venerdì 31 marzo 2017

VENTI RACCONTI IMPERFETTI APPRODANO ALLA TUSCIA - Chiara Lazzaretti

Ringraziamo questo testo originale a CHIARA LAZZARETTI.





VENTI RACCONTI IMPERFETTI APPRODANO ALLA TUSCIA


Lo scorso venerdì 24 marzo, presso l’Aula Magna del dipartimento DISTU (studi linguistici e giuridici) dell’Università degli Studi della Tuscia, si è svolta la presentazione della recente pubblicazione della casa editrice Edizioni dell’Urogallo, Racconti imperfetti. Venti autori portoghesi rinchiusi in un monastero gotico.

Ha aperto l’incontro l’introduzione del professor Marco Bucaioni, eccezionalmente in veste di editore, che ha presentato il volume: dal titolo originale Contos imperfeitos, si tratta di una raccolta di venti racconti scritti da altrettanti autori in seguito a un soggiorno degli stessi in uno dei monumenti più importanti del Portogallo, il Monastero di Batalha. Il luogo, alquanto suggestivo e ricco di storia, ha dato vita non solo a innumerevoli leggende e storie popolari, ma anche ai racconti presenti nel libro, i quali acquistano l’aggettivo “imperfetti” proprio dalle cosiddette “cappelle imperfette” (ovvero incomplete) presenti nello stesso monastero.

Si è poi parlato della particolarità del progetto: da un incontro avvenuto quasi per caso, come spiega Bucaioni nella nota all’edizione italiana, nasce questa operazione editoriale che arriva a coinvolgere gli studenti delle Università di Perugia e della Tuscia. La pubblicazione ha permesso di dare, dunque, un’opportunità concreta agli studenti interessati alla “disciplina e al mestiere della traduzione”.

La parola è poi passata ad alcuni studenti della Tuscia che hanno partecipato in prima persona al progetto, i quali hanno riferito la loro esperienza, in particolar modo riguardo al processo di traduzione e di revisione. Dagli studenti più esperienti laureati alla magistrale a quelli alle prese con la loro prima opportunità di traduzione editoriale, ognuno di loro ha fornito spunti di riflessione, nonché dettagli interessanti e aneddoti divertenti.

Cospicua la partecipazione degli studenti, perlopiù frequentanti i corsi di lingua, letteratura e traduzione portoghese. 

CHIARA LAZZARETTI





Ringraziamo le fotografie alla Professoressa CRISTINA ROSA.

MARTINA MULAS - poesia de amor à lingua portuguesa



Neste mês de Primavera e de Poesia, mais um poema original que temos grande honra e alegria em publicar neste blogue. Trata-se de uma "declaração de amor" à lingua portuguesa por parte de MARTINA MULAS, uma jovem muito talentosa, que agora se revela também poetisa.
Depois de um percurso académico brilhante na Università degli Studi di Roma Tre, Martina Mulas não deixa apagar essa chama que o nosso idioma e a nossa cultura lhe inspiram...
Aqui têm, pois, uma belíssima poesia, em prima assoluta....
Bem-hajas, caríssima Martina!



Um dia qualquer
Se você quer saber
Aprendi com surpresa
Que metade da alma
A sinto portuguesa

Foi o amor pelo som da saudade
Pela paz da sonoridade
Paixão pelos azulejos das mãos de Lisboa
Onde estaria horas à toa

O meu coração podes ver oscilar
Quando sei que posso falar
Desta minha paixão
Para partilhar

Não sei esta língua o que quer de mim
Cada manhã desperto enfim
Com vontade de mudar
E dos meus dias lhe dar

E assim cada vez que olho o mapa
Na cabeça cria-se uma nova etapa:
O vento do oeste só posso acolher
Se aceito que é a arte o que quero escolher

Diz-se que "tudo que é seu chegará até você"
Então pode crer que obrigada eu sou
Pela descoberta do meu eu melhor

Voltámos ao mapa, por um detalhes súbtil:
Olhe a costa oeste do Brasil
Parece que enfim
Ela é para mim:
Na creativa presença
Da cigana influência

O Brasil foi-se,
Longe da África,
Mas ficando na alma com conexão simbiótica

Ambas cresciam como única coisa
Gerando tradição maravilhosa
Gerando ligação impercetível
Com a única força dum mar incrível

Assim que ainda pode cantar
Também do gosto da pele corar
Na luz amarela do pôr-do-sol,
Na alegria alada dum beija-flor

É assim que eu sinto ao falar a outra língua
Ter outro destino
Não um simples ensino

Porém quem não a fala,
Não pode entender
Quando pensas e sonhas na língua que queres
tanta é a alegria de sentir-se fiel
Que eu ainda não o acho possível

Eu de verdade encontrei essa lingua,
e entendi que um caminho não se faz só andando
Mas sobretudo para a própria casa voltando.

MARTINA MULAS

19 de maio: Grupo de Leitura em Português - "Nossos Ossos"




Per il  prossimo incontro del "Grupo de Leitura em Português", il 9 maggio p.v., si è scelto un libro dell'autore brasiliano Marcelino Freire: Nossos ossos.


Heleno é assíduo. Já o era no Nordeste, é-o agora em São Paulo. Dramaturgo de ofício, patrulha palcos e esquinas, dois lados da mesma ferida, estreando peças e folheando rapazes. Um fê-lo chegar, outro fá-lo-á partir. É assim, a metrópole. Uma urgência venérea.

Os sentimentos desarrumam-se-lhe então, mordentes, quando a morte, a única (im)possível, faz contas à vida. Com Cícero era diferente. O boy entranhara-se-lhe. Matou-o a cidade, com a sua perfídia febril, mandou-o ao chão. Cada um morre como pode. Heleno, devoluto, viaja com o corpo para o seu Nordeste, o seu e o de Cícero, na promessa dolente de devolvê-lo aos pais.

É esta a autopornografia de Freire. Uma noite pela mão, estrada fora, saciada de nada e de lugar algum.


L'e-book lo trovate qui:




Marcelino Juvêncio Freire (Sertânia, 20 de março de 1967) é um escritor brasileiro.

Nascido em Sertânia, no estado de Pernambuco, muda-se com a família para Paulo Afonso, Bahia, em 1969. Lá permanece por seis anos, até voltar para Pernambuco e radicar-se na capital, Recife, onde começa a fazer teatro. Em 1981, escreve os primeiros textos do gênero e participa juntamente com artistas plásticos e escritores Adrienne Myrtes, Denis Maerlant, Jobalo, Pedro Paulo Rodrigues e Regi So Ares, do grupo POETAS HUMANOS, fundamental para sua formação artística. Ao longo da década de 1980, trabalha como bancário e inicia o curso de Letras na Universidade Católica de Pernambuco, sem concluí-lo. Em 1989, freqüenta a oficina literária do escritor Raimundo Carrero e, dois anos depois, é premiado pelo governo do Estado de Pernambuco. Decide mudar-se para a cidade de São Paulo em 1991 e publica, de forma independente, seus dois primeiros livros: AcRústico, de 1995 e EraOdito, de 1998. Em 2000, publica o livro de contos Angu de Sangue.

Em 2002, Marcelino idealizou e editou a Coleção 5 Minutinhos, inaugurando com ela o selo eraOdito editOra. É um dos editores da PS:SP, revista de prosa lançada em maio de 2003, e um dos contistas em destaque nas antologias Geração 90 (2001) e Os Transgressores (2003), publicadas pela Boitempo Editorial.

mercoledì 29 marzo 2017

"PAOLA" di Lucia Sabatini Scalmati



Nel giorno della Primavera e della Poesia ci è arrivata questa bellissima poesia di LUCIA SABATINI SCALMATI, poetessa marchigiana e romana di adozione, amica del Portogallo e curatrice di una importante mostra di artisti portoghesi e italiani qualche anno addietro, nella galleria IPSAR: http://viadeiportoghesi.blogspot.it/2009/04/galleria-ipsar-6-maggio-gruppo-di.html

Con il suo permesso e ringraziandola molto per la condivisione con i nostri lettori, ecco la poesia "Paola", scritta per una ragazza, ormai adulta, con dei problemi dalla nascita, ma che scrive cose che hanno molto toccato la poetessa.

Grazie, Lucia!



Paola


Sogno, incubo, realtà
tutto confuso nella testa di Paolina
tutto chiaro nella mente di Paolina,
ogni cosa al gancio della memoria
dell’amore, degli affetti.

è una donna speciale Paola
è una ragazza amata Paola
è una bimba impaziente
è una persona bella Paola.

Preme il ritmo della vita
e tuona
nelle parole facili
nelle parole difficili
nei suoni dimenticati
celebrati da altri

La parola diventa voce
grido e lamento
la parola diventa forza
primavera - autunno
estate - inverno.

è una donna speciale Paola
è una ragazza amata Paola
è una bimba impaziente
è una persona bella Paola.

Le parole di Paola
sono pagine e pagine
pesanti come pietre
belle come sculture
saporite come un buon cibo
profumate come la zagara

. . . . . le parole di Paola



LUCIA SABATINI SCALMATI