sabato 29 marzo 2008

Pessoa intraduzível

No Teatro dei Dioscuri de Roma, Marchesani, Lanciani, Fallace, D'Amico e Buffoni.~
Em baixo, o actor Toni Servillo lê excertos de Pessoa.


Fernando Pessoa não se pode traduzir.

Quem ousou dizê-lo, numa intervenção quase polémica e muito documentada, foi a Professora Giulia Lanciani, sábado passado, na “Giornata di studio per il Ventennale dell’Istituzione dei Premi Nazionali per la Traduzione”, patrocinada pelo Ministero per i Beni e le Attività Culturali e no âmbito da Semana da Cultura, que termina hoje, 31 de Março.

A apresentação de Giulia Lanciani, “Pessoa e i suoi traduttori italiani” seguiu-se às de Masolino D’Amico, Franco Buffoni e antecedeu a de Pietro Marchesani. Uma manhã de estudos importante, em que se debateram temas como o da tradução ser uma experiência existencial mais que um exercício formal (na linha de George Steiner), o de ser uma arte exacta e o de não existirem traduções definitivas dada a contínua evolução das línguas.


Um dos principais argumentos que sustentam a “intraduzibilidade” pessoana relaciona-se com um aspecto muito concreto: o da dificuldade de leitura dos manuscritos do Poeta português, constantemente alterados e, quase na sua totalidade, inéditos à data da sua morte – ou seja, incompletos, na óptica de Pessoa: textos que não estavam prontos a ser publicados ou mesmo que não deveriam ser publicados. A devassa do espólio contido na famosa “arca” por parte dos familiares e dos primeiros editores (Ática) comprometeu, além do mais, uma hipotética ordem que esses textos tivessem.

“L’idiosincrasia della sua poesia rifiuta un significato irreversibile”, acrescentou Giulia Lanciani. Porém, um significado – ou mais do que um – foi-lhe quase imediatamente dada, dentro de uma óptica e de uma escolha editorial; de facto, os inéditos começaram quase imediatamente a ser publicados, transmitindo a várias gerações um Pessoa que talvez não fosse o verdadeiro Pessoa.

A este propósito - nota deliciosa - o escritor e jornalista Augusto Abelaira declarara que, por melhores que fossem as sucessivas edições críticas do espólio pessoano, aquela que se fixara na sua memória de menino, mesmo com erros, era a única versão que lhe interessava: o falso era para ele o verdadeiro Fernando Pessoa.

Dois exemplos da volubilidade das edições de Pessoa, que inviabilizam necessariamente uma sua tradução tendente ao definitivo, são os do Livro do Desassossego e do Faust (de que o actor Toni Servillo leu um excerto, no fim da conferência).

O Livro do Desassossego mais não é que uma colecção de apontamentos; todavia alguns deles tinham já sido publicados em 1913 na revista A Águia, como pertencentes a um livro que só em 1982 viria a ser publicado. A obra do semi-heterónimo Bernardo Soares (a personalidade de Fernando Pessoa sem os seus raciocínio e afectividade), que se encontrava na arca em 5 envelopes, pertence hoje ao fundo da Biblioteca Nacional de Lisboa, e está dividido em 9. Com que critério e o que determinou esta nova divisão na verdadeira vontade do Poeta?

Faust foi pela primeira vez publicado em 1952 por Eduardo Freitas Costa. O que foram, nessa edição, 70 fragmentos inéditos de um drama, ou, mais propriamente, de uma “tragédia subjectiva”, transformaram-se, na edição de 1988, em 227 fragmentos.

Em ambos os casos bem se pode compreender que o texto que é dado ao tradutor não é nunca exactamente o texto pensado e escrito por Pessoa. No limite Pessoa não se traduz porque Pessoa não existe, é sempre uma construção dos seus editores.

Ao findar a sua intervenção, Lanciani recordou alguns dos maiores tradutores de Pessoa em Itália – Panaresi, Tavani e Tabucchi – e concluiu com os versos de Pessoa:

“Meu pensamento, dito, já não é

Meu pensamento.
(...)
Assim, quanto mais digo, mais me engano,
Mais faço eu
Um novo ser postiço, que engano
De ser o meu.”

O jogo continua. A heterogénea personalidade de Pessoa prossegue a sua viagem e os seus desdobramentos através das várias edições que da sua obra se continuam a fazer.
Giulia Lanciani faz actualmente parte da Comissione "Premi Nazionali per la Traduzione", tendo sido premiada na edição de 2003.

venerdì 28 marzo 2008

"Cada fim é um princípio" de Orietta Cacciatore

Veloso Salgado (1864 - 1945)
"Primavera", 1917
Museu Abade de Baçal
PORTUGAL



Outra nossa aluna, Lia Orietta Cacciatore, apaixonada por Portugal a ponto de ter comprado uma casa nos Açores e de planear mudar-se para lá um dia destes, escreveu este belo texto que une passado, presente e futuro...




Inverno!

Eu sofro muito com o frio, o que não é normal dado que nasci no Inverno, e geralmente todos gostam do período do ano em que nascem. São no Inverno as festas mais bonitas, e de que todos se lembram com mais alegria: Natal, Epifania, Carnaval... e o aniversário do meu nascimento!




Mas eu nunca gostei do frio!


No Inverno, a ponta do nariz e dos dedos gela-me, e mesmo se ponho camisolas quentes, chapéu e luvas de lã, sinto sempre um pouco de frio. E depois não gosto de me cobrir porque não me posso mexer com liberdade.




Em Março, quando o ar começa a ser morno, eis que chega a chuva - o que, para mim, não podia ser pior. Não gosto de passear com o guarda-chuva, de não ter as mãos livres; assim, e para não me molhar, enfio uma gabardina e um chapéu, que não tiro mais até à Primavera.




Do que eu me lembro bem, é que, quando chegava a Páscoa, chegava também a Primavera... O Inverno acabava enfim.




Sentia-se no bom cheiro do ar que tudo estava a mudar e podia-se olhar os prados onde as margaridas começavam a nascer e as árvores estavam em flor. E tudo tinha um ar de festa; não o de uma festa barulhenta - mas o de uma festa doce, feita de bolos preparados em casa e não muito açucarados, de movimentos não muito bruscos, de passeios e não de corridas, de roupas leves, das rosas preparadas pela minha Mãe e da felicidade de sairmos de casa todos juntos.




Era na Páscoa que a minha Mãe me sentava ao seu colo, e em vez de contar histórias da nossa família ou alguma fábula, me narrava a história de Jesus.




Agora que sou adulta posso bem compreender que o que me contava tinha muito em comum com este particular momento do ano: tudo tem o seu fim, mas cada fim é um princípio.






Lia Orietta Cacciatore

Abril: mês de um músico italiano que estuda Português...


FANTIN-LATOUR Henri
Ecole française

Autour du piano
RF 23522, Recto Fonds des dessins et miniatures Grand format
© Musée du Louvre, Département des Arts graphiques



O nosso amigo Francesco D'Atri, pianista, historiador da arte e aluno de Português no Instituto de Santo António, realiza, dentro de duas semanas, um concerto na Igreja do Espírito Santo dos Napolitanos, em Roma. O seu convite - em português - segue aqui:




Queridos Amigos,

nos próximos dias 6 e 7 de Abril, respectivamente às 18,30 e às 19,45, darei um concerto na Igreja do Espírito Santo dos Napolitanos, na rua Júlia (Via Giulia), n° 34 em Roma.

Gostaria muito que todos os meus amigos do curso de língua portuguesa viessem a ouvir-me.

O programa do concerto é o seguinte:



Johann Sebastian Bach
(Eisenach 1685 - Lipsia 1750)
Concerto em do min. para dois pianos e istrumentos de corda,
BWV 1060 (1735)
- Allegro
- Adagio
- Allegro
Orquestra de istrumentos de corda "Orazio Vecchi"
Alessandro Anniballi, chefe
pianistas: Francesco d'Atri, Riccardo Samaritani

Antonio Vivaldi
(Venezia 1678 - Vienna 1741)
“Gloria” em Re magg. para solos, coro e istrumentos de corda,
RV 589 (1715?)
Coro e Orquestra de istrumentos de corda "Orazio Vecchi"
Alessandro Anniballi, chefe
Nana Tanaka, soprano
Chiara Guglielmi, contralto

Johann Sebastian Bach
Concerto em do min. para dois pianos e istrumentos de corda,
BWV 1062 (1735)
- (sem indicação do tempo)
- Andante
- Allegro assai
Orquestra de istrumentos de corda "Orazio Vecchi"
Alessandro Anniballi, chefe
pianistas: Francesco d’Atri, Claudio Anguillara



Espero encontrar-vos e agradeço a todos pela vossa atenção

Francesco d’Atri




Francesco d’Atri nasce a Castrovillari (CS) nel 1958. Inizia giovanissimo gli studi musicali diplomandosi in Pianoforte. Parallelamente coltiva gli interessi letterari e si laurea in Storia dell’Arte, discutendo una tesi di Arte contemporanea dal titolo “Dall’informe all’Informale” in cui segue il percorso di questa corrente artistica, dalle macchie leonardesche fino agli estremi sviluppi dell’Espressionismo astratto e dell’Action Painting americana. Grande è la sua passione per la pittura italiana del ‘300 e per il Settecento europeo e francese in particolare.Svolge attività concertistica, come solista e in formazioni cameristiche. Nel suo repertorio mostra una particolare predilezione per Bach, Schumann e Brahms. Ha curato studi sulle commistioni artistiche nelle correnti Dada e Surrealista.Nel 2007 pubblica “Antiche lettere”, che è il suo secondo lavoro letterario dopo “Citera” del 1997.

Março: mês de músicos portugueses em Roma

António Carrilho

Durante este mês de Março, Santo António dos Portugueses acolheu dois jovens músicos portugueses de renome internacional. Esta é, aliás, uma preocupação constante na actividade cultural do único polo de cultura portuguesa em Itália: a divulgação da arte nacional e a ponte que se estabelece entre as linguagens artisticas portuguesas e italianas.


Domingo, 9 de Março, Nuno Pereira executou ao piano, com grande energia e virtuosismo Bach (Fantasia Cromática e Fuga em ré menor) Prokofiev (Sonata nº 3) e Mussorgsky (Quadros de uma exposição).

Depois da interrupção das festividades pascoais, quarta-feira 26 de Março, e em colaboração com a Accademia Angelica Costantiniana, tivemos a oportunidade de encontrar o flautista António Carrilho que, com Giulia Bonomo (flauto dolce, Maurizio Lopa (Viola da gamba) e Emanuela Pietrocini (clavicembalo) forma a La Vertuosa Compagnia de’ Musici di Roma. O ensemble interpretou Bach, Telemann, Corelli e como bis surpreendeu e encantou com a interpretação instrumental e vocal da pavana Belle qui tiens ma vie de Thoinot Arbeau:

Belle, qui tiens ma vie captive dans tes yeux,
Qui m’a l’âme ravie d’un souriz gracieux,
Viens tôt me secourir, ou me faudra mourir.


Nuno Pereira estudou no Conservatório Nacional de Música de Lisboa e frequentou o Curso Superior de Piano na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco. Prosseguiu os seus estudos no Centro de Estudos de Belgais, sob a direcção de Maria João Pires, Jerôme Granjon e Caio Pagano e está neste momento a aperfeiçoar-se no estrangeiro.

António Carrilho desenvolve uma intensa carreira enquanto solista num reportório que vai da idade média até aos nossos dias. Apresentou-se em concerto com várias orquestras em Portugal e no estrangeiro, colaborando com famosos maestros e apresentando-se em importantes festivais por todo o mundo. Em 2001 foi votado músico do ano da cidade de Tromsø, na Noruega.

MAIS sobre António Carrilho:

martedì 25 marzo 2008

Postal de Lisboa


Praça da Figueira - Lisboa
Duas alunas de Português do CLA (Centro Linguistico di Ateneo - Università degli Studi Roma Tre - http://www.cla.uniroma3.it/index.asp), Simona Costa e Aminah Maayta, partiram para Lisboa, no fim do 1º semestre, para frequentarem a universidade portuguesa ao abrigo do programa ERASMUS.


Dali enviaram-nos uma mensagem com as primeiras impressões e as primeiras dificuldades.


Com a sua concordância, aqui enviamos esse primeiro "postal de Lisboa", e desejamos-lhes as maiores felicidades...



boa noite!!
scusaci se non scriviamo in portoghese,
ma dopo una lunga giornata puoi immaginare quanto sia complicato!
la vita qua procede bene, nonostante qualche inconveniente:
io e aminah dividiamo una doppia che si affaccia su praça da figueira, piccola ma confortevole,
il fatto è che abbiamo avuto problemi con le cimici.
casa nostra è stata disinfestata!!
una bella accoglienza in portogallo!
ma nonostante questo non ci perdiamo d'animo.
aminah comincerà a lavorare lunedì in un call center,
non è esattamente un mestiere gratificante,
ma almeno è lavoro!
io ho cominciato senza problemi l'università,
riesco a capire la maggior parte dei professori
fatta eccezione per una professoressa che parla portoghese strettissimo!
ahi ahi ahi!
che dire circa la nostra impressione su lisboa:
è una città particolare, per certi versi contraddittoria,
basta girare l'angolo per passare da una trafficata via del centro ad una piazza d'altri tempi,
con lustrascarpe, venditrici di castagne e donna di piacere attempata!
la parte lungo il tejo è luminosa, aperta,
contrasta coi viottoli dell'alfama, del bairro alto.
penso ci serva più tempo per guardarla con altri occhi questa lisboa,
per imparare a vederla come la nostra (naturalmente seconda) città.

ti mandiamo un forte abbraccio.
simona e aminah


Lanciani fala sobre as traduções de Pessoa em Italiano


Organizada pelo Ministero per i Beni e le Attività Culturali, a X SETTIMANA DELLA CULTURA terá, este ano, o título: "UNA FESTA PER TUTTI".



Entre as várias iniciativas que terão Roma por palco, destacamos aquela organizada em colaboração com a Direzione Generale per i Beni Librari,gli Istituti Culturali ed il Diritto di Autore e com o Istituto per il Libro:



Giornata di studio per il ventennale

dell’istituzione dei Premi Nazionali per la Traduzione


« La traduzione del testo poetico »



O encontro será no próximo sábado, dia 29 de Março, pelas 10h00, no Teatro dei Dioscuri, via Piacenza 1.


Introduzidos pelo Director Geral Maurizio Fallace, intervirão Masolino D’Amico ("Ritraducendo Shakespeare nel ricordo di Agostino Lombardo"), Franco Buffoni ("La traduzione definitiva come contraddizione in termini : il caso Heaney"), Pietro Marchesani ("L’esperienza Szymborska nella vita di un traduttore").


A Professora Giulia Lanciani irá falar sobre "Pessoa e i suoi traduttori italiani", tema que suscita grande interesse em Itália, e não só entre os estudiosos da língua e da cultura portuguesa. Note-se que, só em língua italiana, a base de dados da Biblioteca Nazionale de Roma regista 208 títulos relativos ao poeta português.
Recorde-se que Giulia Lanciani é autora de importantes traduções de escritores e poetas maiores da língua portuguesa, como José Saramago, Jorge Amado, Carlos de Oliveira, Fernando Namora, Manuel Bandeira, Pedro Tamen, Carlos Drummond de Andrade, Ruy Belo, Sophia de Mello Breyner, João Guimarães Rosa, José Luís Peixoto (entre outros) e divulgadora de aspectos tão vários da nossa literatura como a lírica trovadersca e a literatura de viagens.


Na sessão de dia 29, a cada uma das intervenções seguirá a leitura de uma página pelo actor Toni Servillo.


Depois do meio-dia e meio, leituras sob o título: "Giovani poeti-traduttori a confronto"


Nicola Bultrini e Chiara Riccarand, da poeti persiani tradotti a quattro mani
Marco Giovenale, da Emily Dickinson
Laura Pugno, da Yolande Villemaire
Andrea Raos, da Kobayashi Issa
Michele Zaffarano, da Christophe Tarkos




Claude Bonanno expõe em Santo António dos Portugueses


Il dolore e l’amore
di Claude Bonanno

dal 28 Marzo al 15 Aprile 2008
Inaugurazione: 27 Marzo ore 18,30

da Mercoledi a Domenica ore 12:00 – 14:00 e 16:00 – 20:00



L’Istituto Portoghese di Sant’Antonio in Roma, , è lieto di presentare la prima mostra in Italia dell’artista Claude Bonanno sul tema “Il dolore e l’amore”, un tema centrale nella cultura portoghese. Basta ricordare come nel campo musicale il fado, genere musicale malinconico e struggente, è l’espressione di un intraducibile stato d’animo noto come saudade. Non a caso, brani di fado registrati nel corso di concerti tenuti presso l’Istituto accompagnano la mostra, esprimendo la saudade che anima ogni quadro. La saudade scaturisce dai viaggi di Claude nel Terzo Mondo e dalle continue notizie di guerre e disastri naturali, come lo Tsunami del Dicembre 2004 e la guerra nel Darfur. La sua pittura invita a sentire il dolore e l’amore, ad aprire gli occhi su questo mondo diviso tra guerra e pace, bene e male, ma che è pure sempre il nostro.

L’opera intitolata “il grido silenzioso” riassume in maniera emblematica l’arte di Claude. Richiama il grido appunto silenzioso di Papa Giovanni Paolo II, due giorni prima di morire, immortale espressione della sua profonda compassione per la condizione umana. Eppure chi si ricorda della vedova indiana in lacrime dopo lo Tsunami che portò via suo marito? Il quadro, “il dolore dimenticato”, con una grande croce grigia stesa come un velo impietoso sulla vedova, è lì a testimoniare come l’immagine viene cancellata dalla memoria: sembra l’appunto distratto di un fotografo intento a focalizzarsi non sulla vedova, ma sul cadavere della turista occidentale che i soccoritori portano via. Quella si vuole ricordare, l’altra no. Oppure: si ama ricordare i fatti (il cadavere portato via), non le emozioni (il lamento della vedova).

Di tutte le tele presente, forse la più simbolica è “filo spinato” che ritrae una famiglia in un campo di rifugiati che aspettano il cibo dietro un vero filo spinato: siamo tutti dietro un filo spinato...

Claude, figlia di pittore, disegna sin dalla prima infanzia, ed ha imparato le tecniche pittoriche negli anni Sessanta, nello studio di S. Ruyters, allieva di Delvaux, noto Surrealista belga. Si laurea in economia alla Columbia University di New York e nel 1978 inizia a lavorare per la FAO, agenzia delle Nazione Unite che si occupa di nutrizione e sviluppo. A partire dal 2004, Claude ha partecipato a numerose esposizioni in Francia, compreso Art Capital al Grand Palais nel 2006, e una mostra personale a Parigi nel 2007. E’ socia della Société des Artistes Indépendants, della European Art Group, Fédération nationale de la Culture Française e dell’Association pour la promotion des Artistes et Créateurs A2PAC. Lavora a Parigi ed a Roma.




venerdì 21 marzo 2008

O maior Ovo da Páscoa do Mundo é português


O Freeport de Alcochete expôs a partir de 08 de Março um ovo da Páscoa com 16 metros de altura, que entrou no livro dos Recordes do Guiness como o maior ovo do Mundo.


"Orientamos a nossa estratégia para eventos que sejam diferentes para quem nos visita. Somos o maior outlet da Europa e porque não conseguir um recorde mundial? Foi apenas uma questão de escolher um ângulo e a Páscoa é a altura ideal até pelo número elevado de visitantes", disse à Lusa, Nuno Oliveira, director do Freeport.


"Hoje sabemos que o maior ovo decorativo está no Canadá e tem cerca de 14 metros de altura. Agora estamos a tratar de toda a questão burocrática para certificar o nosso record com a visita de um responsável", explicou.


O maior Ovo da Páscoa do Mundo, com 16 metros de altura, estará exposto na entrada principal do maior Outlet da Europa até 31 de Março, estando visível a vários quilómetros de distância. No espaço comercial estarão expostas mais de uma centena de ovos pintados à mão por escolas da Margem Sul e Lisboa.


IN


http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=330937&visual=26&rss=0

mais uma carta imaginária...

Cara Simone de Beauvoir,

eu gostaria de a conhecer um dia no paraíso dos artistas. Li muitos livros seus, mas os que mais me tocaram foram os três da sua autobiografia.

A Simone teve uma vida muito intensa, cheia de aventuras e experiências maravilhosas: adorava viajar, descobrir: amiúde partia sozinha e aventurava-se pela província francesa ou italiana sem destino...
Foi uma mulher contra todas as convenções que mudou muitas regras da sociedade daquela época.

Acho que tenho muitas coisas em comum consigo. Não preciso de lhe fazer muitas perguntas, porque já conheço muitas respostas: estão nos seus livros!

Susanna Azzaro

http://pt.wikipedia.org/wiki/Simone_de_Beauvoir

"Páscoa" de Branca de Gonta Colaço


Páscoa…


Já volta a Páscoa… E como Abril vem lindo!...
Incenso ao ar subindo
de toda a terra em flor…
Velho ritual a desdobrar-se eterno!...
Eu compreendo: - É necessário o Inverno;
é necessária a dor,

para que aos corações, é à natureza,
depois dessa tristeza,
volte um prazer subtil…
Para que ao sol, depois da noite escura,
rebrilhe a formosura…
E torne a ser Abril.

Deus, que renova os sonhos e os poetas,
a luz e as borboletas,
eternamente moças tornará
as velhas frases, que ao correr das eras,
em idas primaveras
tantos disseram já:

Aleluia, Aleluia!... Hossana, Hossana!...
- Que estranho encanto emana
deste festivo som!... -
Oh meu amor, – o bem que nos queremos!...
Como é bonito o mundo em que vivemos…
- E como Deus é bom!...



Branca de Gonta Colaço (1880-1945)
in Últimas Canções, 1926




Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro Colaço Lisboa, 8.7.1889, ibid. 22.3.1945), foi uma escritora e recitalista portuguesa, erudita e poliglota, que ficou sobretudo conhecida como poetisa, dramaturga e conferencista. Era filha da inglesa Ann Charlotte Syder e do político e escritor português Tomás Ribeiro. Casou com Jorge Rey Colaço, um ceramista de renome, tendo publicado a sua obra sob o nome de Branca de Gonta Colaço.

Páscoa em Portugal por Marta Sofia Ferreira


Aqui colocamos um interessante artigo de Marta Sofia Ferreira, publicado em "Portugal Diário", na Páscoa de há três anos atrás...



Páscoa: celebrar a renovação, com doces à mistura


O que é que ovos e amêndoas têm a ver com a ressureição de Cristo? O PortugalDiário explica-lhe as tradições da celebração da Páscoa, em Portugal e no resto do mundo.




Ovos e amêndoas, o folar, o coelho da Páscoa, a família toda junta à mesa, para alguns a missa de domingo. É nisto que consiste para muitas famílias portuguesas a celebração da Páscoa. Mas o que representa realmente esta festividade?
A festa da Páscoa cristã refere-se à última ceia de Jesus com os Apóstolos, à sua prisão, julgamento e condenação à morte, seguida da sua crucificação e ressurreição.
No fundo, a Páscoa não é só um dia; é uma semana inteira. A chamada semana santa começa no domingo de ramos, que representa a entrada de Jesus em Jerusalém, sendo aclamado com ramos de palmeira, e acaba no domingo de Páscoa, com a ressurreição de Cristo.
Antes da Páscoa, na Quaresma, o tempo é de jejum: evita-se comer carne e a ementa das sextas-feiras não deve ser carne por respeito, pois foi na sexta-feira que Jesus foi crucificado. Mas como no domingo de Páscoa se celebra a festa da ressurreição, a carne regressa às mesas portuguesas.
Mas muito antes de ser uma festa cristã, o que se celebrava na altura da Páscoa era o anúncio do fim do Inverno e a chegada da Primavera. Para os antigos, festejar a Primavera, tal como acontece com a Páscoa, representava a alegria da passagem de um tempo escuro e triste para um mundo iluminado, de vida nova na natureza. Era a celebração do renascer.
Em Portugal, a Páscoa é festejada por todo o lado, embora tenha uma maior importância nas aldeias mais tradicionais. Com a casa bem limpinha e vestidas a rigor, as pessoas aguardam o «compasso», que consiste numa ida do padre a cada casa para abençoar o lar e os que ali vivem. Em algumas aldeias, é ainda costume o padre e os seus acólitos carregarem uma cruz, que os moradores beijam um a um, pedindo a bênção.
Normalmente, em cada casa estão as tradicionais amêndoas e docinhos, acompanhados de um copo de licor ou vinho do Porto, em sinal de hospitalidade para o padre e os seus acompanhantes. Tradições que se dissiparam na vida agitada das grandes cidades.
Em muitas aldeias celebra-se ainda a semana santa com procissões de velas, à noite, ou com representações teatrais populares dos acontecimentos da morte de Cristo.
Mas afinal, se na Páscoa se celebram acontecimentos associados essencialmente à fé cristã, como se justifica o tão conhecido ovo da Páscoa, e não menos conhecido coelho da Páscoa? O ovo, como contém o fruto da vida, representa o nascimento e a renovação. Já o coelho, por ser um animal com capacidade de gerar grandes ninhadas, simboliza a renovação e a vida nova. Ou seja, tanto o ovo como o coelho, apesar de à primeira vista não parecer óbvio, representam os valores celebrados nesta festividade.
A Páscoa celebra-se por todo o mundo, sendo que o que varia são as tradições e os motivos que levam ao festejo. No norte da Europa, as tradições da Páscoa baseiam-se na decoração de ovos cozidos e nas brincadeiras com esses ovos pintados. Por exemplo, lançar os ovos pelas colinas abaixo, sendo vencedor o dono do ovo que rolar até mais longe sem se partir.
Já nos países do leste da Europa, a tradição mais importante é a decoração de ovos que se oferecem a amigos e parentes. Nos Estados Unidos, dão mais importância à«caça ao ovo» do que à decoração, sendo que em algumas cidades é mesmo um evento da comunidade e é usado um jardim público para esconder os ovos.
Na China, o «Ching-Ming» é uma festividade que ocorre na mesma altura da nossa Páscoa, onde são visitados os túmulos dos antepassados e feitas oferendas, que consistem em refeições e doces. Esta é a forma dos chineses deixarem os antepassados satisfeitos com os seus descendentes.
Na religião judaica também se comemora a Páscoa, mas por motivos diferentes. A «Pessah» começou a celebrar-se há cerca de 3 mil anos, quando os hebreus iniciaram o «êxodo», a viagem de libertação do seu povo, pela mão de Moisés, depois de serem escravos do Egipto durante 400 anos.



IN



mercoledì 19 marzo 2008

Cartas imaginárias para os nossos escritores preferidos...

O repto foi lançado e quatro alunos do Instituto Português de Santo António em Roma aceitaram-no: escrever uma carta imaginária a um autor do coração.
Aqui se publicam excertos desses textos, e se congratulam os autores!

A um português de adopção, Antonio Tabucchi

o que podia ser esta carta senão algumas palavras para recordar o que este apaixonado pela obra de Fernando Pessoa, que de Portugal fez o seu país de adopção, fez pela literatura, criando um género literário insólito?
(...)

Tu, para quem não tem memória de ter vivido a ditadura, dás a conhecer através de Afirma Pereira a asfixia cultural que então imperava.
(...)

Tu, defensor da teoria da “confederação das almas”, ficas, na minha opinião, aquele que melhor traduziu o conceito de “saudade”...

Uma admiradora,

Laure Calvaniè

http://pt.wikipedia.org/wiki/Antonio_Tabucchi

Olá Primo Levi!

Eu li o teu livro Se isto é um homem e fiquei perturbado por aquilo que escreveste: fez-me compreender a humilhação, a ofensa e a degradação do homem antes do extremínio.
(...)

Este livro foi para mim muito útil para aprender a ser mais sensível no que diz respeito ao género humano e porque me fez descobrir o mundo dos lager e dos seus prisioneiros.

Tiziano Marinucci

http://pt.wikipedia.org/wiki/Primo_Levi


Senhor Mircea Eliade,

neste momento estou a escrever a uma pessoa ilustre, que agora é puro espírito. Quando morreu em Chicago, em 1986, eu frequentava a Universidade de Roma, sedenta de conhecimento, e tive a sorte de conhecer o seu conhecimento, a sua obra. (...)

Empreendi os estudos de arte porque quis conhecer os significados para além da aparência estética e foi nesta procura que encontrei o seu livro Imagens e Símbolos: eu descobri que as imagens, os símbolos e os mitos não são criações irresponsáveis da psique, mas respondem a modalidades secretas do ser. (..)

Agradeço-lhe o conhecimento que me trouxe,

Barbara Ponti

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mircea_Eliade


Querido Luigi Pirandello,

Naquela quarta-feira, quando o autocarro parou na minha paragem e eu subi, vi-o sentado no fundo do autocarro, que olhava para fora do vidro. Quanto quis saber quais os pensamentos que o atormentavam!Pareceu-me tão triste!

Eu quera aproximar-me de si, mas não sabia o que dizer e não tive coragem...

Agora, por carta, é mais fácil dizer-lhe que é o meu escritor preferido, que li todos os seus livros e frequentemente vou ao teatro ver as suas peças: acho-o genial.

Queria agradecer-lhe por me ter ajudado a compreender a vida através das suas personagens.

Espero encontrá-lo mais vezes no autocarro: nunca me irei aproximar de si, mas saberá que aquela rapariga que o está observando tem muita admiração por si!

Chiara Bonifazi

http://pt.wikipedia.org/wiki/Luigi_Pirandello

mercoledì 12 marzo 2008

Bolsas de Estudo do Instituto Camões


As candidaturas aos Programas de Bolsas do Instituto Camões, para o ano lectivo 2007/2008, irão decorrer entre os dias 5 e 31 de Março, nos termos definidos no respectivo regulamento, o qual poderá ser consultado, em https://mail.instituto-camoes.pt/exchweb/bin/redir.asp?URL=http://www.instituto-camoes.pt/bolsas-de-estudo/cidadaos-estrangeiros.html

Estes programas destinam-se a apoiar e a promover o aperfeiçoamento da competência linguística em Português, a formação ou o aperfeiçoamento na área da tradução e da interpretação de conferências, a investigação na área da Língua e da Cultura Portuguesas e a formação científica e/ou profissional na área do ensino do Português, Língua Estrangeira.

Para os programas a seguir enunciados, será fixada uma dotação global de mensalidades, que serão distribuídas em adequação com as prioridades da política de cooperação externa portuguesa:

- Programa para a frequência do Curso Anual de Língua e Cultura Portuguesa
- Programa de Investigação na área da Língua e Cultura Portuguesa
- Programa Pessoa
- Programa Vieira
- Programa Fernão Mendes Pinto
- Programa Língua Portuguesa (destinado exclusivamente a estudantes provenientes de países de expressão oficial portuguesa para conclusão de graus académicos no âmbito de programas de cooperação com o IC)
- Programa Instituto Camões/Fundação Eça de Queiroz

À semelhança dos anos anteriores, as candidaturas serão efectuadas, via Internet, constando o respectivo processo de duas fases: pré-candidatura e candidatura, destinando-se esta última aos candidatos seleccionados na primeira triagem e aos quais será solicitada a documentação necessária para decisão final.

lunedì 10 marzo 2008

Doutoramento "Honoris Causa" de Agustina em Tor Vergata

Reunido em 22 de Junho de 2006, o Conselho da Facoltà di Lettere e Filosofia dell'Università di Roma "Tor Vergata", presidido pelo Prof. Franco Salvatori, decidiu por unanimidade atribuir a "Laurea Magistrale Honoris Causa in Lingue e Letterature Europee ed Americane" a Agustina Bessa-Luís.

Eis as palavras do Prof. Aniello Angelo Avella, ilustrando as razões para a atribuição deste título académico:

“Nata nel 1922 ad Amarante, nella regione di Oporto, si è segnalata fin dalle sue prime prove come una delle personalità più originali nel panorama letterario internazionale. Il suo romanzo A Sibila (1954; trad. it. La Sibilla, Firenze, Giunti, 1989) fu osannato dalla critica che lo definì il “secondo miracolo del Novecento portoghese”, seguito al miracolo Pessoa. Nel corso degli anni la scrittrice ha prodotto un’opera torrenziale, che consiste in una quarantina di romanzi, racconti, biografie di personaggi famosi come Sant’Antonio da Lisbona, diari di viaggio, libri di memorie, saggi, interventi giornalistici, sceneggiature. Accostata da alcuni studiosi a Marguerite Yourcenar, la Bessa-Luís ha una scrittura ricca di enigmi e aforismi, tesa a scavare i mondi segreti degli esseri umani coi loro desideri, ambizioni, frustrazioni. Insignita delle più importanti onorificenze in patria e all’estero, ha ottenuto nel 2003 il prestigiosissimo “Premio Camões”, che costituisce per i Paesi di espressione portoghese un equivalente del Nobel. In Italia ha ricevuto nel 1997 il “Premio Internazionale Unione Latina di Letterature Romanze”e, a dicembre del 2005, il “Premio Grinzane-Cavour- sezione Cinema-Letteratura”. Quest’ultimo riconoscimento si riferisce al suo sodalizio intellettuale con Manoel de Oliveira, universalmente riconosciuto come uno dei massimi rappresentanti dell’arte cinematografica, molto legato all’Ateneo e in particolare alla nostra Facoltà, dove nel luglio del 2003 ha tenuto una memorabile conferenza. Nella stessa circostanza il regista portoghese mise in scena una pièce teatrale all’Auditorium Parco della Musica, col patrocinio dell’Ateneo. Numerosi film di de Oliveira sono tratti da opere della scrittrice. Ricordiamo fra gli altri Francisca (1981), adattamento del romanzo Fanny Owen (1979); Party (1996), per il quale Agustina Bessa- Luís ha scritto i dialoghi interpretati da Michel Piccoli, Irene Papas, Leonor Silveira, e ancora Il Principio dell’Incertezza (2002), tratto dal romanzo Jóia de família, fino al recentissimo O Espelho Mágico, presentato all’ultima edizione della Mostra del Cinema di Venezia, tratto del romanzo A Alma dos Ricos. I due artisti hanno in comune la predilezione per temi di amori proibiti, la femminilità come mistero davanti al quale si manifesta l’incapacità e l’impotenza intellettuale dell’uomo, il “bovarismo” in quanto mito e contro-mito, l’androginia, e storie che trascolorano nel mito, immagini di acque profonde e di fiumi di fuoco appartenenti a una natura vulcanica, sotterranea. In uno scritto inedito di de Oliveira, che comparirà fra beve nella nostra rivista Sincronie, lo stile della Bessa-Luís è definito “geniale”, espressione di una “intelligenza ugualmente vulcanica e sotterranea”. Il cortocircuito estetico fra i due artisti è così importante che de Oliveira stesso non tralascia di affermare in ogni circostanza che la sua concezione dell’arte è decisamente influenzata da quella di Agustina e che non è possibile accostarsi correttamente ai suoi film senza fare i conti con l’opera della conterranea. Nel mese di dicembre 2005, per iniziativa della “Cattedra Agustina Bessa-Luís” attiva nella nostra Facoltà, è stato realizzato e filmato a Oporto un incontro fra la scrittrice e il cineasta, che si sono confrontati su temi di grande rilievo artistico e culturale. Il filmato sarà utilizzato dalla “Fondazione Libero Bizzarri” per produrre un documentario, di cui si prevede la presentazione al prossimo festival di Venezia. Il conferimento della laurea honoris causa in “Lingue e Letterature Europee e Americane” alla Bessa-Luís si giustifica, oltre che per le motivazioni artistiche appena indicate, anche per lo straordinario significato che il Portogallo attribuisce al suo nome in proiezione europea e mondiale. La “Cattedra Agustina Bessa-Luís”, offerta alla nostra Facoltà dal Ministero Affari Esteri-Ministero della Cultura del Portogallo, va ad affiancare, infatti, quelle intitolate a Vasco da Gama, Luís de Camões e António Vieira, esistenti in Inghilterra, Francia, Germania, Stati Uniti. Si tratta dunque di un personaggio di assoluto rilievo per l’universo che si riconosce nella lingua portoghese, e la sua presenza in Facoltà costituirà un momento solenne nelle relazioni culturali fra l’Italia e il Portogallo.”

http://web.lettere.uniroma2.it/apache2-default/docenti/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=64

A cerimónia de atribuição do doutoramento Honoris Causa in Lingue e Letterature Europee ed Americane de Agustina Bessa-Luís, terá lugar quinta-feira, 17 de Abril de 2008, às 11 horas, na Sala degli Svizzeri, Villa Mondragone, em Monte Porzio Catone – Castelli Romani.

Por motivos de saúde, que a impedem de estar presente em Roma, a Lectio Magistralis será lida pelo marido da Escritora, e é intitulada: “Pensatrice tra le cose pensate”. A Laudatio será pronunciada pelo Professor Aniello Angelo Avella.

venerdì 7 marzo 2008

Roma Tre - Jornada sobre as novas tecnologias e a aprendizagem da língua


Na próxima quarta-feira, dia 13 de Março, vai ter lugar na Faculdade de Letras e Filosofia da Università degli Studi di Roma Tre uma jornada de estudos dedicada à aplicação das novas tecnologias na aprendizagem do Português e de outras línguas românicas.


Organizada pela Professora Giulia Lanciani, catedrática de Literatura Portuguesa e Brasileira desta Universidade, os trabalhos contam com a colaboração estreita dos Professores Giorgio De Marchis e Filomena Liberatori, e neles intervêm os Proofessores João Antônio Telles (Universidade Estadual Paulista), Elisabetta Bonvino (Università RomaTre), Salvador Pippa (Università di Trieste) e Gianluigi De Rosa (Università del Salento).


Segue o programa:


Facoltà di Lettere e Filosofia
Dipartimento di Letterature Comparate



Giornata di Studio a cura di Giulia Lanciani

Nuove tecnologie e apprendimento linguistico:
alcune applicazioni per la lingua portoghese e altre lingue romanze



Comitato scientifico

Giulia Lanciani
Giorgio De Marchis
Filomena Liberatori

Organizzazione tecnica e amministrativa

Claudio Mosticone, Giuliano Passeri, Roberto Parlavecchio, Anna Siepracki, Daniela Tosoni, Sabina Truini, Luigi Veraldi, Margherita Zei



Roma, 13 Marzo 2008


Dipartimento di Letterature Comparate


Sala Conferenze “Ignazio Ambrogio”
via del Valco di San Paolo, 19

ore 9,30
Saluti delle autorità

Otello Lottini
Direttore del Dipartimento di Letterature Comparate

Vito Michele Abrusci
Preside della Facoltà di Lettere e Filosofia

Presiede
Giulia Lanciani (Università Roma Tre)

ore 10
João Antônio Telles (Universidade Estadual Paulista)

Progetto Teletandem Brasile: apporti teorici e processi di un contesto virtuale e collaborativo dell’insegnamento delle lingue straniere

ore 11
Elisabetta Bonvino
(Università RomaTre)

L’intercomprensione: proposte didattiche per l’apprendimento del portoghese e di altre lingue romanze


Presiede
Giorgio de Marchis (Università di Salerno)

ore 15
Salvador Pippa
(Università di Trieste)

Comprendere per interpretare: strumenti e metodi per lo sviluppo delle abilità cognitive

ore 16

Gianluigi De Rosa (Università del Salento)

Tra parole e immagini... il mestiere di sottotitolare (breve percorso teorico-pratico nel processo di sottotitolazione)

mercoledì 5 marzo 2008

Ilaria Venturi e a Arquitectura da Igreja Nacional Portuguesa

(Ilaria Venturi durante a tese, fotografando a cúpula da igreja de Santo António dos Portugueses)

Na próxima sexta-feira, 7 de Março, a jovem arquitecta italiana Ilaria Venturi regressa a Santo António dos Portugueses, depois de a ter visitado tantas e tantas vezes, durante a elaboração da sua tese de licenciatura, junto da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Roma La Sapienza.

Venturi apresenta agora os resultados do seu trabalho, muito apreciado e louvado pelos seus professores. De facto, a conferência "Sant'Antonio dei Portoghesi in Roma e proposte di restauro conservativo", que irá ter lugar às 6 horas no Salão Nobre do Instituto, será apresentada por duas das professoras que orietaram a tese: Cinzia Conti e Ilaria Pecoraro, docentes daquele Ateneu.


Depois da conferência, o Senhor Embaixador de Portugal junto da Santa Sé, Dr. João da Rocha Páris, irá inaugurar na galeria do Instituto a exposição "Una perla portoghese del barocco romano", referente ao mesmo trabalho, e que expõe as plantas e desenhos arquitectónicos de venturi, respeitantes à igreja e aos espaços contíguos.

Concertos de Março em Santo António dos Portugueses


Depois do primeiro concerto - no primeiro dia do mês - a actividade concertística do Instituto Português de Santo Antonio segue com mais três interessantes concertos, com as portas abertas para quem quiser participar:


Mercoledì 5 Marzo, ore 21:00

CONCERTO in collaborazione con il Pontificio Istituto di Musica Sacra

Valentino Miserachs, MISSA IUBILARIS
“Si conservi e si incrementi con grande cura il patrimonio della Musica Sacra”
(Sacrosanctum Concilium, Cap. VI, art. 114)

Coro Polifonico del Pontificio Istituto di Musica Sacra
Ottoni Liberiani
Gabriele Terrone, Organista
Walter Marzilli, Direttore



Domenica 9 Marzo, ore 19:30

CONCERTO

Nuno Pereira, pianoforte

J. S. Bach, Fantasia Cromática e Fuga em ré menor - Sergei Prokofiev, Sonata nº 3 - Mussorgsky, Quadros de uma exposição



Mercoledì 26 Marzo, ore 21:00

CONCERTO in collaborazione con l’Accademia Angelica Costantiniana

musiche di J. S. Bach, G. P. Telemann, A. Corelli

La Vertuosa Compagnia de’ Musici di Roma
Antonio Carrilho, flauto dolce
Giulia Bonomo, flauto dolce
Maurizio Lopa, Viola da gamba
Emanuela Pietrocini, clavicembalo

lunedì 3 marzo 2008

Em Março, tudo recomeça...

(imagem do portão de um dos prédios da Via dei Portoghesi)


Depois de uma longa ausência, a Via dei Portoghesi retoma o seu regular funcionamento, informando e querendo reforçar o elo entre todos aqueles que estão, por qualquer forma, ligados a Roma e às língua e cultura portuguesas em Itália.

Em Março recomeçam também os Cursos de Português do Instituto Português de Santo António e a actividade lectiva junto da Universidade Roma Tre. Neste período da Quaresma e Páscoa, o Instituto mantém ainda muito activa a sua actividade cultural, com concertos e exposições várias.

Segue nas próximas rubricas toda a informação.