mercoledì 31 gennaio 2018

A MÁSCARA: Giulia Mattei



Convidámos alguns alunos de Português do nível avançado para escreverem, livre e criativamente, sobre um tópico genérico: a máscara.
Eis o texto da GIULIA MATTEI, a quem muito agradecemos!



O tema da “máscara” e do teatro como representação da realidade é um dos temas mais antigos da literatura e da filosofia mundial, em várias épocas.
O homem que usa a máscara tenta esconder-se e privar-se da própria personalidade para parecer diferente. Ele fragmenta a própria imagem acabando por ser ninguém.  Então, hoje em dia, usar uma máscara, pode significar ter medo de mostrar-se a si próprio, quase mentir, como se fosse impossível conhecer a pessoa atrás da máscara.
Na verdade, a palavra “pessoa” vem do greco “pròsopon” que significa máscara: o teatro grego era a máxima rapresentação da realidade, o lugar onde poder descobrir e apreciar a natureza humana. Esta muda continuamente e mostra-se diferente consoante a situação.
Por isso acho que usar uma máscar não é sempre mentir, mas pode ser um sinal de profundidade de emoções. Pode também ajudar a conhecermo-nos melhor, graças às circustâncias em que preferimos “parecer” mais do que “ser”.

GIULIA MATTEI

A MÁSCARA: Roberta Pucci



Convidámos alguns alunos de Português do nível avançado para escreverem, livre e criativamente, sobre um tópico genérico: a máscara.
Eis o texto da ROBERTA PUCCI, a quem muito agradecemos!



A primeira vez que se encontra a definição de “Comédia da arte” é em 1750 na comédia “O teatro cómico” do Carlo Goldoni.
De facto, a comédia da arte, que nasceu na Itália no século XVI, teve muita popularidade até a metade do século XVIII, anos em que Goldoni fez uma importante reforma da comédia.
Não era um geenro de representação teatral, mas uma maneira diferente de produção dos espectáculos, que se baseavam nos “canovacci”; de facto não havia textos escritos.
Na comédia da arte os atores improvisam as próprias partes e usam máscaras.
Uma destas é o “Zanni”, um dos personagens mais antigos da comédia da arte, tanto que ao princípio este tipo de comédia era definida também “a comédia dos Zanni”
Este personagem é muito ligado à terra e à vida dos campos; símbolo do carácter bruto dos camponeses.
Há dois tipos de Zanni: aquele do servo astuto e veloz e aquelo do servo estúpido e lento.
O primeiro é geralmente muito hostil e violento e nas representações prega partidas ao patrão e aos interlocutores; a sua máscara tem um nariz curvo e aguçado.
O segundo tipo é completamente diferente; é muito ignorante e estúpido; lamenta-se sempre das circunstâncias e tem a “habilidade” de gerar equívocos com o patrão.
A sua postura é dobrada e os movimentos são lentos. A sua máscara tem um nariz adunco e recurvado.
Da máscara e da caracterização do Zanni nascem muitos dos personagens da comédia que todos conhecemos, como o “ Pantalone” e o “Arlecchino”.

ROBERTA PUCCI

A MÁSCARA: Angela De Chirico



Convidámos alguns alunos de Português do nível avançado para escreverem, livre e criativamente, sobre um tópico genérico: a máscara.
Eis o texto da ANGELA DE CHIRICO, a quem muito agradecemos!



O Martim era um menino muito tímido que falava pouco e passava o tempo desenhando ou lendo. Ele não tinha amigos, ou assim pensava.
Quando era convidado para uma festa recusava sempre, por medo de não poder brincar, distrair-se e dançar como os colegas da escola.
Os pais e  a professora estavam muito preocupados com o comportamento dele.
Martim era engraçado e inteligente e, para ser sincero, as raparigas gostavam muito dele e especialmente a Maria, a sua menina preferida.
No Carnaval a professora organizou na escola uma grande festa mascarada. Ela tinha esperança que o Martin se pudesse desbloquear.
Na verdade, o Martin fingiu uma forte dor no estômago, mas os pais não queriam ouvir razões. Ele tinha de ir para festa e de recitar o papel que a professora lhe tinha atribuído.
Era um papel muito importante, o Martim era o personagem principal, o príncipe que conduzia o seu povo para a vitória e, no final,  declarava o seu amor pela menina mais linda do país, a pequena Maria.
Quando o Martin estava em cima do palco, com o rosto coberto,  ele olhou para o público, toda a gente estava em baixo, todos pareciam pequenos e ele... ele era o herói! Magia de uma máscara!
Ele nunca teve mais vergonha ou timidez, e recitou a sua parte com paixão.
O Martim era um outro; uma boa professora, os seus pais e a magia do teatro tinham-no feito crescer.
No final com os aplausos do público, dos colegas e da bela Maria, ele comprendeu que não era bom ter medo da amizade e do mundo, e que ele tinha de viver a sua vida até ao limite!

ANGELA DE CHIRICO

A MÁSCARA: Antonella Miceli



Convidámos alguns alunos de Português do nível avançado para escreverem, livre e criativamente, sobre um tópico genérico: a máscara.
Eis o texto da ANTONELLA MICELI, a quem muito agradecemos!




Já está a chegar o Carnaval, as crianças pensam nas máscaras que irão usar: tartaruga Ninja, Manga japonês, personagem de ‘Guerra das Estrelas’... encherão as ruas com papelinhos. As máscaras da minha infância, Arlecchino, Pantalone, Pulcinella, já não existem mais. Eu gostava de Arlecchino porque o traje dele era colorido e porque ‘rindo, dizia a verdade’.
As máscaras de hoje, como aquelas de ontem, talvez representem o que nós gostaríamos de ser e não podemos ou não sabemos ser. Elas são o nosso escudo para enfrentar uma realidade todos os dias mais difícil; os meninos disfarçam-se de personagens fortres porque assim podem fingir não ser tão vulneráveis.
Uma mascara está bem para todas as ocasioes. Podes disfarçar o sofrimento atrás de uma gargalhada desenfreada, podes disfarçar a inveja atrás de um elogio, podes fingir ter uma vida maravilhosa e morrer de solidão dentro de ti.
Mas há um momento em que tens que saber retirar a tua máscara e falar contigo mesmo, para saber quem tu és na verdade e o que é o que tu queres na verdade. Isto não é fácil. Se puderes fazê-lo, este será um dos momentos mas importantes da tua vida.

ANTONELLA MICELI

A MÁSCARA: Nicoletta del Gaudio



Convidámos alguns alunos de Português do nível avançado para escreverem, livre e criativamente, sobre um tópico genérico: a máscara.
Eis o texto da NICOLETTA DEL GAUDIO, a quem muito agradecemos!



Máscara, definição de Wilkipédia:
Acessório utilizado para cobrir o rosto, simbólico elemento de linguagem cénica através de toda a história do teatro.  A sua palavra tem origem no latim: mascus ou masca = fantasma, ou no árabe maskharah = palhaço, homem difarçado.
Basicamente, quando se fala da máscara, eu associo-a à ideia do engano, da falta de sinceridade, da traição. 
Cobrir o rosto, de modo metafórico, aparecer aos outros numa forma diferente da realidade, o que pode acontecer por diversas razões: agradar aos outros porque temos pouca autoestima, fingir para obter alguma coisa, falta de coragem para encarar pessoas e situações, não admitir alguns acontecimentos...
Pessoalmente não gosto desta palavra e mais, não gosto do seu significado no uso ordinário que é, na minha opinião, principalmente negativo. 
Nós somos pessoas criadas para ser livres, sem superestruturas ou condicionamentos, mas, infelizmente, cada dia, introduzimo-los na nossa rotina.  É mais fácil ser algo em lugar de ser nós mesmos?  Não creio! Mas a maioria das vezes é o medo que fala em nosso lugar.  Medo de não ser aceite ou de se revelar frágil aos outros, medo de não saber gerir as situações. 
Seria suficiente não pensar demasiado e comportar-se com mais naturalidade; acho que esta seria a chave para viver numa maneira mais simples, sem superestruturas!  As relações interpessoais ficariam menos complicadas e de fácil interpretação.  Poderíamos saber sem dúvida em quem acreditar e em quem não ter confiança: branco ou preto, mas nunca cinzento. 

NICOLETTA DEL GAUDIO