mercoledì 19 marzo 2008

Cartas imaginárias para os nossos escritores preferidos...

O repto foi lançado e quatro alunos do Instituto Português de Santo António em Roma aceitaram-no: escrever uma carta imaginária a um autor do coração.
Aqui se publicam excertos desses textos, e se congratulam os autores!

A um português de adopção, Antonio Tabucchi

o que podia ser esta carta senão algumas palavras para recordar o que este apaixonado pela obra de Fernando Pessoa, que de Portugal fez o seu país de adopção, fez pela literatura, criando um género literário insólito?
(...)

Tu, para quem não tem memória de ter vivido a ditadura, dás a conhecer através de Afirma Pereira a asfixia cultural que então imperava.
(...)

Tu, defensor da teoria da “confederação das almas”, ficas, na minha opinião, aquele que melhor traduziu o conceito de “saudade”...

Uma admiradora,

Laure Calvaniè

http://pt.wikipedia.org/wiki/Antonio_Tabucchi

Olá Primo Levi!

Eu li o teu livro Se isto é um homem e fiquei perturbado por aquilo que escreveste: fez-me compreender a humilhação, a ofensa e a degradação do homem antes do extremínio.
(...)

Este livro foi para mim muito útil para aprender a ser mais sensível no que diz respeito ao género humano e porque me fez descobrir o mundo dos lager e dos seus prisioneiros.

Tiziano Marinucci

http://pt.wikipedia.org/wiki/Primo_Levi


Senhor Mircea Eliade,

neste momento estou a escrever a uma pessoa ilustre, que agora é puro espírito. Quando morreu em Chicago, em 1986, eu frequentava a Universidade de Roma, sedenta de conhecimento, e tive a sorte de conhecer o seu conhecimento, a sua obra. (...)

Empreendi os estudos de arte porque quis conhecer os significados para além da aparência estética e foi nesta procura que encontrei o seu livro Imagens e Símbolos: eu descobri que as imagens, os símbolos e os mitos não são criações irresponsáveis da psique, mas respondem a modalidades secretas do ser. (..)

Agradeço-lhe o conhecimento que me trouxe,

Barbara Ponti

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mircea_Eliade


Querido Luigi Pirandello,

Naquela quarta-feira, quando o autocarro parou na minha paragem e eu subi, vi-o sentado no fundo do autocarro, que olhava para fora do vidro. Quanto quis saber quais os pensamentos que o atormentavam!Pareceu-me tão triste!

Eu quera aproximar-me de si, mas não sabia o que dizer e não tive coragem...

Agora, por carta, é mais fácil dizer-lhe que é o meu escritor preferido, que li todos os seus livros e frequentemente vou ao teatro ver as suas peças: acho-o genial.

Queria agradecer-lhe por me ter ajudado a compreender a vida através das suas personagens.

Espero encontrá-lo mais vezes no autocarro: nunca me irei aproximar de si, mas saberá que aquela rapariga que o está observando tem muita admiração por si!

Chiara Bonifazi

http://pt.wikipedia.org/wiki/Luigi_Pirandello

2 commenti:

Anonimo ha detto...

Eu não resisti com urgência e de forma breve a escrever ao Pasternak.

Costanza ha detto...

Acho magnifica a ideia de escrever essas cartinhas imaginarias;-)