venerdì 28 ottobre 2016

João Lobo Antunes (1944-2016)

Via dei Portoghesi saluta in modo particolare i Signori Ambasciatori Maria e Manuel Lobo Antunes, appena partiti dalla rappresentazione diplomatica portoghese a Roma, per la loro nuova missione a Londra.




Médico neurocirurgião, "Príncipe da Medicina". João Lobo Antunes morreu aos 72 anos, vítima de cancro. Era atualmente presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.

MIGUEL A. LOPES/LUSA

“Brilhante”. “Príncipe da Medicina”. “Fascinado pelo mistério da vida”. “Grande intelectual”. “Grande português”. “Um dos melhores”. Assim era João Lobo Antunes, nas palavras de quem privou com ele. O neurocirurgião morreu, esta quinta-feira, aos 72 anos, vítima de cancro. Uma doença que há mais de um ano já o tinha obrigado a afastar-se do bloco operatório. Era, desde 2015, presidente do Conselho Nacional da Ética para as Ciências da Vida (CNECV).
Nascido a 4 de junho de 1944, no seio de uma família da alta burguesia, desde muito cedo que João Lobo Antunes manifestou um gosto especial pela leitura, pela escrita e pelo estudo. Sentia-se mesmo um “Frade Cartuxo”, nos anos em que mais estudava. “Começava às nove, com o sino da igreja, acabava à uma com o sino da igreja, recomeçava às três com as três badaladas, acabava às oito badaladas, recomeçava às nove e acabava às 23h00. Dia, após dia, após dia. Sábado e domingo descansava. Era muito obsessivo”, recordou, em entrevista ao Jornal de Letras. Chegou a ficar em casa a estudar enquanto a mãe os irmãos iam de férias.
E foi desta dedicação que colheu frutos. Aluno exemplar do Liceu Camões, em Lisboa, acabaria a licenciatura em Medicina pela Universidade de Lisboa, em 1971, com uma média de 19,47. Quando terminou o curso exerceu clínica no Hospital Júlio de Matos, mas, ao fim de três anos, rumou a Nova Iorque, onde trabalhou no Instituto de Neurologia da Universidade de Columbia, entre 1971 e 1984. Foi também lá que se doutorou.
Em 2006, em entrevista ao Público, disse que, ao contrário de muitos, não seguiu Medicina por querer salvar vidas. Foi para Medicina porque era o que melhor se adaptava ao seu “tipo intelectual e temperamental”. Afirmou, sem problemas, que foi a Medicina que o fez médico. “A Medicina assim o quis.” E na última aula que deu — intitulada “Uma vida examinada” –, em 2014, voltou a falar, em jeito de graça, dos “genes da Medicina”, mostrando a árvore da sua família e concluindo que Medicina era a “profissão dominante de penetrância variável”.

Da falta de jeito com as mãos, ao prazer de operar
Segundo de seis filhos, João Lobo Antunes nasceu numa família de médicos. Em entrevista a Maria Leonor Nunes e ao Jornal de Letras, em outubro de 2015, recordou que foi o pai, neurologista, quem mais o encaminhou na profissão. “Não há dúvida que teve importância, o meu pai. De seis filhos rapazes, três foram para Medicina, três para a área das neurociências. Vivia-se o cérebro naquela casa.”

“Mas João Lobo Antunes esteve para fazer marcha atrás. “A certa altura pensei em ir para cardiologia porque achava a mais a matemática das especialidades. Por outro lado, desapontava-me a ineficácia, a impotência terapêutica da neurologia. Isto há 50 anos.”

Outra razão que quase o levou a afastar-se da neurocirurgia foram as mãos. Isso mesmo. Lobo Antunes confessou ao Jornal de Letras ser pouco “dotado” num ofício que exige “elegância”. “Desenhava com algum talento [na infância], modelava, esculpia, mas não era dotado de mãos habilidosas. Era, portanto, um enorme desafio ir para neurocirurgia e perguntava-me mesmo se seria capaz de usar as mãos para operar. Curiosamente, quando opero, do ponto de vista técnico e gestual, estou mais próximo do pintor, o bisturi mais perto do pincel do que da chave de fendas. (…) A pouco e pouco, consegui dominar bem as duas mãos. São a guitarra e a viola. E comecei a ter um prazer quase sensual no ato da cirurgia e um conceito estético“, descreveu.
Dedicou a sua carreira principalmente ao estudo do hipotálamo e da hipófise. O cérebro era para ele “sagrado” e, como tal, devia ser tocado “com rigor e especial delicadeza”. Nos Estados Unidos aprendeu a doutrina de tirar um tumor sem tocar no cérebro, o que nem sempre era possível. Lobo Antunes foi o primeiro médico a implantar o olho eletrónico num cego, em 1983. Depois dele, seguiram-se 15 operações do género, permitindo aos doentes ver algumas formas e distinguir certas cores.
“Foi uma das figuras que mais marcou a saúde em Portugal, a ciência e a investigação biomédica”, realçou o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, após a notícia da morte do médico, com quem trabalhou no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. “Foi um verdadeiro visionário. Um dos maiores do nosso tempo.”
No outro lado do Atlântico, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou Lobo Antunes como “uma figura ímpar” e “um grande académico, um grande intelectual, com uma cultura vastíssima”. Em visita de Estado a Cuba, o chefe de Estado português lamentou a morte do “amigo”, “uma figura cimeira no domínio da saúde e da ética das ciências da vida”, “respeitado por toda a sociedade portuguesa”.
Por cá, o ex-presidente da República, Cavaco Silva, revelou ter ficado “profundamente consternado”, destacando a “amizade e estima muito especiais” que os ligava. O primeiro-ministro António Costa reagiu à morte do médico, falando numa “grande perda para a ciência em Portugal”. Assunção Cristas, em nome do CDS, apresentou “à sua família e à Universidade de Lisboa os profundos sentimentos, na convicção de que nunca morre quem deixa uma obra e uma vida tão fecundas”. E o PSD, em comunicado, frisou o “legado” deixado por “um dos mais brilhantes médicos e docentes universitários portugueses”.
Quem também decidiu deixar uma palavra nesta hora foi Salvador de Mello, presidente da José de Mello Saúde, lastimando “profundamente a morte de um dos nossos maiores, tanto em termos profissionais como pessoais”. “João Lobo Antunes faz parte da alma da CUF [o médico trabalhou no Hospital CUF Infante Santo desde o início da sua carreira, em 1968], como reputado neurocirurgião e cientista.”

Lobo Antunes, o “elegante”

O patologista Sobrinho Simões dirigiu-se ao neurocirurgião como “um exemplo”; a ex-ministra da Saúde, Maria de Belém, “completamente devastada” falou do “amigo fabuloso” como um “Príncipe da Medicina e da cultura portuguesa” e o ex-ministro Correia de Campos afirmou que o “inovador” Lobo Antunes “podia ser tudo aquilo que quisesse”.
Já o diretor geral de Saúde, Francisco George, falou em “personalidade absolutamente ímpar, o melhor da nossa geração”; o bastonário da Ordem dos Médicos descreveu-o como “alguém que desbravou caminhos na Medicina, mas também na ética e na literatura”; e Sampaio da Nóvoa, ex-reitor da Universidade de Lisboa, destacou o “legado impressionante” do médico e a “elegância, no trato, na maneira de estar com as pessoas, na maneira de se relacionar, mas ao mesmo tempo, uma enorme firmeza”.
Sampaio da Nóvoa não foi, aliás, o único a falar na elegância de Lobo Antunes. Quem melhor o conhecia não o recorda só como profissional exemplar. Enaltece nele outros traços de personalidade. É o caso de Cíntia Águas, secretária executiva do CNECV, com quem trabalhava há uma década: “Era um homem de uma elevação intelectual extraordinária, um homem conhecedor, um Príncipe da Medicina e das letras. Mas destaco a elegância de pensamento e no tratamento das pessoas e o sentido de humor finíssimo do professor”. “Era curiosíssimo sobre os outros, um juiz de caráteres”.
E era mais do que isso. Era uma pessoa preocupada com a dignidade e a ética. A esse propósito, Salvador de Mello recordou-o “naquela que terá sido a sua última entrevista: ‘O mais importante que tentei ensinar foi que a medicina não pode perder a sua face humana.'”
Lobo Antunes nunca esqueceu os seus pacientes e as histórias deles. E nunca abandonou a questão da ética, tendo chegado a presidente do CNECV em 2015. Por várias vezes falou publicamente sobre a dignidade da vida humana e debateu alguns dos dilemas do final da vida e da morte. Quando a polémica eutanásia começou a ser falada, ele recusou a ideia de um referendo e preferiu sempre focar-se na importância dos cuidados paliativos, antes mesmo de se falar da eutanásia.
Mas João Lobo Antunes não era só médico. Foi professor catedrático na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa até junho de 2014, altura em que se jubilou. A despedida ficou marcada por uma última aula que era para se chamar “Última lição”, mas que o mesmo intitulou de “Uma vida examinada”. O auditório Egas Moniz, da Faculdade de Medicina, encheu-se para ouvir o professor despedir-se e o discurso de Lobo Antunes foi aplaudido de pé durante minutos, por uma plateia de luxo. Foi o adeus a 30 anos de ensino e também a 30 anos de Serviço Nacional de Saúde (SNS) e do Hospital de Santa Maria, onde era diretor do serviço de neurocirurgia.

Mas não foi o adeus à profissão.”Enquanto as mãos me obedecerem e o cérebro souber mandar eu vou continuar”, prometeu Lobo Antunes, em jeito de remate. E continuou, até que o corpo deixou de lhe obedecer, por conta de um melanoma que o atormentava há anos e que o obrigou a afastar-se dos blocos no ano passado.

Outra das paixões que o acompanhou toda a vida foi a da escrita. Em 2015, na mesma entrevista ao Jornal de Letras, revelou que assumiu “sempre a escrita como atividade paralela da minha vida clínica”. E foi o cérebro que lhe alimentou a escrita. E não apenas o seu. “Ao longo destes anos em que fui cirurgião do cérebro recolhi muitas memórias e histórias. Certamente foi a esse manancial, a esse tesouro, que fui buscar muito material para o que escrevi.” Escreveu nove livros e uma biografia de Egas Moniz, sem nunca dar o salto para o romance, unicamente por “pudor”. “Acho que nunca seria capaz de escrever uma novela ou um conto.” No final do ano passado estava a escrever as suas memórias, uma forma de se ocupar, porque já não tinha de ir todas as manhãs para o Santa Maria, coisa que lhe “dava enorme prazer”. “Decidi que ia entreter-me com a minha inteligência.”
João Lobo Antunes gostava de contar histórias e contava-as bem. As entrevistas que foi dando em vida provavam que não lhe falta jeito, nem histórias. Um exemplo foi o episódio que relatou, em entrevista ao Diário de Notícias, em 2001, ano em que, já adultos, ele e o irmão mais velho António Lobo Antunes voltaram a partilhar o quarto da meninice. “Este ano aconteceu-me uma experiência extraordinária: voltei a dormir num quarto com o meu irmão António. Era preciso dormir e era o quarto que havia. Sei que ele se levantou, eu estava ainda meio a dormir, passou por mim e fez-me uma festa no cabelo. Irmão mais velho. E eu tive de lhe tirar os óculos porque ele tinha adormecido com o livro e tinha a luz acesa. Fechei a luz, e depois dormimos, claro. Havia qualquer coisa de simbólico. De regresso. As camas eram as mesmas, de solteiros, e cabíamos ainda.”
Aos nove livros, mais a biografia, que escreveu — somam-se mais de 180 artigos científicos e alguns ensaios. João Lobo Antunes foi ainda mandatário das candidaturas a Presidente de Sampaio e de Cavaco e desde 2006 que integrava o Conselho de Estado.

Os prémios e distinções
Lobo Antunes foi distinguido com vários prémios nacionais e internacionais, dos quais se destaca o Prémio Pessoa, em 1996. Foi ainda laureado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, em 2004, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago de Espada, em 2014, o Prémio Nacional de Saúde em 2015 e a 25 de abril deste ano recebeu das mãos do Presidente da República a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

O neurocirurgião foi também vice-presidente para a Europa do World Federation of Neurosurgical Society, presidente da Sociedade Europeia de Neurocirurgia, presidente do Conselho Superior de Ciência, Tecnologia e Inovação e da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa e da Academia Portuguesa de Medicina.
E ainda uma nota para a terceira paixão que Lobo Antunes foi dando a entender nas entrevistas que deu: as mulheres. Descrevia-as como “um mistério”. “Se calhar porque eu próprio sou capaz de ter um temperamento feminino nalgumas coisas, não me custa admitir. Tenho uma sensibilidade feminina. Há uma superioridade biológica na mulher, na aparente fragilidade. É um tempero de emoção e inteligência, (…), que a mim me agrada mais.” E talvez por isso se tenha apaixonado tão cedo: “Tinha seis ou sete anos. Comecei muito cedo. Depois vi nas Aventuras do Tom Sawyer ele próprio a fazer macaquices para encantar uma, Amy, se bem me lembro: dependurado no braço da árvore, fazendo o pino, etc. Aquelas demonstrações do macho, do pavão, muito jovem e muito inocente, que abre a cauda. Percebi que aquilo era muito biológico”.
Em entrevista ao Expresso, no final de 2015, Lobo Antunes citou Montaigne para dizer que “todos os dias conduzem à morte”. “O que assusta é a morte interromper a dádiva da vida.” Esta quinta-feira foi assustadora para muitos dos seus familiares, amigos e admiradores. A vida de João Lobo Antunes foi interrompida pela morte.
 



Conferenza, mostra, “magusto” e tanta musica – novembre a Sant’Antonio dei Portoghesi



Novembre è un mese pieno di attività all’Istituto Portoghese di Sant’Antonio in Roma:

1) Giovedì 10 novembre, ore 18:00 – presentazione del romanzo IL MISTERO DI TOMAR, di Pino Coscetta (Edizioni Solfanelli), a cura del giornalista e scrittore VITTORIO EMILIANI 


2) Venerdì 11 novembre, ore 18:30 - inaugurazione della mostra AMICI D’ARTE, con opere degli artisti Ugo Borgese, Carmine Cecola e Goffredo Godi , a cura di Lorenzo Canova


3) Domenica 13 novembre, ore 17:00 - santa messa in lingua portoghese nella Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi, presieduta da Mons. Agostinho da Costa Borges e seguita dal tradizionale “Magusto” – castagne e il delizioso “caldo verde” portoghese


Oltre a queste attività, i concerti di organo di domenica:
-          6 novembre, 18:30, con Giampaolo Di Rosa, “L’arte dell’improvvisazione VII”;
-          20 novembre, 18:30, con Roman Perucki (Polonia);
-          27 novembre, 18:30, con Giampaolo Di Rosa;

  Roman Perucki

INOLTRE, venerdì 18 alle ore 19:00, concerto straordinario per il centenario della nascita di Pe. Manuel Faria, con Giampaolo Di Rosa.


Pe. Manuel Faria

Per ulteriori informazioni sui concerti e altre attività, visitare la pagina http://www.ipsar.org/ sotto la sezione EVENTI

mercoledì 26 ottobre 2016

Roma, l'architetto anti star system: in mostra le opere di Álvaro Siza

IN La Repubblica
http://roma.repubblica.it/cronaca/2016/10/25/news/roma_l_architetto_anti_star_system_in_mostra_le_opere_di_a_lvaro_siza-150564440/#gallery-slider=150563653

foto: Nicolò Galeazzi 


Al Maxxi e all'Accademia di San Luca foto, disegni e progetti del maestro portoghese che a Roma sta progettando un padiglione ai Fori

 Omaggio ad Alvaro Siza, uno dei grandi architetti contemporanei famoso nel mondo, il poeta anti-archistar dell'architettura mediterranea, delle bianche strutture e del senso del sacro, “un luogo” afferma “dove ci si sente bene”. Roma dedica una serie di eventi, mostre e incontri, al progettista portoghese nato nel 1933 e vincitore del Premio Pritzker nel 1993, alla cui matita si devono, tra gli altri, il Centro Galego di Arte Contemporanea di Santiago di Compostela, la ristrutturazione del Palazzo Donnaregina di Napoli e la sua conversione in museo, e anche, sempre a Napoli, il progetto per la nuova piazza del Municipio.

Ma c'è di più. Come è stato annunciato alla presentazione al Maxxi degli appuntamenti che avranno come protagonista Siza, il maestro ha anche progettato, proprio per Roma, un padiglione che dovrebbe ospitare la consegna dei Premi del Presidente della Repubblica, in un luogo che è centro e cuore della città antica, lo spazio retrostante la chiesa dei Santi Luca e Martina, una sorta di terrazza affacciata proprio sui Fori.

 Ma veniamo al calendario. Il Maxxi e l’Accademia Nazionale di San Luca presentano una maratona di eventi per celebrare l'architetto portoghese. Due sono le mostre dedicate a Siza allestite all’Accademia, "Il Grand Tour. Álvaro Siza in Italia 1976-2016”, ovvero ventitré progetti per le città del nostro Paese in una ricostruzione del suo studio, e "La Misura dell'Occidente. Álvaro Siza e Giovanni Chiaramonte”, fotografie e disegni dei due artisti viaggiando attorno al mondo. Mentre una terza, intitolata "Álvaro Siza. Sacro”, è stata allestita al Maxxi e aprirà definitivamente al pubblico dal 9 novembre al 19 marzo 2017.

Si tratta di un'architettura-installazione, inventata da Siza per ospitare video dei suoi interventi, il plastico della chiesa-fortezza di Santa Maria del Rosario, alla Magliana, un suo progetto mai realizzato, ma anche un simbolico specchio dove “guardarsi dentro”, e paramenti e oggetti sacri disegnati per papa Francesco che saranno regalati al pontefice dal presidente del Portogallo. Non solo: ecco il plastico della nuova stazione di piazza del Municipio a Napoli ed ecco anche, riprodotta in legno, la piccola “cappella di meditazione” disegnata per una città giapponese, oltre a una serie di disegni. Un particolare: l'architetto ultraottantenne, che anche oggi ha in cantiere opere in tutto il mondo (dal museo della Bahaus in Cina ad una torre di 35 piani a Manhattan fino alla metro di Napoli e ad un insediamento residenziale di Gallarate) ha preso personalmente le misure e ha disegnato, matita e taccuino alla mano, tutti i particolari della sua installazione.

Ieri alla presentazione è stato il segretario generale dell'Accademia di San Luca, l'architetto Francesco Moschini, a parlare anche del disegno realizzato da Siza per il padiglione dietro la chiesa dei Santi Luca e Martina. “Sarà una sorpresa” ha detto “lo abbiamo chiesto al maestro portoghese e lui non solo ha accettato ma lo ha anche portato a termine”.

E se la presidente del Maxxi, Giovanna Melandri, ha parlato di “un'iniziativa di raccordo e di collaborazione tra due istituzioni che è nelle corde del museo”, la direttrice Margherita Guccione e Roberto Cremasoli, curatori delle mostre insieme con Achille Bonito Oliva, hanno sottolineato “l'importanza di un architetto lontano dal clamore delle archistar, ma protagonista, con i suoi progetti, di un'idea dell'architettura come luogo del sacro che è in noi”.
E se il 25 e il 26 ottobre si inaugureranno rispettivamente le mostre dedicate a Siza al Maxxi e all'Accademia di San Luca, per giovedì 27 sempre al Maxxi è in programma un talk con Alvaro Siza sul tema del “sacro”, mentre venerdì 28 la chiesa dei Santi Luca e Martina, in via della Curia al Foro Romano, ospiterà un incontro tra grandi firme dell'architettura con Siza, Umberto Riva e Francesco Venezia, questa volta dedicato al concetto di “tempo”.



Edizioni dell’Urogallo un viaggio per il mondo di lingua portoghese

http://www.urogallo.eu/



Abbiamo davanti un’intera letteratura. Anzi, molto di più: ci troviamo
davanti a un’intera costellazione di letterature, a un universo ancora, in
gran parte, da esplorare. C’è il Portogallo, un paese europeo e latino con
una gloriosa e lunga tradizione letteraria, della quale ancora molto è da tradurre.
Intorno a Pessoa, dietro Saramago, oltre i pochi classici contemporanei già dati
a conoscere al pubblico italiano, c’è una schiera di autori sconosciuti, ci sono
correnti letterarie ancora non frequentate. E poi c’è, ovviamente, il Brasile, con le
sue sterminate distese territoriali e letterarie. Soltanto il contemporaneo portoghese
e brasiliano potrebbe riempire il catalogo di una casa editrice per vent’anni
occupandosi degli autori più importanti. E poi c’è l’Africa, nuova frontiera della
lingua e della cultura in portoghese, la tradizione ormai quasi secolare della
scrittura letteraria a Capo Verde, la potentissima ondata di autori angolani, che
dagli anni Sessanta del Novecento non fanno che sorprendere e innovare, i nuovi
mozambicani, da Craveirinha a Mia Couto, che cercano di mappare le nuove
geografie culturali e letterarie.
Abbiamo davanti tutto questo: una lingua parlata da oltre duecento milioni
di persone in quattro continenti, una tradizione letteraria che è letteralmente
esplosa a partire dal xx secolo, un lavoro interminabile di traduzione e adattamento
culturale.
Nelle pagine di questo catalogo, nelle pagine dei nostri libri potrete trovare
gli echi di questo mondo ancora troppo esotico: Lisbona adagiata sull’acqua,
nelle pagine de La città di Ulisse di Teolinda Gersão; ritrovata e allo stesso tempo
perduta nella poesia di Álvaro de Campos; una Lisbona degli anni Cinquanta,
rievocata nella scrittura di Mário Zambujal. Poi c’è Rio, la Rio urbana e cattiva,
quella delle favelas e dei distretti di polizia, cinica e maledetta, infinite volte rifratta
nelle pagine di Rubem Fonseca; e poi un Brasile di provincia, perduto per
sempre nel tempo nella rievocazione del Piauí di José Castello. C’è tanta Africa,
dal Mozambico della caduta del regime coloniale di Mia Couto in Ventizinco a
quello che cerca di ricostruirsi, tra storture ideologiche e drammi sociali, in João
Paulo Borges Coelho. E ancora, l’Angola contemporaneissima e post-moderna,
suburbana Luanda in João Melo. Ma c’è anche Timor Est, nelle pagine indimen-
ticabili di Luís Cardoso, una Timor perduta nei decenni della Guerra Mondiale,
ai margini ultimi di un improbabile impero in disfacimento. E poi, nelle pagine
di Agualusa, c’è tutto questo insieme: l’Angola della guerra civile, quella della
ricostruzione e della corruzione della classe dirigente, ma anche il mondo di lingua
portoghese visto come un mosaico di esperienze, da Goa in India al Pantanal
brasiliano; da Malacca all’Europa.
E poi ci sono i continenti letterari, quelli che non trovate nell’atlante. C’è
Agualusa che rimanda a Nabokov, a Borges o a García Márquez; Castello che tira
in ballo Kafka in modo esplicito; la Gersão che lo evoca molto più sottilmente;
Ferreira Gullar che fa eco a Borges e a Swift, in un crocevia letterario che è molto
di più che una serie di letterature marginali, ma dialoga costantemente con il
centro del canone europeo.
Questo trovate nelle pubblicazioni dell’Urogallo, un’enorme fetta di mondo
che canta, scrive, ci parla, molto più da vicino di quanto non si creda.
Buon viaggio!

Call for papers: "A língua companheira do império? Espaços formais e informais da língua portuguesa (sécs. XVI a XX)"



We would like to invite the submission of abstracts for efilp-2017.
A língua companheira do império? Espaços formais e informais da língua portuguesa (sécs. XVI a XX) (efilp-2017) will take place at the University of Tuscia, Italy, on February 2nd -3rd 2017. We request that abstracts for individual papers are submitted before November 21st, 2016.
We would welcome any historical, anthropological, literal and linguistic research concerning the dynamics of the expansion of the Portuguese language and culture around the world from the Modern Era to the 20th century.
Aiming to document the effects and the impacts of Portuguese culture and language on the world defined by the formal and informal spaces of the empire, the congress intends to examine the knowledge of the world from the Modern Age up until the 20th century, both in textual (reports, dictionaries, grammars, etc.) and non-textual (variety of languages of oral transmission) forms. By studying and analysing the dissemination of Portuguese, both from a synchronic and a diachronic perspective, as well as the historical reconstruction of the trajectories of the expansion of the language, the congress also intends to debate on the way the study of the past may help to better interpret the present, characterized by the new dynamics of the circulation of individuals and groups.
Considering the multidisciplinarity of this meeting, we encourage the submission of abstracts concerning the historical, social, cultural and linguistic effects derived from the interaction between Portuguese and the rest of the world starting from the Modern Era onwards.
Possible topics include but are not limited to the following:
Anthropological studies;
Anthropological Linguistics;
Corpus and quantitative linguistic studies;
Descriptive studies of the expansion of the Portuguese language;
Historical studies;
Historical linguistics and language change;
Language contact;
Language learning, acquisition, and teaching;
Language policies;
Lexicography;
Missionary Linguistics;
Philology;
Sociolinguistics;
Translation studies.
Paper presentations must consist of a 20 minute talk followed by 10 minutes for questions and discussion. Paper abstracts should be no longer than 500 words, excluding reference lists, to be written in English (recommended) or in Portuguese. Abstracts should be anonymous and should be submitted by November 21st, 2016. Acceptance of abstracts will be notified no later than December 5th, 2016.
Abstracts must be submitted through the online platform EasyAbs.
To submit, click here and upload your abstract in either .doc, .pdf, or .txt format.
Any questions may be addressed to the organisers by email to: 


The scientific committee

Álvaro Siza a Roma, 26 - 28 ottobre 2016

https://www.roma.embaixadaportugal.mne.pt/it/l-ambasciata/notizie/1017-alvaro-siza-a-roma-26-28-ottobre-2016


In occasione della Mostra ÁLVARO SIZA, SACRO (che sarà inaugurata il 9 novembre 2016) giovedì 27 ottobre 2016, dalle 18:00 alle 19:30 avrà luogo presso l’Auditorium del MAXXI: Conversazioni d’autore. Álvaro Siza

Mostra ÁLVARO SIZA, SACROhttp://www.fondazionemaxxi.it/events/alvaro-siza-sacro/
A cura di Margherita Guccione e Achille Bonito Oliva.

La conversazione con Álvaro Siza fa parte del ciclo di eventi Álvaro Siza a Roma promosso da MAXXI e l’Accademia Nazionale di San Luca.

Nel primo appuntamento Álvaro Siza in conversazione con Roberto Cremascoli, per parlare del suo ultimo lavoro Álvaro Siza, Sacro allestito al MAXXI.

Il tema del sacro si presenta e dà senso al supporto espositivo in cui i contenuti contaminano gli spazi. Le nuove pareti, i setti murari (con tre metri e mezzo di altezza) che definiscono la sequenza espositiva, sono gli elementi dell’installazione che distribuendosi strategicamente contribuiscono a formare un percorso volutamente sinuoso. Attraverso la cadenza ritmica di pieni e vuoti, di oggetti piccoli collocati come l’unica presenza di una vasta parete, o come lo spazio dilatato tra una fotografia proiettata in grande formato e un plastico di un progetto architettonico, è definita la volontà espressiva di Siza che vive di contrasti, di improvvisi salti di scala, dove l’uomo è il centro della scena, dove il silenzio colma il vuoto.

Intervengono
Álvaro Siza architetto Pritzker Prize
Roberto Cremascoli responsabile scientifico mostra Álvaro Siza, Sacro

Introducono
Margherita Guccione Direttore MAXXI Architettura
Achille Bonito Oliva curatore e critico d’arte

Novembre: musica a Sant'Antonio dei Portoghesi






6            
DOMENICA
18:30 H
               

CONCERTO DI ORGANO

Organista: Giampaolo Di Rosa

(Organista titolare Italia/Portogallo)



L’arte dell’improvvisazione VII

Salmo e forma sinfonica.

Improvvisazione in forma di Sonata salmodica



13          
DOMENICA 
17:00 H
               

santa messa - Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi

Presieduta da Mons. Agostinho da Costa Borges

Rettore della Chiesa



Seguita dal tradizionale “Magusto”.



18          
VENERDÌ
19:00 H
               

CONCERTO straordinario DI ORGANO

per il centenario della nascita di Pe. Manuel Faria

Organista: Giampaolo Di Rosa

(Organista titolare Italia/Portogallo)



Manuel Ferreira de Faria (1916-1983)

Tríptico Litúrgico

Prelúdio – Meditação – Final

Improvvisazione in forma di sonata su canti liturgici di M. Faria



20          
DOMENICA
18:30 H
               

CONCERTO DI ORGANO

Organista: Roman Perucki

(Polonia)



J. S. Bach (1685-1750)

Passacaglia in do minore BWV 582

Daniel Magnus Gronau (1700-1747)

Variations (Komm Gott Schöpfer, Heiliger Geist. Vieni Santo Spirito Creatore)

Antonio Vivaldi (1678-1741)

La Stravaganza, op. 4 in la minore

Allegro, Grave, Allegro

Max Reger (1873-1916)

Melody

Mieczysław Surzyński (1886-1924)

Variazioni sul canto liturigico polacco “Ktosię w opiekę”

Julien Bret (*1974)

Julius Hevelius




27          
DOMENICA
18:30 H
               

CONCERTO DI ORGANO

Organista: Giampaolo Di Rosa

(Organista titolare Italia/Portogallo)



J. J. Froberger (1616-1667)

Canzona I in re

Canzona II in sol minore

Canzona III in fa

Canzona IV in sol

Canzona V in do

Canzona VI in la minore

F. Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847)

Sonata op. 65 n. 2

Grave. Adagio – Allegro maestoso e vivace – Fuga

C. Franck (1822-1890)

Cantabile

Improvvisazione su tema dato