giovedì 20 dicembre 2007

Feliz Natal da Via dei Portoghesi

Adoração dos Pastores de Josefa d'Óbidos (detalhe)


I

PELA NOITE DE NATAL,
NOITE DE TANTA ALEGRIA,
CAMINHANDO VAI JOSÉ,
CAMINHANDO VAI MARIA.

II

AMBOS OS DOIS P’RA BELÉM,
MAIS DE NOITE QUE DE DIA,
E CHEGARAM A BELÉM
JÁ TODA A GENTE DORMIA.

III

- ABRI A PORTA, PORTEIRO,
PORTEIRO DA PORTARIA! -
NÃO DEU RESPOSTA O PORTEIRO
PORQUE TAMBÉM JÁ DORMIA.

IV

SÓ ENCONTRARAM POUSADA
DENTRO DE UMA ESTREBARIA;
ALI FICARAM OS DOIS
ATÉ AO ROMPER DO DIA.

V

BUSCOU LUME S. JOSÉ
PORQUE A NOITE ESTAVA FRIA;
LÁ FICOU AO DESAMPARO,
SOZINHA, A VIRGEM MARIA.

VI

QUANDO VOLTOU S. JOSÉ
JÁ VIU A VIRGEM MARIA
COM DEUS MENINO NOS BRAÇOS
QUE TODO O MUNDO ALUMIA.

VII

E VEIO UM ANJO DO CÉU
CANTANDO: AVÉ MARIA!
AGORA MESMO EM BELÉM
NASCEU JESUS DE MARIA.

VIII

VEIO AO MUNDO ESTA NOITE
DENTRO DE UM ESTREBARIA,
ENTRE UM BOI E UMA MULA
E SEM OUTRA COMPANHIA.

IX

DEMOS GRAÇAS A DEUS PADRE
E A JESUS CRISTO TAMBÉM;
QUE SEJAM AMBOS LOUVADOS,
PARA TODO O SEMPRE, AMEN.







(recolhido por PEDRO FERNANDES TOMÁS, Velhas Canções e Romances Populares Portugueses)

Janeiro à vista em Santo António dos Portugueses


Já saiu o programa das actividades do mês de Janeiro no Instituto Português de Santo António em Roma.

4 concertos, 2 exposições e 1 conferência...

Uma actividade riquíssima para colmar o facto de ser este o único polo cultural português em Itália, para além dos centros universitários.



Venerdì 4 Gennaio, ore 21:00

Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi

Lezione – Concerto sul “Friscalettu”
a cura di Carmelo Salemi
Lo strumento a fiato per eccellenza della tradizione agro-pastorale è il flauto a becco di canna degli antichi pastori greci che in siciliano diventa “friscalettu”, così viene chiamato in diverse parti dell’isola.



Domenica 6 Gennaio 19:30

Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi


Concerto dell’Epifania
Claudia Toti Lombardozzi, soprano - Edoardo Guarnera, tenore
Carlo Di Cristoforo, basso - Massimiliano Drapello, tenore
M° Massimo Scapin, pianoforte
SCHUBERT, MOZART, VERDI, MASCAGNI, PUCCINI, GOUNOD, BIZET.
IL CONCERTO E’ IN FAVORE DELL’ASSOCIAZIONE KIM ONLUS




Giovedì 10 Gennaio, ore 18:30

Galleria dell’Istituto in Via dei Portoghesi, 6


Con il patrocinio del Primo Municipio Centro Storico di Roma
Mostra di pittura “Indagine dal sottosuolo”
di Stefania Di Filippo
A cura di: Andrea Romoli Barberini
Presiederà S. E. l ’Ambasciatore del Portogallo presso la Santa Sede, Dott. João da Rocha Páris.
Orario di apertura: 10 Gennaio 2008 – 27 Gennaio 2008;
da Mercoledì a Domenica, dalle ore 11:00 alle ore 20:00


Domenica 13 Gennaio, ore 19:30

Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi

Iº CONCERTO
Le sonate per violino e piano di J. S. Bach
Sonate BWV 1014, 1015, 1016
Violino, Mº Renato Riccardo Bonaccini
Pianoforte, Mº Giampaolo Di Rosa



Giovedì 17 Gennaio, ore 18:00

Salone Nobile dell’Istituto


CONFERENZA
Miti nazionali nella letteratura della Compagnia di Gesù

Tenuta dalla Prof.ssa Dott.ssa Carlota Maria Lopes de Miranda Urbano
Professoressa Ausiliare dell’Istituto di Studi Classici della Facoltà di Lettere dell’Università di Coimbra



Domenica 20 Gennaio, ore 19:30

Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi


IIº CONCERTO
Le sonate per violino e piano di J. S. Bach

Programma: Sonate BWV 1017, 1018, 1019
Violino, Mº Renato Riccardo Bonaccini
Pianoforte, Mº Giampaolo Di Rosa


Giovedì 31 Gennaio, ore 18:30

Galleria dell’Istituto in Via dei Portoghesi, 6


Inaugurazione della Mostra di pittura “MEDITERRANEUM”
di Massimo Ruiu, Tarshito ed Iginio Iurilli
A cura di Graziano Menolascina
Presiederà S. E. l’Ambasciatore del Portogallo presso la Santa Sede, Dott. João da Rocha Páris.
Orario di apertura: 31 Gennaio 2007 – 27 Febbraio 2008;
da Mercoledì a Domenica, dalle ore 16:00 alle ore 20:00



lunedì 17 dicembre 2007

Comentários a "O Leão da Estrela"



Anastácio, homem de condição modesta, pai de Jujú e Branca, é um adepto do Sporting e quer ir ao Porto ver o desafio entre o seu clube de futebol e o clube do Porto.
Com o namorado de Rosa, a empregada, parte de carro com toda a família e fica em casa da família Barata, que é rica e cujo filho se enamora de Branca.
Durante a estadia, Anastácio faz crer à família Barata que é da mesma condição social.
Mas tudo se complica, quando Barata lhe anuncia uma visita a Lisboa.

Laure Cavaniè
(CLA - Roma Tre - 1º nível)

Uma subtil crítica aos homens... O protagonista é o típico homem que perde a cabeça pelo futebol; o motorista anda atrás de todas as raparigas; o portuense perde-se em clubes nocturnos.
As mulheres, pelo contrário, são figuras positivas: indulgentes e infinitamente ingénuas as mães; as criadas, activas e solidárias; Branca é pura e honesta e Jujú (o verdadeiro motor da história) é manhosa e decidida – com a sua conduta fina e audaciosa encara os problemas de maneira directa e resolve-os tirando o pai de todas as dificuldades...
Danilo Vitali
(IPSAR, 1º nível)


O Leão da Estrela é uma comédia de enganos e de mentiras, típica dos filmes dos anos quarenta. A mensagem final é que as mentiras ganham sempre, no filme como na vida.

Rocco Costantino
(IPSAR, 2° nivel)

Na estrutura do filme, muito simples, sente-se que foi produzido nos anos ’40, com ditadura e censura. A finalidade é divertir, mostrar pessoas felizes e não pôr perguntas. Mas quem é na realidade o Comandante Salvador? Porque é que prepara um projecto secreto?
Germana
(IPSAR, 2° nivel)

Portugal e a China de Yongzheng por Mariagrazia Russo


A lusitanista Mariagrazia Russo, investigadora da Universià «La Tuscia» de Viterbo e professora, no mesmo ateneu, de Filologia e Linguistica Romanze e de Lingua e traduzione portoghese e brasiliana apresenta em Lisboa, amanhã, dia 18 de Dezembro, o segundo volume da obra A Embaixada de D. João V de Portugal ao Imperador Yongzheng, da China (1725-1728).

Esta importante monografia histórica, que documenta as relações diplomáticas e culturais entre o extremo ocidental da Europa e o longínquo Oriente na primeira metade do século XVIII (recorde-se que o Imperador Yongzheng reinou entre 1723 e 1735), é coordenada por António Vasconcelos de Saldanha e publicada pela Fundação Oriente. A tradução e notas chinesas são de Jin Guo Ping.

O primeiro volume, publicado em 2005, compilava documentos inéditos da Biblioteca Apostolica Vaticana e da Biblioteca Nazionale Centrale "Vittorio Emanuele II" de Roma sobre a viagem de regresso à China do Padre António de Magalhães e a embaixada portuguesa de Alexandre Metelo de Sousa e Meneses.
O segundo, que ora vem a lume, junta ao primeiro outra documentação inédita, recolhida junto do Arquivo de Braga.

Por este trabalho de amplo fôlego (um total de cerca 700 páginas impressas) damos os nossos parabéns a Maria Grazia Russo e à Fundação Oriente, que apoia esta iniciativa.


MAIS sobre a Fundação Oriente:
http://www.foriente.pt/Pt/destaques.asp

venerdì 14 dicembre 2007

Giulia Lanciani distinguida com o "Premio Nazionale del Mare - 2007"





No passado dia 11 de Dezembro, a Professora Giulia Lanciani foi distinguida com o Prémio Nacional do Mar, na sua XIX edição.

Este prémio foi-lhe atribuído pelo Centro Internazionale Turismo Arte e Cultura com sede em Fiumicino (Roma), em colaboração com a Associazione Marinai d'Italia, como reconhecimento dos inúmeros contributos que a Docente de Literatura Portuguesa e Brasileira da Università degli Studi di Roma Tre para o estudo da epopeia marítima portuguesa.

Recordemos dois dos títulos recentemente publicados pela Professora Giulia Lanciani neste âmbito:

Morfologie del Viaggio. L'Avventura Marittima Portoghese

Nel 1488 Bartolomeu Dias torna in patria dopo aver doppiato l'estremità meridionale dell'Africa. Dieci anni dopo Vasco da Gama realizza il primo viaggio per mare che apre l'India all'Europa. L'evento rivoluzionerà la storia politica e culturale del Portogallo, paese ai margini del mondo, che sogna le meraviglie dell'oceano Indiano, in cui non cerca solo le spezie, i prodotti esotici, i ricchi tessuti di Cambaia, le porcellane e le sete cinesi, ma tutto il carico di miti che dall'antichità si è trasmesso nella cultura occidentale. Nel giro di pochi anni i portoghesi erigono il grande impero d'Oriente, che si spinge dall'estremo ovest di Ormuz all'estremo est di Malacca. L'improvviso dilatarsi dello spazio geografico conseguente alla scoperta e all'esplorazione dell'Oriente (e del Brasile), il contatto con civiltà diverse ed evolute da un lato, con la natura americana lussureggiante e sfarzosa dall'altro, producono una ricchissima letteratura di viaggi, destinata ad un pubblico eterogeneo, manoscritta o stampata in edizioni di lusso o in fascicoletti poveri, che si moltiplicano per soddisfare una curiosità e un'ansia di conoscenza che sembrano pervadere subitamente tutti gli strati della popolazione portoghese, e che trovano riflesso anche in opere letterarie di altro genere, come ad esempio nell'Auto da Índia di Gil Vicente e nei Lusiadi di Luís Vaz de Camões. Il viaggio costituisce appunto il centro teorico, il nodo problematico attorno al quale ruotano i vari capitoli del volume di Giulia Lanciani. Centro fisso e, insieme, mobile che si dilata in vari percorsi lungo i quali si snoda l'alternarsi degli eventi durante più di un secolo: dalla scoperta dell'«isola» Brasile, descritta da Pero Vaz de Caminha con i segni del meraviglioso attinti dalla tradizione, alla conquista dei mercati indiani, dai naufragi delle navi stivate di carichi preziosi alle devastanti marce dei superstiti nell'ostile terra dei cafri, dagli assalti dei corsari alle peregrinazioni nelle regioni del favoloso Catai, dalla sfida missionaria nel Nuovo Mondo allo spionaggio della Serenissima sui traffici dei portoghesi in Oriente, etc. etc. Un libro affascinante, dedicato a tutti gli escursionisti culturali che vogliano saperne di più sulla straordinaria avventura marittima, cinquecento anni fa, di un piccolo popolo confinato nell'estremo lembo d'Europa.


Viaggi e naufragi. Portoghesi sulla via delle Indie / Viagens e naufrágios. Portugueses na rota das Indias

Un contributo essenziale alla costituzione di una letteratura di viaggi è dato dalle avvincenti relazioni di naufragio di navi portoghesi che tra Cinque e Seicento salpavano da porti indiani stivate di carichi preziosi - spezie, gemme, splendidi panni di Cambaia - e che in vista del Capo di Buona Speranza venivano colte da furiose tempeste di cielo e di mare e finivano con lo schiantarsi contro le coste africane. La peregrinazione degli scampati in una terra ostile, abitata da 'barbare genti', è una lunga via crucis, ritmata ossessivamente da fame, sete, freddo notturno, calore diurno, agguati di fiere e di indigeni, stremante attraversamento di fiumi, valli, pantani, foreste. Drasticamente selezionati, in modo più o meno naturale, ben pochi sono coloro che giungono a salvazione. Sulla base delle loro testimonianze vengono redatti, in una prosa fiorita ed efficace, i resoconti delle sciagure patite dai vascelli portoghesi sulla nuova rotta per le Indie: testi affascinanti, che costituiscono la prima espressione di una letteratura tipicamente marinara.


Na mesma cerimónia foram galardoados outros personagens com actividade meritória nos campos da valorização, pesquisa, assitência e salvaguarda da vida humana no mar e atletas campiões em desportos náuticos:

Il premio viene assegnato ogni anno a persone, Comandi militari, Enti Pubblici o Privati che si sono distinti nel ramo dell'assistenza e salvaguardia della vita umana in mare, nella nautica, nella cantieristica, nella ricerca scientifica, nel lavoro marittimo e nell sport nautico e comunque in tutto ciò che riguarda il vivere, lavorare, valorizzare il mare e l'ambiente.





giovedì 13 dicembre 2007

Sábado: "O Leão da Estrela" na Roma Tre


Anastácio, homem modesto, pai de Jujú e Branca, é um ferrenho adepto do Sporting e quer ir ao Porto ver o desafio entre o seu clube e o clube da Invicta. Aproveita a oportunidade para poder ficar em casa da família Barata, que é rica e cujo o filho namora a sua filha Branca. Durante a estadia, Anastácio faz crer à família Barata que é da mesma condição social, possuindo bastantes bens e dinheiro. Mas tudo se complica, quando é Barata que lhe anuncia uma visita a Lisboa.




O Leão da Estrela (...) é uma espécie de super-Arthur Duarte em tudo: o bairro, o Homem das Arábias-António Silva, leão ferrenho, o novo-riquismo do comerciante portuense Erico Braga - portista convicto -, o toque desportivo do Porto-Sporting, mas insinuando-se sob as imagens, perfeitamente claro, o tema da rivalidade Lisboa-Porto, que Arthur Duarte, um tanto simbolicamente, resolve com um casamento entre a solidez portuense (o engenheiro Curado Ribeiro) e a garridice lisboeta (a bonita Maria Eugénia).
As proezas de António Silva são aqui extraodinárias (...) mas o conjunto, a trama secundária, não atinge plano de relevo, salvo a frescura de interpretação de Laura Alves e Artur Agostinho, a criada e o motorista apaixonados. (...)


Luís de Pina, in História do Cinema Português, ed. Europa-América, col. Saber, 1991.
nota publicada em:

venerdì 7 dicembre 2007

Pintura da ausência em Santo António dos Portugueses


Na próxima terça-feira, dia 11 de Dezembro, às 18h30, será inaugurada na galeria do Instituto Português de Santo António em Roma (Via dei Portoghesi, 6) a exposição de pintura da artista napolitana Giovanna Noia, intitulada Assenze - Ausências.


À inauguração presidirá o senhor Embaixador de Portugal junto da Santa Sé, Dr. João da Rocha Páris.


A exposição será patente a público, de quarta-feira a domingo, entre as 16h00 e as 20h00.




Per la seconda volta presente nello spazio della galleria d’arte di Sant’Antonio dei Portoghesi (Arte per l’Africa, 2006), Giovanna Noia (Napoli, 1970) ha iniziato a disegnare all’età di 2 anni, ma nell’universo della sua creatività artistica s’incrociano, con la pittura, anche la musica e la poesia.


Le opere che ora ci propone appartengono alle serie delle ‘Infanzie’ e delle ‘Assenze’.
Sembrano scritte per lei le parole di Melania Mazzucco - “era attratto dalle cose deboli, ferite. (…) La sterminata schiera degli offesi: avrebbe voluto salvarli tutti. Non potendo, li dipingeva.”



Mais sobre Giovanna Noia:

O Natal de Agustina Bessa-Luís


Nas vésperas da sua partida de Roma em fim de missão, o Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal junto do Estado Italiano, Dr. João Nuno Alçada, enviou-nos em circular este excerto de Agustina Bessa-Luís, traduzido em Italiano e relativo à quadra natalícia que se avizinha. Achámos oportuno, pois, publicá-lo.




Ah, chi non ha ascoltato la messa del mattino nel Monastero di Travanca, in quel vecchio tempo del Natale! […] La pietra era fredda, l’atrio era freddo; il sole illuminava soltanto i bordi del cimitero, tutto chiuso da lapidi con iscrizioni nere. Ma a me tutto sembrava d’oro, promettente, giovane come il sole che se ne stava al riparo, colorando di luce i “conchilhos” e le bacche morte del sambuco. Non usava adornare la casa con cedri e cardi e spighe dipinte. Si raccontavano delle storie, con quella feconda lentezza orientale, venuta dalla Mecca o da Arzila. Tra i capelli delle donne curve sul camino, io vedevo risplendere la piccola fiamma ovale, come se una lingua di fuoco discendesse su di loro. Servi e balie, tutti avevano questo segno distintivo dello Spirito Santo.


A volte, nelle ore della più profonda e più gradita solitudine, io mi intrattengo in quel Natale oscuro, delicato, popolato da gente coraggiosa e indifferente alla felicità. E penso che mi abbiano trasmesso un poco di quel sapere di maghi, simboleggiato dall’ oro, dall’ incenso e dalla mirra. L’oro fu la grande forza motrice del volere, l’incenso la conversione della morte in lode, la mirra rappresentò l’onore di possedere la terra e di liberarsene senza orgoglio, né tristezza, ed anche senza oblio.

Agustina Bessa-Luís in A Alegria do Mundo




Mais sobre Agustina Bessa-Luís:



Embaixada de Portugal junto do Estado Italiano:

mercoledì 5 dicembre 2007

Tradução de Fernando Namora


Uma aluna de Português, Ivana Bartolini, apresentou-nos a tradução deste poema de Fernando Namora:


Intimidade

Que ninguém hoje me diga nada.

Que ninguém venha abrir a minha mágoa,

esta dor sem nome

que eu desconheço donde vem

e o que me diz.

É mágoa.

Talvez seja um começo de amor.

Talvez, de novo, a dor e a euforia de ter vindo ao mundo.

Pode ser tudo isso, ou nada disso.

Mas não afirmo.

As palavras viriam revelar-me tudo.

E eu prefiro esta angústia de não saber de quê.





Fernando Namora




Intimità

Che nessuno oggi mi dica nulla.

Che nessuno venga a risvegliare la mia pena,

questo dolore senza nome

che non so da dove viene

né quello che mi dice.

È pena.

Che sia forse l’inizio di un amore.

Che sia nuovamente un dolore e l’euforia di essere venuto al mondo.

Può essere tutto questo, o niente di tutto questo.

Ma non sono sicuro.

Le parole verranno per rivelarmelo.

E preferisco questa angustia di non sapere che cos’è.




Tradução: Ivana Bartolini






Mais sobre Fernando Namora:

Comentários ao filme "Aldeia da Roupa Branca"






Gracinda, uma lavadeira, vive com o padrinho Jacinto e têm um negócio, que trata de lavar a roupa dos habitantes de Lisboa...

Marta Mantegazza (1º nível)




A cena mais divertida é aquela das bandas musicais, que no início tocam e depois batem-se e envolvem toda a gente da aldeia...

Simona Capanna (1º nível)




A protagonista é a Gracinda, que se ocupa da manutenção da quinta e também do modo para não se submeter ao poder da Viúva. O filme confirma-nos como perto de um homem de sucesso e poder sempre existe uma mulher que o apoia e lhe dá força.

Elisa Capparucci (2º nível)




Gostoso filme de um Portugal que não existe mais. Um retrato afectuoso de um mundo simples, barulhento, manhoso, mas fundamentadamente bom. A recitação dos actores é fortemente amaneirada, as imagens oleográficas, a Viúva Vitorina feia como a fome!

Danilo Vitali (IPSAR, 1º nível)




Achei esta comédia muito interessante porque tinha um tema tipicamente português: a vida dos saloios, cuja actividade principal consistia ou no cultvo da hortaliça ou no lavar da roupa dos lisboetas.

Costanza Pediconi (aluna externa)




Música inicial no YOUTUBE:

Doutoramento "honoris causa" de Eduardo Lourenço em Bolonha



(artigo publicado no site do Instituto Camões:




Eduardo Lourenço vai ser distinguido "honoris causa" com o título de doutor em Literaturas e Filologias Europeias pela Universidade de Bolonha, a 4 de Dezembro, pelas 17 horas, em cerimónia solene presidida pelo Reitor da Universidade de Bolonha, Pier Ugo Calzolari.
A atribuição do título coincidirá com a inauguração naquela universidade da Cátedra Eduardo Lourenço de História da Cultura Portuguesa, patrocinada pelo Instituto Camões, e que funcionará a partir deste ano lectivo na Faculdade de Línguas e Literaturas Estrangeiras. Margarida Calafate Ribeiro, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, será a professora responsável pela nova cátedra.
A distinção - a mais alta que a Universidade de Bolonha pode conceder - foi aprovada por unanimidade em 2006 pela Faculdade de Línguas e Literaturas Estrangeiras da Universidade, dirigida por Alberto Destro, a partir da proposta apresentada pelo professor proponente, Roberto Vecchi, responsável pela cátedra de Literatura Portuguesa da mesma Universidade. Posteriormente, em Agosto de 2007, o ministro do Ensino Superior italiano, Fabio Mussi, aprovou a concessão do título ao ensaísta, professor universitário, filósofo e intelectual português.
Bolonha, a mais antiga Universidade europeia, fundada em 1088, já conta, entre os seus doutores eminentes, com figuras portuguesas. Em 1989, por ocasião das manifestações do IX centenário da fundação da Universidade, recebeu o título o então Presidente da República Portuguesa, Mário Soares, que estará presente na cerimónia. Serão ainda convidados a participar no evento, a Presidente do Instituto Camões, Simonetta Luz Afonso, o Embaixador de Portugal em Itália, Vasco Valente, o Reitor da Universidade de Coimbra, Fernando Seabra Santos, e o Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Emílio Rui Vilar.
No dia seguinte à cerimónia, a 5 de Dezembro, na Presidência da Faculdade de Língua e Literatura Estrangeiras da Universidade de Bolonha terá lugar um simpósio onde, além da assinatura do protocolo de cooperação entre o IC e a Universidade de Bolonha, Eduardo Lourenço proferirá uma lição inaugural. Em seguida, Margarida Calafate Ribeiro e Roberto Mulinacci, Vincenzo Russo e Roberto Vecchi, professores da Universidade de Bolonha, debaterão o tema «Labirintos, saudades e destinos: reconfigurando a cultura portuguesa».





MAIS sobre Eduardo Lourenço:


Depoimento de Eduardo Lourenço sobre o "Plano Nacional de Leitura":

martedì 4 dicembre 2007

Joaquim dos Santos em Roma


Amanhã, quarta-feira, 5 de Dezembro de 2007, às 21h00, terá lugar na Igreja nacional de Santo António dos Portugueses, um dos encontros musicais mais importantes e mais esperados do ano: o concerto coral-sinfónico da Imaculada Conceição, que contará este ano com um programa bastante eclético.

A Orquestra Sinfónica Tiberina e o Coro de Santo António dos Portugueses, dirigidos pelo Maestro Massimo Scapin, irão executar o Concerto para Violoncelo e Orquestra de Joaquim dos Santos (1936), o Notturno op. 19, Andante cantabile op. postuma per violoncello e orchestra de PËTR ILIČ ČAJKOVSKIJ (1840-1893) e o ), Requiem in do minore per coro misto e orchestra de LUIGI CHERUBINI (1760-1842).




JOAQUIM Gonçalves DOS SANTOS

(Cabeceiras de Basto, Portugal, 1936)


Inizia gli studi musicali frequentando i Seminari di Braga con il compositore e maestro Manuel Faria, componendo a questo punto dei suoi studi vari cantici per coro ed organo. Dopo aver preso i voti è nominato professore di musica nel Seminario di Filosofia di Braga, frequentando, nel Conservatorio della città , tra gli altri, i corsi di Composizione, Canto e Solfeggio.
Nel 1963 parte per Roma, sostenendo inizialmente tutte le spese e ottenendo nello stesso anno una borsa di studio dallo Stato Italiano. Subito dopo, nel 1964, fino alla fine della Laurea, nel 1969 riceve un’altra borsa di studio dalla Fondazione Calouste Gulbenkian.
Consegue la laurea in Canto Gregoriano e Composizione, e il Diploma Complementare di Organo dal Pontifício Instituto di Musica Sacra di Roma. Nel 1965 si reca in Germania, con un viaggio offerto come premio per le sue composizioni, (varie per organo, piano e violino e due pianoforti e coro), realizzate in concerti nelle sale del Pontifício Istituto di Musica Sacra. Conclude, ancora, il Corso di Direzione e Interpretazione Polifonica al Conservatório di Santa Cecília di Roma.
Tornato in Portogallo esercita la sua attività musicale presso il Seminário Conciliar de Braga, e in seguito nel Colégio Arquidiocesano de Cabeceiras de Basto, e ancora in varie scuole dello Stato, e nella Escola Superior de Fafe, orientando, in questo periodo, molti corsi di specializzazione di Professori di Educazione Musicale.
Alla morte del compositore e maestro Manuel Faria nel 1983, é invitato ad insegnare Storia della Musica all’Instituto Superior de Teologia de Braga, e Composizione, Pianoforte e Organo nel Seminario.
Nello stesso periodo, viene scelto tra gli allievi di Manuel Faria, per completare parte della sua opera: 12 Antifone e Salmi (Coro e Organo), e realizzare il grande sogno del suo maestro – l’orchestrazione della sua Messa in Onore della Madonna di Fatima, (l’originale é per coro e organo). La prima esibizione, in versione orchestrale, avviene il13 Aprile 1984, nella città di Braga.
La sua produzione é abbondante e variata, e viene a toccare i vari settori dell’arte musicale, dalla raccolta e armonia delle canzoni popolari, alle canzoni didattiche per pianoforte e/o instrumentarium Orff, composizioni per banda, coro e banda, musica da camera, fino alla musica sinfonica e sinfonico-corale.
Una speciale menzione meritano le ultime creazioni: Roma Eterna, sinfonia per orchestra; Passio et Mors D.N.J.C. Secundum Lucam, oratorio per 5 solisti, coro e orchestra; Laudes Creaturarum, cantata para barítono e orchestra; concertos para piano e orchestra, violino e orchestra; Prologus per solo piano; Capriccio e Pequena Fantasia per marimba e organo; Sinfonia do Silêncio para baritono, violino e organo, tra le altre che non è possibile citare integralmente.
Compositore identificato con l’estetica del suo tempo, la sua opera rivela influenze dei compositori M. Ravel, B. Britten, I. Stravinsky, F. Martin e K. Penderecki.
Le sue opere, oltre ai concerti realizzati in Portogallo, hanno avuto ampia diffusione soprattutto all’estero.
Gli è stata attribuita la medaglia d’oro di onore al merito, ed é membro onorario della Associação Portuguesa Amigos do Organo.



Nuno Costa, 2005

lunedì 3 dicembre 2007

A importância da Imaculada em Portugal




Imaculada Conceição, Padroeira e Rainha de Portugal
A Imaculada Conceição, celebrada pela Igreja Católica a 8 de Dezembro, é o dogma que afirma que Maria foi preservada do pecado desde o primeiro momento da sua existência, dada a sua vocação de Mãe do Filho de Deus que se fez homem.



Este dogma está intimamente ligado à história de Portugal, porquanto a 25 de Março de 1646 D. João IV, à vista da imagem da Imaculada no seu Santuário de Vila Viçosa (Alentejo, Portugal) e como agradecimento da vitória na guerra da Restauração da Independência, a proclamou padroeira e rainha de Portugal, tendo sido desde então representada com a coroa real na cabeça.



Recorde-se que D. João IV protagonizou o golpe que libertou o país de 60 anos de domínio espanhol, a 1 de Dezembro de 1640, e quando a 15 de Dezembro foi coroado rei de Portugal (o primeiro da Dinastia de Bragança), foi o último monarca Português a usar a coroa, oferecida seis anos depois à Virgem.





Na igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, ambiente estranho a esta tradição nacional, a magnífica tela de Giacomo Zoboli (1681-1767) não a Virgem com os atributos reais lusitanos, apesar da obra ter sido encomendada pelo Embaixador Manuel Pereira de Sampaio, como retábulo do altar da sua capela, desenhada por Luigi Vanvitelli e adornada com estátuas de Filippo Della Valle.

venerdì 30 novembre 2007

Cecilia Bartoli e Inês de Castro









É conhecida a importância do mito de Inês de Castro em Itália, sobretudo através da leitura de Os Lusíadas de Luís de Camões. Dele nos falara já Henrique Chaves em O Mito de Camões em Itália (Lisboa, Edições Colibri, 2001), acerca da enorme fortuna do Poeta nos autores italianos, sobretudo em Oitocentos.


Escreve Cândido Martins a propósito:
Centrado sobre o séc. XIX, o estudo do largo processo da fortuna camoniana começa com as traduções e edições da sua obra; prolonga-se nas biografias e no discurso crítico sobre Camões; desenvolve-se na escolha do mito de Inês de Castro e na sua reinterpretação; afirma-se, enfim, na preferência, para a escrita dramática e melodramática, do tema larmoyant do heróico poeta-soldado português, abandonado, incompreendido e infeliz.


Mais sobre Inês de Castro:
http://pt.wikipedia.org/wiki/In%C3%AAs_de_Castro

Mais sobre Luís de Camões:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Vaz_de_Cam%C3%B5es


Uma das expressões públicas deste interesse foi a produção dramática e lírica que girou em torno do mito da Castro. De facto, Salvatore Cammarano escreveu o libretto para a ópera de Giuseppe Persiani, Inês de Castro. Por sua vez, a obra foi escrita propositadamente para a grande estrela do bel-canto do início do século XIX: Maria Malibran.

Recentemente a mezzo-soprano italiana Cecilia Bartoli editou um novo álbum intitulado “Maria”, homenagem justamente a Maria Malibran, em que recupera uma área da ópera inspirada naquela “que depois de morta foi Rainha”.




L’Inês de Castro di Giuseppe Persiani (1799–1869), fu anch’essa composta a Napoli espressamente per Maria, nel 1835, su commissione del Teatro San Carlo. Nelle sue fosche e tragiche tinte si avvicina alle opere più truculente di Donizetti, la cui Lucia oggi resta praticamente l’unico esemplare sopravvissuto, nel repertorio moderno, di una categoria un tempo popolarissima. Sia il libretto della Inês de Castro che quello della Lucia di Lammermoor furono stesi da Salvatore Cammarano, il quale anni dopo avrebbe scritto altri libretti caratterizzati da trame non meno tortuose, quali la Luisa Miller (1849) e Il trovatore (1853) di Verdi.


La Romanza di Ines, “Cari giorni” con il suo semplice accompagnamento di arpa e il carattere intimo della sua melodia appartiene ai più sublimi punti culminanti di quest’opera. La triste atmosfera della prigione, che fa da sfondo alla voce piena di nostalgia, viene ritratta con colori commoventi realizzati con la magica sonorità di un’arpa dell’epoca. Uno dei rari momenti di quiete, questa Romanza è in pieno contrasto con la terribile vicenda che culmina, nell’Atto terzo, nella grande scena della follia di Ines, un recitativo accompagnato, e nella scena della sua morte straziante a seguito dell’avvelenamento.
Tra le opere concepite espressamente per Maria, la Inês de Castro fu quella coronata da maggiore successo; fu l’unica, inoltre, a poter vantare diverse nuove messe in scena in Europa fino alla metà dell’Ottocento. Maria stessa cantò l’opera ancora una volta, nell’agosto 1835, a Lucca.






Para ouvir a romanza "Cari Giorni":



Cecilia Bartoli no Youtube:

Max Wayne: fotógrafo português em Roma



Já presente na galeria do Instituto Português de Santo António em Roma, o jovem artista português Max Wayne, expõe agora os seus retratos na Accademia del Gioiello.




New Street Scenes
Portrays



ROMA , 1 Dicembre dalle ore 18.00 alle 23.00
ACCADEMIA DEL GIOIELLO, Via dei mille 35.



Parte della collettiva EL DORADO/HELLDORADO,
Happening a cura del gruppo Manufactory.



Verranno esposti 11 lavori tra ritratti e paesaggi urbani realizzati su pellicola 35mm, stampati per questa occasione su una misura mirata all'installazione su i banchi originali di lavoro.
Circondati da strumenti d'orificieria arrivano I luoghi di ripresa spaziano da Lisbona a Roma, Barcellona e Londra dando priorità alla luce invernale.

1º de Dezembro: dia da Restauração da Independência




Dá-se o nome de Restauração ao regresso de Portugal à sua completa independência em relação a Castela em 1640, depois de sessenta anos de regime de monarquia dualista (1580-1640) em que as coroas dos dois países couberam ambas a Filipe II, Filipe III e Filipe IV de Castela.
Nos anos imediatamente anteriores a 1640 começou a intensificar-se o descontentamento em relação ao regime dualista em parte dos membros da classe aristocrática, dos eclesiásticos (principalmente os jesuítas, que exploraram nesse sentido as crenças sebastianistas – e, em geral, «encobertistas») e acaso também entre os interessados no comércio com as províncias ultramarinas do Atlântico. (…) A má administração do governo espanhol constituía uma grande causa de insatisfação dos Portugueses em relação à união com Castela. Dessa má administração provinha o agravamento dos impostos. (…)

Num escrito editado em 1641, sob o título Relação de tudo o que se passou na felice aclamação, declara-se que D. António de Mascarenhas «fora a Évora a amoestar aos cabeças daquela parcialidade que não desistissem do começado e que, para que a empresa tivesse bom sucesso, pedissem amparo à Casa de Bragança». Era no duque, com efeito, que se pensava para chefe da insurreição e futuro monarca de Portugal independente; mas ele não achava oportuno o momento para tão grande aventura, e tratou de dar provas públicas de que reprovava a ideia. É de notar, todavia, que aos incitamentos internos se acrescentava um exterior, provindo da França, (…) então em luta com a Espanha, que se empenhava em impelir Portugal e a Catalunha contra o governo de Madrid. (…)

Por fim, marcou-se o momento de sublevação: 9 horas da manhã de sábado, 1.º de Dezembro. (…) O dia 1.º de Dezembro amanheceu de atmosfera clara e muito serena. Tinham-se os conjurados confessado e comungado, e alguns deles fizeram testamento. Antes das 9 horas foram convergindo para o Terreiro do Paço os fidalgos e os populares que o padre Nicolau da Maia aliciara. Soadas as nove horas, dirigiram-se os fidalgos para a escadaria e subiram por ela a toda a pressa. Um grupo especial, composto por Jorge de Melo, Estêvão da Cunha, António de Melo, padre Nicolau da Maia e alguns populares, tinha por objectivo assaltar o forte contíguo ao palácio e dominar a guarnição castelhana, apenas os que deveriam investir no paço iniciassem o seu ataque. Estes rapidamente venceram a resistência dos alabardeiros que acudiram ao perigo e D. Miguel de Almeida assomou a uma varanda de onde falou ao povo. Estava restaurada a independência…



In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Editorial Enciclopédia, Limitada, Vol. 25, Lisboa/Rio de Janeiro, 1978, pp. 317-319.

Giulia Lanciani no júri do Prémio Mondello




A 33ª edição do célebre prémio literário siciliano teve lugar no final da semana passada, em Palermo, contando com a presença da Professora Giulia Lanciani.

Comemorando os 50 anos da morte de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, foi organizado paralelamente um convénio cujo tema foi Tradurre il Gattopardo? Giuseppe Tomasi di Lampedusa cinquant’anni dopo (23.11), ao qual a Professora Lanciani levou notícias acerca das traduções portuguesas do livro – a primeira das quais, quase imediata à sua publicação póstuma, data do início dos anos 60 e foi feita por Rui Cabeçadas.

http://opac.porbase.org/ipac20/ipac.jsp?session=G19641B8491S1.326745&menu=search&aspect=search_basic&npp=20&ipp=20&profile=tipo-nac&ri=&index=.GW&term=Cabe%C3%A7adas+Gattopardo&aspect=search_basic#focus

Mais recentemente a obra teve uma nova tradução de Maria Jorge Vilar de Figueiredo:

http://opac.porbase.org/ipac20/ipac.jsp?session=G19641B8491S1.326745&menu=search&aspect=search_basic&npp=20&ipp=20&profile=tipo-nac&ri=1&source=192.168.0.17@%21porbase&index=.GW&term=Figueiredo+Gattopardo&aspect=search_basic#focus


A cerimónia da atribuição dos prémios fez-se no da seguinte, sábado 24. Foi galardoado como “Opera Prima” o livro Freni do escritor Paolo Fallai, apresentado pela Professora Lanciani.
http://it.wikipedia.org/wiki/Paolo_Fallai


Informação completa em:
http://www.initaliaonline.com/articolo-37453.html

mercoledì 28 novembre 2007

Comentários a "O Grande Elias"


Eis alguns comentários ao filme O Grande Elias, deixados por alunas de Português da Roma Tre:



O filme trata de uma história de amor e de uma família portuguesa em crise (…) que sobrevive graças às quantias avultadas de dinheiro que uma tia envia do Brasil.

Marta Mantegazza (1º nível)



(…) em particular gosto muito do Miguel: ele sacrifica-se por amor de Anita e ajuda a família dela na récita com a tia Adriana. Hoje não existem homens como ele!

Simona Capanna (1º nível)



(...) mesmo sendo um filme de 1950 a preto e branco, a sua trama é jovial (...) essa mistura de mentiras e amor acaba com um final feliz. A verdade vem sempre premiada.

Elisa Capparucci (2º nível)



O filme é muito bom: cómico mas com um sentido profundo, porque mostra como, mais cedo ou mais tarde, vem a descobrir-se a verdade. E mostra como por amor as pessoas perdoam as outras.

Alessia Clementi (2º nível)


Os actores eram formidáveis, dado que conseguiam interpretar os próprios personagens com duas personalidades diferentes ao mesmo tempo.

Costanza Pediconi (aluna externa)

Cinema Português ao Sábado



Depois da projecção, no passado sábado dia 10 de Novembro, do filme O grande Elias (1950, Arthur Duarte) com António Silva, Ribeirinho, Milú, Cremilde de Oliveira, Estevão Amarante e Maria Olguim, o ciclo "Cinema Português a preto e branco" prossegue nos próximos dias com as sessões:


- Sábado, 1 de Dezembro, Aldeia da Roupa Branca


- Sábado, 15 de Dezembro, O Leão da Estrela


O programa realiza-se na Aula 21 do edifício da Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade dos Estudos de Roma Tre, (via Ostiense, 234) nos dias indicados, entre as 10h00 e as 12h00.

O ingresso é gratuito.

As sessões são seguidas de um pequeno debate, e os alunos que participam são convidados a escrever um comentário à sessão. Os melhores comentários serão publicados neste blog.

Actividades de Dezembro do IPSAR


Instituto Português de Santo António em Roma


Mês de Dezembro



Mercoledì 5 Dicembre 21:00 - Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi
Concerto dell’Immacolata


JOAQUIM DOS SANTOS (1936), Concerto per violoncello e orchestra
PËTR ILIČ ČAJKOVSKIJ (1840-1893) Notturno op. 19, Andante cantabile op. postuma per violoncello e orchestra
LUIGI CHERUBINI (1760-1842), Requiem in do minore per coro misto e orchestra

ORCHESTRA SINFONICA TIBERINA - CORO DI SANT'ANTONIO DEI PORTOGHESI
CORO DELLA SCUOLA POPOLARE DI MUSICA DI TESTACCIO
(Maestro, Renzo Renzi)
Violoncello, Simonpietro Cussino
Direttore, Massimo Scapin



Sabato 8 Dicembre, ore 17:00 - Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi
Immacolata Concezione, Patrona del Portogallo


Santa Messa
presieduta dal Rev. D. José Manuel Garcia Cordeiro
Rettore del Pontificio Collegio Portoghese




Domenica 9 Dicembre, ore 19:30 - Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi
CONCERTO


Arcangelo Corelli (1653-1713): "Concerto di Natale" in sol min. n.8 op.6
Vivace-Grave
Allegro
Adagio-Allegro-Adagio
Vivace
Allegro
Largo. Pastorale ad libitum
Antonio Vivaldi (1678-1741): Concerto in la min. RV 440 per flauto, archi e b.c.
Allegro non molto
Larghetto
Allegro
Tommaso Albinoni (1671-1750): Sonata in Do Maggiore Op. 2 n.2
Largo
Allegro
Grave
Allegro
Antonio Vivaldi: Concerto in Do Maggiore RV 533 per 2 flauti, archi e b.c.
Allegro molto
Largo
Allegro
Francesco Geminiani (1687-1762) : "Follia" in re min. per archi e b.c.
Antonio Vivaldi: Concerto in Sol min. Op. 10 n. 2 "La Notte" per flauto, archi e b.c.
Largo
Fantasmi, presto
Largo
Presto
Il Sonno, largo
Allegro
Antonio Vivaldi: Concerto in Re min. Op. III n. 11 (L' Estro Armonico)
Allegro
Adagio e spiccato
Allegro
Largo e spiccato
Allegro

ACCADEMIA OTTOBONI
Flauti: Manuel Granatiero Laura Colucci
Violini: Giorgio Sasso, Gabriele Politi, David Simonacci, Pietro Meldolesi, Paolo Perrone, Alberto Caponi
Viola: Teresa Ceccato
Violoncello: Diego Roncalli
Violone: Luca Cola
Clavicembalo e Organo: Yu Yashima




Martedì 11 Dicembre, ore 18:30 - Galleria dell’Istituto in Via dei Portoghesi, 6
Inaugurazione della Mostra di pittura
“ASSENZE”
di Giovanna Noia


Presiederà S. E. l ’Ambasciatore del Portogallo presso la Santa Sede, Dott. João da Rocha Páris.
Orario di apertura: 11 Dicembre 2007 – 6 Gennaio 2008; da Mercoledì a Domenica, dalle ore 16:00 alle ore 20:00




Domenica 16 Dicembre, ore 19:30 - Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi
CONCERTO
Cancionero musical di Gaspar Fernandes
“Musica per il Natale”
Programma:
Díos mío
Nací tamborilero
Christus natus
Turu lo neglo
Ad te suspiramus
Tañe Gil
Jesós de mi gorazón
As divinas perlinhas
Toquen as sonajas
Cachua


Ensemble Mare Nostrum

Nora Tabbush, soprano
Ilaria Patassini, soprano
Pablo Cassiba, tenore
Mauro Borgioni, basso

Roberto De Santis, viola da gamba
Annamaria Gentile, viola da gamba
Diana Fazzini, viola da gamba
Quito Gato, chitarra barocca, arciliuto, percussioni

Andrea De Carlo, viola da gamba e direzione

lunedì 26 novembre 2007

Convénio Antinori em Camerino



Na "sala della Muta" do Palácio Ducal de Camerino, teve lugar este sábado, 24 de Novembro, um convénio sobre a figura do arquitecto camerte Giovanni Antinori, organizado pela Ordem dos Arquitectos da Província de Macerata.


A organização contou com o Presidente da Ordem dos Arquitectos, Prof. Enzo Fusari, com o Arq. Luca Maria Cristina e com a Arq.ª Valeria Giontella.


Participaram a Prof.ª Angela Cipriani da Academia Nacional de S. Lucas, a Dr.ª Sabina Carbonara Pompei da Faculdade de Arquitectura Valle Giulia, Dr. Francisco de Almeida Dias do Instituto Português de Santo António em Roma, a Dr.ª Carla Benocci da Superintendência dos Monumentos de Roma, Monsenhor Sandro Corradini do Pio Sodalizio dei Piceni em Roma, o Prof. Enzo Bonacucina do Instituto "Giovanni Antinori", os Professores Francesco Quinterio e Pierluigi Falasca da Universidade de Camerino, o Dr. Pierluigi Moriconi do Arquivo de Estado e a Dr.ª Daniela Mosconi. Os trabalhos foram moderados pelo Arq. Giovanni Marucci.


De Portugal veio o Professor Pedro Marques de Abreu, da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, fazenr uma interessante comunicação sobre a "Arquitectura do Iluminismo em Portugal".


Os trabalhos académicos não teriam podido terminar de melhor maneira: um concerto de fado na galeria do Castelo de Lanciano (Câmara de Castelraimondo), em que se puderam ouvir temas tradicionais e modernos pelo famoso guitarrista Marco Poeta, e uma visita à residência principesca, guiada pelo director do museu aí instalado, e que bem ilustrou o contributo de Giovanni Antinori no seu restauro setecentista.



Notícia completa sobre o convénio:



Texto de Luca Maria Crstini sobre o "Projecto Antinori":



Notícia sobre o concerto de Fado no Castelo de Lanciano:



Fotografias Convénio Antinori











Fotografias de alguns dos participantes no convénio que se realizou sábado, 24 de Novembro, em Camerino:

Arch. Giovanni Marucci,

Arch. Luca Maria Cristini,

Prof. Angela Cipriani,

Prof. Pedro Marques de Abreu,

Dott. Carla Benocci,

Mons. Sandro Corradini,

Prof. Enzo Bonacucina,

Prof. Pierluigi Falaschi,

Dott. Pierluigi Moriconi.

mercoledì 21 novembre 2007

Dulce Pontes e Ennio Morricone em Roma


Ontem à noite, terça-feira 2o de Novembro, teve lugar na Aula Paolo VI, no Vaticano, o espectáculo "La luce dei Bambini" - concerto de beneficência do Hospital Pediátrico Bambino Gesù, sob o patrocínio do Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Papa Bento XVI.


http://209.85.135.104/search?q=cache:Yhc_82Vak_IJ:www.ospedalebambinogesu.it/portale/opbg.asp%3FIDitem%3D3534+%22la+luce+dei+bambini%22+%22dulce+pontes%22&hl=it&ct=clnk&cd=3


Depois da execução dos hinos pontifício e italiano, a Banda dell'Arma dei Carabinieri interpretou alguns temas clássicos, introduzindo assim o Maestro Ennio Morricone, que dirigiu a orquestra Roma Sinfonietta, o Coro Claudio Casini da Universidade de Tor Vergata e o Coro Lírico Sinfónico Romano.

Como voz solista foi convidada uma das cantoras portuguesas mais conhecidas internacionalmente: Dulce Pontes.

A intensidade e a graça com que interpretou os temas de La luz prodigiosa, Sacco e Vanzetti e Sostiene Pereira emocionaram as centenas de espectadores presentes.
As nossas saudações àquela que é talvez, depois de Amália Rodrigues, a maior voz e a melhor embaixadora da música portuguesa.


Mais sobre Dulce Pontes:
http://dulcepontes.net/site.php

A magnífica música de Sostiene Pereira: "A Brisa do Coração" - Dulce Pontes e Ennio Moricone em Varsóvia:http://www.youtube.com/watch?v=Kmh9GJVH7lk

O segredo a descobrir está fechado em nós
O tesouro brilha aqui embala o coração mas
Está escondido nas palavras e nas mãos ardentes
Na doçura de chorar nas carícias quentes
No brilho azul do ar uma gaivota
No mar branco de espuma sonoro
Curiosa espreita as velas cor de rosa
À procura do nosso tesouro
A brisa brinca como uma gazela
Sobre todo o branco e a rua do Ouro
Curiosa espreita a fenda da janela
A procura do nosso tesouro






lunedì 19 novembre 2007

Papa João XXI e o seu "Tesouro dos Pobres"


Amanhã, terça-feira 20 de Novembro, pelas 18h30, o Dr. Luca Pesante irá apresentar no Instituto Português de Santo António (Via dei Portoghesi, 2) um interessante livro cuja edição coordenou: Il tesoro dei poveri.


Trata-se de um receituário médico do século XIII, composto por Pedro Hispano, o único Papa português, que subiu ao trono pontifício com o nome de João XXI. Tendo falecido em Viterbo a Università degli Studi della Tuscia – Facoltà di Lingue e Letterature Straniere Moderne
em colaboração com o Instituto Camões criou há anos uma cátedra de lingua portuguesa com o seu nome.


Mais sobre Pedro Hispano em




Eis a recensão da obra:


In un connubio di umano e di divino, l’uomo del Medioevo lottava per capire le leggi che regolano il mondo e la vita. E quindi anche per superare la malattia. Più rivestiva un ruolo religioso, più si sentiva impegnato ad operare per migliorare la salute del malato. Come non poteva porsi il problema un uomo destinato a diventare Papa? Pietro Ispano, futuro Giovanni XXI, scrisse il Tesoro dei Poveri pensando di venire incontro alle necessità della povera gente, ritenendo il diritto alla salute un bene di tutti, anche di chi non poteva permettersi farmaci costosi. Ma lo “scienziato” medievale, un po’ teologo e un po’ medico, un po’ astrologo e un po’ giureconsulto, era teso a sintonizzarsi con il macrocosmo, dove più evidente era il peso delle energie divine ed astrali. Ne usciva un quadro culturale composito, che viveva sia della tradizione che delle fonti classiche, sia delle idee dei contemporanei che di spunti personali, un mix di rimedi terapeutici vegetali, minerali ed animali, finanche umani, che oggi possono farci sorridere, ma che nel bene e nel male rappresentano il substrato storico della nostra medicina. Le nocciole tritate con il grasso d’orso fanno ricrescere i capelli, il grasso di capra con il succo di porro restituisce l’udito,la pietra che chiamano magnete allontana la discordia tra marito e moglie, il succo di artemisia rompe i calcoli in modo straordinario, la resina di ginepro spalmata sul pene ne impedisce l’erezione,l’erba colombina portata tra i vestiti estingue la libidine: sono alcune delle indicazioni tratte dalle centinaia di ricette che si susseguono una dietro l’altra, per trovare un rimedio a tutto, in un viaggio insolito, attraverso le malattie fisiche e psichiche che affligono il corpo partendo dalla testa e arrivando ai piedi. Pietro Ispano, la nostra guida, ci accompagna tra le righe con il mirato intento di scacciarne le paure, ma soprattutto di suggerirci i rimedi più appropriati, basati sulla forza rigeneratrice della Natura. Il Tesoro dei Poveri (Thesaurus pauperum), perciò, è un compendio di ricette, buone sia per la caduta dei capelli che per la sterilità,l’impotenza, la febbre, le rughe, l’itterizia e a tutta una lunga serie di malattie. L’esposizione, fatta in modo sintetico, è mirata proprio all’applicazione pratica. Il fatto che vi compaiano rimedi piuttosto curiosi per il mondo scientifico di oggi, non sminuisce l’importanza storica del trattato e la sua importanza sul piano della pratica terapeutica, come dimostrano le numerose edizioni del trattato succedutesi fino all’Ottocento. Al contrario ne rende più piacevole la lettura, dal momento che apre uno squarcio su un mondo terapeutico ignoto, che per noi moderni si carica di magico.

Maravilhoso Pirandello, amigo de Portugal




Até ao próximo domingo, dia 25 de Novembro, estará em cena no Teatro Argentina a peça I Giganti della Montagna (Os Gigantes da Montanha) de Luigi Pirandello.


Grande trabalho encenado por Federico Tiezzi com as participações de Sandro Lombardi, Iaia Forte, Marion d’Amburgo, Massimo Verdastro, Silvio Castiglioni, Debora Zuin, Alessandro Schiavo, Ciro Masella, Clara Galante, Andrea Carabelli, Aleksandar Karlic. Nele concorrem ainda trabalho de luz e som, cenários e figurinos, num todo homogéneo de grande qualidade.

O texto, deixado incompleto pelo grande autor italiano, " è l’analisi incompiuta di tre condizioni dell’uomo: la pietosa finzione del sogno, l’utopia di voler portare la poesia per il mondo ed il nascere di una società di uomini orgogliosi e rozzi che negano qualsivoglia forma d’arte", nas palavras de Lucio De Angelis.


Pirandello foi, desde cedo, um autor muito amado em Portugal,.

Antes das traduções de Manuel Francisco do Nascimento (Pensão Vitalícia, 1940), de José Marinho (O falecido Matias Pascal,1945), de Graziella Saviotti Molinaria (Contos, 1947) e de todas as que se lhe seguiram foi a poetisa Fernada de Castro quem primeiro o traduziu, em 1925.
A peça Uma verdade para cada um foi apresentada no âmbito de uma tentativa de teatro de vanguarda em Lisboa, o "Teatro Novo", promovida por António Ferro, que marcou a estreia absoluta de Pirandello em Portugal, no foyer do Teatro da Trindade. A autora traduziu ainda A Volúpia da Honra, levada à cena no teatro nacional em Lisboa.

Fernanda de Castro (1900-1994), irá encontrar-se duas vezes com Pirandello, sempre graças a iniciativas de António Ferro: em 1933 no “I Congresso de Crítica Dramática e Musical” e mais tarde, em 1937, durante as celebrações que acompanharam a Exposição de Paris (1937) na Casa de Portugal - a que se refere a fotografia que aqui publicamos.

Fernanda de Castro recorda assim um eesses encontros:


“Nos tempos heróicos em que era preciso ter coragem, fantasia, imaginação, para substituir as verbas mais que modestas do SNI, António Ferro encontrara um meio relativamente barato para fazer conhecer Portugal no estrangeiro (…) convidava as pessoas-chave para visitar o nosso País, e dentro das nossas fronteiras ocupava-se delas, mostrava-lhes o que tínhamos de mais interessante para lhes mostrar, passeava-as através do País, organizava, ou conseguia que outros organizassem, festas típicas nas regiões diversas, e ao fim de alguns dias sentiam-se em casa e apetecia-lhes ficar mais tempo. Quando enfim partiam, eram já amigos íntimos de Portugal e, ao chegarem aos seus países, provavam-no escrevendo maravilhas nos seus respectivos jornais. Sei que ninguém vai acreditar, mas posso jurar que o SNI não pagou um único artigo das dezenas e dezenas que então apareceram em diversos jornais e revistas da Europa. Mas como foi possível? Perguntar-me-ão incrédulos. Simplesmente como eu disse (…) saber quem eram as pessoas-chave de então, estimá-las e ser estimado por elas (…) Como teria António Ferro conseguido levar à Casa de Portugal em Paris, quatro sextas-feiras consecutivas Colette, Pirandello, Maeterlinck e Paul Valéry? Pagando-lhes? Pelo amor de Deus, não haveria dinheiro que chegasse.”

( in Cartas para Além do Tempo, p.76)


Para saber mais sobre Fernanda de Castro ver:

Belíssimo artigo de Ana Marques Gastão no Diário de Notícias:




domenica 18 novembre 2007

Ainda Saramago...



Artigo de Isabel Lucas no Diário de Notícias de hoje:








"Eu amo-o." Os olhos azuis de Lisbeth Landefort iluminam-se e as mãos levantam-se em gesto de rendição. É o modo como esta austríaca, nascida em 1925 em Viena e radicada na Finlândia desde 1938, justifica a performance que vai trazer hoje a Lisboa para celebrar os 85 anos do escritor José Saramago. Lisbeth leu todos os livros de Saramago traduzidos em finlandês e sueco (a Finlândia é bilingue) e quando ouviu um disco da cravista Elina Mustonen com música de Domenico Scarlatti lembrou-se das páginas de Memorial do Convento em que o músico é personagem e as duas engendraram um espectáculo que conjugasse a música de Scarlatti com a escrita de Saramago. "Fizemos chegar o disco a José Saramago que respondeu pouco depois a dizer que tinha adorado", diz Elina.






Artigo completo em:






Nota:


O único retrato conhecido de Domenico Scarlatti encontra-se em Portugal, na Casa-Museu dos Patudos, em Alpiarça:


Música erudita na igreja nacional de Roma


Com uma importante tradição concertística desde há mais de dez anos, o Instituto Português de Santo António em Roma (http://www.ipsar.org/), que constitui, para além dos centros universitários, o único polo dinamizador de cultura portuguesa em Roma, recebeu ontem às 21 hora o Ensemble La Selva, num concerto intitulado Io canterei d’amore (attorno al madrigale diminuito, per flauto dolce, violino, viola da gamba, violone, arciliuto).

Ouviram-se os excertos de Cipriano De Rore (1515/16-1565) O sonno-ov’è il silentio, Non gemme non fin’ oro, Vergine bella e Ancor che col partire madrigale; de C. De Rore/ Giovanni Bassano (1558-1617) Io canterei d’ amore; de C. De Rore/Francesco Rognoni (c.1585-1626) Ancor che col partire; de Marco Uccellini (1603/1680) Sinfonia A Virmingarda ; de Biagio Marini (c.1597-1665) Passemezzo e Sonata sopra fuggi dolente core e Passacaglio e Balletto; de Andrea Falconiero (c.1585-1656) Corrente detta l’ Avellina, Battalla de Barabaso yerno de Satanas, L’ Infante Arcibizarra e Sinfonia a tre l’Eroica.


O Ensemble La Selva, já outras vezes presente na igreja de Santo António dos Portugueses é constituído por Carolina Pace (flauto dolce), Isabella Bison (violino), Roberto de Santis (viola da gamba), Michele Carreca (liuto e tiorba) e Pasquale Massaro (violone).