martedì 5 maggio 2009

"A Menina do Mar" - versão original



" Era uma vez uma casa branca nas dunas, voltada para o mar. Tinha uma porta,
sete janelas e uma varanda de madeira pintada de verde. Em roda da casa havia
um jardim de areia onde cresciam lírios brancos e uma planta que dava flores
brancas, amarelas e roxas."


Assim começa um dos mais célebres contos para a infância, escritos por Sophia de Mello Breyner Andresen, publicado em 1958 para o qual Fernando Lopes-Graça compôs uma música original e a partir do qual Filipe La Féria criou um espectáculo.


«É a história de amizade entre um rapaz e uma Menina. Ela vive no mar, e é bailarina da "Grande Raia", uma rainha dos mares, que sobre ela mantém vigilância, não a deixando realizar o seu sonho de conhecer a terra firme, onde mora o rapaz. Além disso, a menina não consegue sobreviver longe da água, pois, fica desidratada, ainda que consiga respirar dentro e fora de água. O rapaz, com que estabelece amizade, tem o desejo de conhecer o fundo do mar. A história desenrola-se com a tentativa dos dois em realizar os seus sonhos.«



A própria Autora contava que "os meus contos infantis surgiram quando os meus filhos tiveram sarampo e tinham que estar quietos. Eu tinha que lhes contar histórias e comecei a ficar muito irritada com as histórias que lia. Primeiro com a linguagem sentimental, com a linguagem « ta-te-bi-ta-te», etc. Então comecei a contar histórias a partir de factos e lugares da minha infância ( sobretudo lugares). Por isso a primeira que apareceu se chama A Menina do Mar. Era uma história que a minha mãe me tinha contado quando eu era pequena mas que era uma história incompleta – ela tinha-me dito só que havia uma menina muito pequenina que vivia nas rochas e como a coisa que eu mais adorava na vida era tomar banho de mar, essa menina tornou-se para mim o símbolo da felicidade máxima, porque vivia no mar, com as algas, com os peixes... Então eu comecei a contar a história a partir disso. Depois os meus filhos ajudavam; primeiro porque não me deixavam parar e segundo porque perguntavam: « E o peixe o que é que fazia? E o caranguejo?» Essa história foi contada oralmente numa tarde. Quando a escrevi, tentei escrevê-la como a tinha contado sem cair em nenhuma espécie de literatura nem de «peso».... "


Assim como para Sophia de Mello Breyner fora uma "história incompleta", também para os alunos de primeiro ano da Faculdade de Letras da Universidade de Roma Tre a "Menina do Mar" se apresentou como uma versão a metade... que os alunos deviam completar com imaginação.


De seguida publicamos dois finais criativs das nossas alunas Angela Di Matteo e Eleonora Capitoni.

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