Roma (desde os tempos do Império) fosse ainda um pouco a "Mãe" de uma distante Lusitânia.


Regressando a Mafalda Arnauth, importa referir que ela brindou o público com dois "fados" muito especiais: um era de Charles Aznavour, e o outro de Sergio Endrigo: Io che amo solo te. Continuando a lição de Amália, mais uma vez se provou que a linguagem do fado é profundamente plástica e internacional; assim como Amália, desafiando rigor que ainda então vigorava, ousou cantar em Italiano, Francês, Espanhol e Inglês (V. http://209.85.129.104/search?q=cache:v-Qe0Oa_yIIJ:www.geocities.com/cecskater/discE1980A.html+%22am%C3%A1lia+internacional%22&hl=it&ct=clnk&cd=2&gl=it) também Mafalda Arnauth soube estabelecer a ponte entre as sensibilidades de dois povos irmãos.



Arnauth no Auditorium:


Arnauth no Youtube:





Sbarca in Italia Mafalda Arnauth, nuova voce del fado portoghese


Tre le date nel Belpaese per la cantante 33enne: il 30 marzo per il festival Jazz Groove di Mestre, il 31 a Firenze, 1° aprile a Roma. In uscita anche il suo quinto album, 'Diario', con brani dedicati alla società e alla vita quotidiana



All'immancabile domanda che tutti gli artisti stranieri si sentono rivolgere alla fine di un'intervista, è molto dolce ascoltare Mafalda Arnauth, voce nuova del fado tra quelle che si cominciano a conoscere di più fuori dai confini del Portogallo, rispondere canticchiando “Non ho l'età”. Lei, trentatreenne, non era neppure nata, ma la sua famiglia le ha tramandato con Amalia e Marceneiro un po' di musica italiana, quella più popolare che la radio trasmetteva a più non posso, e le ha fatto ascoltare proprio la Cinquetti, di cui ricorda anche – cosa che non tutti gli italiani sanno - che ha pure vinto l'Eurofestival. E per completare il quadro di alcune conoscenze un po' strane, ecco quella di Claudio Mattone, un musicista straordinario, ma non certo conosciutissimo, che lei ha avuto l'onore di incontrare, così come Lucio Dalla, che ammira molto (e qui la scelta è un poco più logica). Per concludere questa introduzione venata di italianità, un doveroso ringraziamento di Mafalda va Zizi Possi, cantante brasiliana di origini italiane – un po' partenopee e un po' toscane – che ha inciso più di un cd con musiche della sua patria di origine e che canta la musica napoletana come chi è sempre stato sotto il Vesuvio.

Ma veniamo al motivo che porta Mafalda alle cronache di casa nostra: la cantante – nata a Lisbona il 4 ottobre 1974 – sarà in Italia per tre concerti: il 30 marzo, domenica, per il festival Jazz Groove all'auditorium del Centro culturale Candiani a Mestre (ore 21); lunedì 31 marzo al teatro Puccini di Firenze (ore 21,15); martedì 1° aprile al teatro Studio dell'Auditorium Parco della Musica di Roma (ore 21). Tre concerti attesi durante i quali la Arnauth presenterà il suo quinto album che finalmente esce anche in Italia: “Diario”, un percorso attraverso le radici di questa musica, ma attualizzato dai testi che sono quasi tutti della stessa Mafalda nel solco di una tradizione del “nuovo fado” che vede i protagonisti attualizzare i temi delle liriche. Non più solo amore disperato o famiglie distrutte dalle morti in mare, ma temi attuali, di vita quotidiana, di società, di amore “buono”.

E poi, cosa che i nuovi artisti del fado cercano con sempre maggiore insistenza, la voglia di allargare i propri confini, le proprie conoscenze, le proprie relazioni artistiche: viene facile per i lusitani col Brasile (e Mafalda adora Chico Buarque e Caetano Veloso e omaggia in questo cd Maria Bethania, Vinicius de Moraes e Tom Jobim), ma anche con l'Argentina di Piazzolla o la Francia di Aznavour. E ovviamente con le proprie stesse origini, con la grande Amalia Rodrigues e l'omaggio attraverso lo straordinario brano di Alberto Janes “Foi Deus”. Un disco bello, indubbiamente, che può essere un testimonial importante per un genere musicale, il fado, che resiste ed esiste al di là di ogni moda perché è vivo e vero.

“E io mi sento naturalmente fadista – racconta Mafalda -, anche se avrei dovuto fare tutta un'altra cosa nella mia vita. Studiavo veterinaria, ma a una festa accademica decisero di farmi provare a cantare. Io ci stetti e mi preparai per un fado. In casa sentivo quello, fa parte della nostra vita, cresciamo, a Lisbona, col fado. Studiai bene la canzone e, visto che sono comunque intonata e che in casa mi divertivo a canticchiare, la prova andò bene. Quella festa è stata la svolta della mia vita, da allora il fado è cresciuto in me. E io l'ho voluto vestire della mia sincerità, della mia storia, della mia umiltà. Non ho voluto copiare le altre cantanti, anche se, ovviamente, da loro qualcosa ho preso”.

Quando racconta la sua crescita artistica Mafalda si carica, l'adrenalina sale in lei, ma è molto modesta, non si vende per quello che non vuole essere. E non ama fare la replicante del passato. Per questo scrive spesso i testi che poi musica o fa musicare. “Ma non chiamatemi poetessa – si schermisce -, sono le mie emozioni. Con me voglio essere severa, onesta, trasparente: in una parola reale. Anche quando vado a cercare altre influenze, ma cerco sempre di non dimenticare la mia radice portoghese, magari facendola vestire un poco dei luoghi e delle musiche che amo. Ma senza mai tradire il fado, che per me è una vera e propria terapia”.

Non solo la lezione di Amalia, anzi: non quella. “Chi canta fado ha sempre davanti a sé l'immagine della divina, e non può essere altrimenti – spiega la Arnauth -. Ma il mio desiderio è quello di resistere e di non diventare una delle 'nuove' Amalia. Non mi interessa. Ho sempre cercato di non incidere canzoni che Amalia aveva reso note e che non si possono cantare meglio di quanto abbia fatto lei. Ma con 'Foi Deus' non ho resistito, è un brano che mi è entrato nella pelle e che ho dovuto raccontare nel mio 'Diario'. Ma mi sono guardata bene dall'assomigliare ad Amalia. Certo, come lei non c'era nessuna, ma a me piace anche confrontarmi con la lezione di altre grandi fadiste: Herminia Silva, Lucilla Do Carmo, Maria Teresa de Noronha, fino ad Argentina Santos, che è rimasta con Celeste Rodrigues l'ultima protagonista della vecchia generazione nelle case di fado. Io ci metto il mio perché questa tradizione non muoia, ma anzi si rinnovi”.

E proprio questo è un dato molto significativo: il fado, la cui tradizione nasce nella prima metà del diciannovesimo secolo, dato molte volte per morto e sepolto, confinato per anni in taverne nelle parti più decadenti della città di Lisbona, mai come adesso è in voga e richiama non solo turisti nei luoghi deputati al mito, ma appassionati da ogniddove per questa musica “etnica” che racconta bene la storia di un paese che è stato molto chiuso in se stesso, ma che ha affrontato il mare come nessun altro popolo ha fatto dominando per secoli oltre gli Oceani. Nella musica di Mafalda questo a volte si sente, ma lei ha una visione più moderna per quel che riguarda i testi, romantica e appassionata com’è, con una voce melodiosa e che sta via via impressionando un po’ tutti, puristi e no. “Il fado ‘acontece’ – dice, calcando su quella parola, ‘accade’, che è un po’ il leit motiv di chi si avvicina al fado -. Sono fadista dentro, abbiamo grande senso delle nostre radici e penso anche che la nostra lingua ci aiuti in questo. E’ una lingua musicale che si accompagna bene alla voce, agli strumenti. E’ una lingua molto speciale: sembra fatta apposta per raccontare le cose dell’anima”.

Mafalda, come detto, torna a parlarci di sé e di Lisbona e delle sue influenze artistiche e del suo fado come terapia in queste serate italiane. Venne la prima volta grazie alla benemerita associazione Sete Sois Sete Luas, poi è tornata e sta facendosi apprezzare. Mentre in Italia esce “Diario”, fra maggio e settembre uscirà in Portogallo il suo nuovo cd, “Flor de Fado”, che si intitola come la tournée in corso, anche questo un atto d’amore verso la “sua” musica. Ad accompagnarla in questi concerti ci sono Paulo Perreira alla guitarra portuguesa, Luis Pontes alla viola da fado, Fernando Costa al basso. In alcuni brani del prossimo album, ci sarà anche il violoncello del nostro Davide Zaccaria, il quarantenne musicista milanese trasferitosi da sette anni a Lisbona e ormai abituato ad accompagnare i grandi artisti portoghesi, da Dulce Pontes a Paulo De Carvalho a Mariza a Jorge Fernando e Custodio Castelo. “Ho scelto il violoncello perché è uno strumento molto complice della mia voce, si sposano molto bene – spiega Mafalda -, lo ritengo dolce e appassionato com’è la musica che amo”. Provare per credere.